História de Portugal: o país hoje
O fim da ditadura foi um grande momento para Portugal. Em primeiro lugar, caíram na real: não havia condições de manter as colônias na África – Ângola, Moçambique, Cabo Verde. A deserção aumentava, o povo português repudiava a guerra e a morte de tantos jovens que, para evitar serem mandados para a África, imigravam para outros países europeus e mesmo para o Brasil. Os governos democráticos que assumiram o poder optaram por conceder a independência às colônias e por fim às guerras coloniais. Ufa!
A herança fascista
Além disso o conservadorismo da política portuguesa, onde continuava forte o poder da Igreja, tornaram Portugal um dos países mais atrasados da Europa, juntamente com a Espanha franquista. Ambos os regimes eram, além disso, herdeiros do fascismo italiano. Portugal precisa se modernizar, industrializar-se, crescer, gerar empregos, coisa que a ditadura tacanha não conseguia fazer. Com o fim da ditadura e a eleição de governos democráticos de centro direita e de centro esquerda as coisas começaram a mudar em Portugal. Os portugueses experimentaram o gosto da democracia e gostaram (embora alguns setores católicos ultra-conservadores continuassem a admirar Salazar.)
Portugal na União Européia
Com a volta à democracia, pouco mais de dez anos depois, em 1986, Portugal passou a integrar a Comunidade Econômica Europeia, que deu origem à União Europeia. Investimentos e novas indústrias começaram a chegar ao país, atraídos pela mão de obra barata. Estradas e grandes obras de infraestrutura foram realizadas.
Portugal modernizou-se
Seguindo o exemplo da Espanha, que passara por processo parecido, encontrou seu lugar entre os demais países da Europa.
A verdade é que aqueles que conheceram o país durante a ditadura e visitam Portugal nos dias de hoje não deixam de se impressionar com o aparente progresso conquistado pelos portugueses em tão pouco tempo. Autoestradas moderníssimas, shopping centers com lojas de luxo nas maiores cidades, restaurantes e bares sofisticados…
Os problemas econômicos atuais
Hoje, quando você viaja pelo país e conversa com portugueses, encontra muitos que reclamam da situação econômica. Alguns chegam a falar que “É tudo aparência! Está todo mundo de carro novo e roupas boas, mas endividado até o pescoço”.
É mais ou menos isso. Portugal não foi tão atingido em 2008, mas desde 2011 enfrenta problemas econômicos sérios, com sua balança de pagamento desequilibrada, o que o obriga a recorrer a empréstimos de países europeus mais ricos em um momento que o próprio sucesso da integração europeia está sendo questionado.