Pádua, a cidade de Santo Antonio
Pádua (“Padova”, em italiano) é uma das cidades mais antigas do Vêneto. Chamava-se Patavium na época do Império Romano, quando foi um importante centro comercial e agrícola. Apesar de ter sido arrasada pelos lombardos no ano 602, recuperou-se e tornou-se uma comuna livre do século XI ao XIII, quando passou por um período de grande florescimento. Nessa época foi erguida a famosa Basílica de Santo Antonio, bem como foi fundada a Universidade de Pádua. No começo do século XV, a cidade foi anexada à República de Veneza.
Mapa de Padova
Como ir a Pádua
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Carro
De Veneza (40 km) ou Milão (230 km), pegar a A4.
Trem
Há trens diretos de Veneza (30 a 40 minutos) e de Milão (2h30).
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Melhor época
Pádua (ou Padova em italiano) pode ser visitada em qualquer época do ano, mas evite os períodos mais disputados da alta estação.
Atrações turísticas em Pádua
A cidade tem seu nome associado ao de Santo Antônio, que ali viveu por muitos anos e faleceu, embora tenha nascido em Lisboa. O Santo Antônio “de Lisboa” e o “de Pádua” são a mesma pessoa. Outro personagem famoso que viveu em Pádua entre 1305 e 1310 foi Giotto, responsável pelos afrescos da Cappella degli Scrovegni.
Apesar de ser um centro de peregrinação dos devotos de Santo Antônio (que tem fama de dar uma mãozinha para quem quer se casar…), Pádua não é demasiadamente invadida por multidões de turistas e conserva um interessante centro histórico. <comp./>Pádua: turismo. Oficial. Textos e belas fotos.
Basilica di Sant’Antonio
End. Piazza del Santo. A Basílica de Santo Antônio é um dos mais importantes locais de peregrinação católica do mundo. Sabe-se que durante a vida do santo existia no local apenas uma igrejinha. A arquitetura da magnífica basílica atual, construída entre 1238 e 1310, tem múltiplas influências: românica nas naves, gótica nos transeptos, e bizantina nas cúpulas e torres. O interior tem uma decoração bastante requintada, com afrescos e outras pinturas, estátuas e relevos em mármore distribuídos pelas naves e pelas diversas capelas, cada uma num estilo.
O túmulo de Santo Antônio
Fica na primeira capela à esquerda, que leva seu nome. O conjunto compreende quatro belíssimos claustros e dois museus: um de arte sacra e outro com os curiosos ex-votos levados ao santo pelos devotos e peregrinos ao longo dos séculos. Próxima à entrada há uma igrejinha chamada Scoletta, com afrescos de Tiziano, e o Oratorio di San Giorgio, uma capela gótica. Em uma sala próxima aos claustros, a vida de Santo Antônio é exibida aos visitantes em um espetáculo de multimídia. Ao lado da basílica você verá a estátua equestre de Gattamelata (não se espante com o nome…), um condottiero, chefe militar a serviço dos venezianos que se tornou um dos heróis daquela república marítima. Site: O túmulo de Santo Antônio
Cappella degli Scrovegni
End. Piazza Eremitani. Enrico Scrovegni, rico banqueiro e comerciante de Pádua, contratou um grande artista de sua época, conhecido por suas obras na Basílica de São Francisco, em Assis, para cobrir de afrescos as paredes da capela de sua família. Esse pintor era ninguém menos que o florentino Giotto da Bondone (1267-1337) e os afrescos por ele realizados nessa capela entre 1303 e 1305 são hoje um dos mais preciosos tesouros da arte ocidental. As pinturas retratam de forma narrativa, quase como uma “história em quadrinhos” medieval, cenas das vidas de Ana e Joaquim, pais de Maria, bem como de Maria, de Cristo e o Juízo Final. A permanência na capela é de apenas 15 minutos para cada grupo. Os visitantes devem permanecer durante 15 minutos numa câmara de “estabilização do microclima interno” antes de entrar na capela. Na verdade, você estará sendo “desinfetado” de fungos invisíveis. Não se ofenda, não é nada pessoal! Site: Cappella degli Scrovegni
Musei Civici agli Eremitani
End. Piazza Eremitani. É uma pena que esta igreja, construída em 1276 em estilo românico, tenha sido atingida por pesados bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, quando preciosos afrescos de Mantegna foram destruídos. Sobraram apenas as quatro pinturas da Cappella Ovetari. Reconstruída e cuidadosamente restaurada, a igreja conservou o estilo românico do século XIII e abriga hoje o Museu Cívico, onde estão expostas diversas pinturas de Giotto, Tintoretto, Giovanni Bellini e Veronese, além de objetos, estátuas, cerâmicas e peças arqueológicas do período romano.
Piazza dei Signori
Nessa grande praça retangular do centro histórico de Pádua fica o Palazzo del Capitano, residência dos governadores venezianos do começo do século XVII, com um enorme relógio astronômico e o leão alado, símbolo de Veneza. Bem ao lado, na esquina com a Via Monte di Pietà, fica a Loggia della Gran Guardia, construção renascentista com arcos na fachada.
Palazzo della Ragione
End. Piazza delle Erbe. Dividindo a Piazza della Frutta e a Piazza delle Erbe está o Palazzo della Ragione, construído em 1218, onde funcionou durante muitos anos o Tribunal de Justiça, uma enorme construção com arcos nos dois andares. Ao contrário de outros edifícios medievais, esse palácio tem apenas um gigantesco salão, todo decorado com interessantes afrescos do século XV.
Palazzo Bo
(Universidade de Pádua) <end./> Via VIII Febbraio, 2. O palácio é sede de uma das mais antigas faculdades de medicina da Europa, fundada em 1222, que deu origem à Universidade de Pádua, por onde passou gente como Copérnico, Harvey e Galileu, que lá lecionou. O edifício atual conserva um pátio do século XVI e pode ser visitado por dentro. Nas visitas, sempre guiadas, pode-se conhecer o Teatro Anatomico e o Teatro di Filosofia Esperimentale, o mais antigo laboratório de física da Itália.
Caffè Pedrocchi
End. Via VIII Febbraio, 15. Cafés, em toda parte, abrem, fecham, se transformam, mudam de nome. Este, porém, é tão tradicional e histórico que virou atração turística. Fundado em 1831, não longe da universidade, acabou tornando-se ponto de encontro de intelectuais e estudantes, e foi cenário da revolta estudantil contra os austríacos, em 1848. O prédio, em estilo neoclássico, com um curioso apêndice neogótico, já vale a visita. O lindo interior é dividido em diversos recintos: salas rossa (vermelha), bianca (branca) etc., conforme a cor da tapeçaria que a adorna. Site: Caffè Pedrocchi
Canal de Brenta
Andar de barco no Brenta é um dos mais belos passeios que se pode fazer a partir de Pádua. O canal, que chega até a laguna de Veneza, pode ser percorrido de barco e tem dos dois lados dezenas de magníficos palácios construídos pela antiga nobreza veneziana. Os barcos param para visita em algumas das villas, como a Pisani, a Barchessa, a Valmarana e a Foscari, obra-prima do arquiteto Andrea Palladio, em Malcontenta. Além do canal de Brenta, existem outros percursos pelos canais do Vêneto, partindo de Pádua. Dê uma olhada nos sites Padovana Navegazione e Il Burchiello para obter dados atualizados sobre as diversas opções.
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