História de Portugal: a independência da Espanha
História de Portugal: a independência da Espanha e sua importância na história do país. A guerra contra a Espanha, a decadência do comércio marítimo português na Ásia, o fracasso da expedição marroquina de Dom Sebastião e a política perdulária dos monarcas lusitanos tornaram crítica a situação financeira do reino.
Mapa de Portugal
A economia portuguesa
O país vivia principalmente do sal e da pesca, mas não tinha manufaturas nem uma produção agrícola importante. Exportava lã virgem de carneiro, mas tinha que importar tecidos. As tentativas de industrialização com apoio real não foram bem-sucedidas, devido em parte à oposição da nobreza fundiária e da Igreja, ambas extremamente conservadoras. A própria Inquisição entrou na briga e, acusando os proprietários de tecelagens de servir aos interesses de judeus e cristãos-novos, executou alguns como “exemplo”. Para completar, boa parte da burguesia comercial, comprometida com fornecedores estrangeiros, em sua maioria ingleses, que lucrava com as importações, também temia qualquer mudança na ordem social existente.
A dependência portuguesa
O resultado é que Portugal era obrigado a importar quase tudo da Inglaterra e de outros países. Pior: sem possuir uma marinha mercante decente, passou ainda a depender, em parte, da frota inglesa para o transporte de mercadorias.
Dois pensadores com mentalidade moderna, o Conde de Ericeira e o padre jesuíta António Vieira, tentaram mudar essa situação, mas seus esforços foram sabotados pela Inquisição. A Igreja portuguesa estava sempre ampliando o número de templos, alguns com seu interior todo revestido com ouro brasileiro. Torraram fortunas com esses caprichos, enquanto o povo português vivia pobremente. Portugal é um dos países do mundo com mais igrejas.
O papel negativo da Igreja
Esta, com a bola toda, possuía uma rede de informantes em todo o país, encarregados de vigiar a vida das pessoas e descobrir qualquer sinal de heresia. Também abafou a vida cultural, perseguiu professores e elaborou, na primeira metade do século XVI, uma lista de mais de 400 obras proibidas. Além disso, mandavam religiosos inspecionar navios que chegassem a Lisboa para apreender livros ou manuscritos contrários “à boa fé”. (Livros irreverentes como os guias GTB, se existissem naquela época, seriam provavelmente confiscados…) Até Camões teve escritos censurados! Bota fé nisso…
Outras fontes de renda do império português
No século XVII eram o açúcar e o tabaco, produzidos no Brasil, este último monopólio real. Com isso importavam cereais, roupas, tecidos, móveis, sapatos, panelas, objetos de uso diário, ferramentas e até bacalhau seco.
Portugal ainda lucrava com o tráfico escravagista para o Brasil, um comércio que crescia sem parar. As condições nos porões dos navios eram tão severas que metade dos escravos morria durante a viagem. Para que não morressem pagãos, os piedosos responsáveis pelo tráfico negreiro os batizavam antes do embarque.
O ouro do Brasil
Um novo período de prosperidade teve início no final do século XVII com a descoberta de ouro em Minas Gerais por bandeirantes. A petição da Câmara de São Paulo, datada de abril de 1700, que reivindicava a posse das minas para a capitania, não deu em nada. A verdadeira corrida do ouro que se seguiu provocou a Guerra dos Emboabas (1707-1709), entre paulistas e portugueses, somados a um bom número de brasileiros oriundos da Bahia, que entrara em crise com a queda do açúcar no comércio internacional.
Dom João V
Com um quinto de todo o ouro extraído, Dom João V, que assumira o trono em 1707, reforçou o poder real, manteve a nobreza sob controle e tornou-se monarca absoluto. O ouro do Brasil continuava a chegar em quantidades crescentes. Em 1720, atingiu 25 toneladas! Podemos dizer que a revolução industrial na Europa, principalmente na Inglaterra, foi em boa parte financiada pelo ouro brasileiro.
Para que produzir?
Portugal entrou em um período de grande prosperidade. Lisboa virou uma festa. Palácios barrocos e suntuosas igrejas eram construídos. Não se mediam despesas. Não se tentou implantar manufaturas ou incentivar a agricultura, ou modernizar o país. Com as riquezas da colônia, importava-se tudo. Para que produzir?
O Tratado de Methuen
O Trayado de Methuen, assinado com a Inglaterra em 1703, garantiu aos ingleses o monopólio quase absoluto de exportação de manufaturados para Portugal e para o Brasil. Em troca, os portugueses conseguiram vantagens na exportação de seus vinhos para a Grã-Bretanha, pagando menos taxas do que o produto francês. A ironia nessa história é que os britânicos estabelecidos no Porto controlavam todo o comércio vinícola…
Historiadores discutem até hoje quão nocivo foi para Portugal esse tratado, mas não importa; com ele ou sem, o país dependia da Inglaterra para tudo e continuava atrasado. Londres era o destino final do ouro brasileiro. Algumas remessas do metal para a Inglaterra feitas em um único navio chegavam a pesar 30 mil libras, uma fortuna hoje quase incalculável.
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