Quem inventou a pizza, um dos pratos mais consumidos no mundo?
(Extraído do guia ITÁLIA, da série GTB – Guia do Turista Brasileiro)
Quem inventou a pizza, afinal? “La pizza napoletana non ha inventori, non ha padri, non ha padroni, ma è frutto della genialitá del popolo napoletano.” (A pizza napolitana não tem inventores, não tem pais, não tem donos; é fruto da genialidade do povo napolitano) – Associazione Verace Pizza Napoletana.
Apesar de os napolitanos considerarem que a pizza é fruto da genialidade de seu povo, a história desse prato, tão famoso que já virou uma instituição, é um tanto controvertida. Há teorias sobre um ancestral da pizza, trazido da Palestina pelos soldados romanos, que teriam aprendido a receita com os hebreus. Outros apontam a Grécia como berço das pizzas primitivas, enquanto há quem atribua essa honra aos antigos egípcios. Aliás, durante a antigüidade greco-romana, um prato parecido com a pizza atual já era apreciado em toda a região mediterrânea. Faltava, é claro, o tomate, que só chegou à Europa após a descoberta da América.
Na verdade, em todo o Oriente, do Mediterrâneo até a Índia, ainda hoje, comem-se diversos tipos de pães redondos e achatados, feitos de farinha de trigo, como por exemplo o pão árabe, bem conhecido no Brasil. Ora, a pizza é uma espécie de pão. Não é difícil imaginar que, um belo dia, alguém mais inspirado tenha resolvido jogar um pouco de queijo, azeite de oliva e mais alguma coisinha em cima daquela massa antes de levá-la ao forno.
O mérito dos napolitanos
Deixemos entretanto aos napolitanos o mérito de ter aperfeiçoado e difundido a pizza, que foi durante muito tempo alimento da parcela mais pobre da população da cidade. As primeiras pizzarias, que surgiram na segunda metade do século XVIII, eram lugares onde não só as pessoas levavam suas pizzas para serem assadas, mas onde também podiam comprá-las.
A chamada pizza “moderna” (isto é, bem parecida com as atuais) consolidou-se com a criação, por Raffaele Esposito, da pizza Margherita, nome que homenageia a rainha Margherita de Savoia e cujos ingredientes têm as cores da bandeira italiana: verde (manjericão), vermelho (tomate) e branco (mozzarella fresca). Foi a primeira pizza patriótica da história! Em Nápoles, a pizza está se tornando coisa cada vez mais séria e estão agora querendo até mesmo criar a pizza DOC (denominazione d’origine controlatta, como no caso dos vinhos). Pode?
Napoles, na Itália – O lugar onde surgiu a pizza Margherita Para isso, foi fundada a Associazione Verace Pizza Napoletana, que só reconhece como uma vera pizza aquela que segue certas normas de fabricação. Só essa pizza tem o direito de ostentar o selo da entidade, que também dá cursos de formação de pizzaiollos. Uma franquia “CPI” (Curso de Pizza Italiana) faria muito sucesso em Brasília!. A franquia poderia incluir um curso de danças: a dança da Pizza.
A pizza no Brasil
No Brasil, a pizza pegou tanto que, hoje, com nossa criatividade tropical, temos dezenas ou talvez centenas de tipos de pizza, com os mais diferentes ingredientes, até abacaxi, salmão defumado, goiabada com catupiry… Para o pessoal da tal Associazione, isso deve ser uma heresia abominável!
Uma Curiosidade sobre a pizza portuguesa servida no Brasil Algumas pizzas criadas por aqui se institucionalizaram, como a “portuguesa”, que não existe na Itália nem em Portugal. Sua origem mais provável é a seguinte: os imigrantes italianos preparavam suas pizzas e as levavam para serem assadas aonde? Nos fornos das padarias dos portugueses! Um belo dia, o Joaquim (ou seria o Manoel?) teve a idéia de enriquecer o recheio com ingredientes que usava na culinária de seu país: ovos cozidos, azeitonas, cebolas… Pronto, estava criada a pizza lusitana, muito boa por sinal, ó pá!
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