História da Argentina: a Idade de Ouro

História da Argentina: a Idade de Ouro, o desenvolvimento econômico, as exportações, o desenvolvimento urbano de Buenos Aires, os anos trinta.
Buenos Aires antiga
Buenos Aires antiga

A Idade de Ouro da Argentina

Embora a superpopulação, os conflitos sociais e os resquícios da febre amarela tivessem seu peso negativo, a economia argentina ia muito bem, obrigado. Apoiado num modelo voltado para as exportações de produtos primários – trigo, milho, lã e couro – o país enriqueceu rapidamente, atraindo capitais estrangeiros, ingleses principalmente, que modernizaram a nação. É curioso como certos avanços tecnológicos podem ter tanta importância para uma cidade ou país: a refrigeração, que permitiu a exportação de carne, trouxe enorme prosperidade a Buenos Aires, principal cidade e porto exportador da Argentina.

Buenos Aires torna-se refinada

A era de glória portenha significou um desenvolvimento urbano ímpar em curto espaço de tempo. Em 1889, na esquina da Calle Florida com a Av. Córdoba, a cidade ganhou seu equivalente aos grands magasins parisienses e à Galleria Vittorio Emanuele de Milão: as Galerias Pacífico. No mesmo ano, começavam as obras da Av. de Mayo, inaugurada em 1894; em 1897, circulava por Buenos Aires o primeiro bonde elétrico e, em 1904, o primeiro ônibus. Em 1905, a cidade já contava com rede de água e esgoto.
O refinamento e, porque não dizer, a “europeização” da capital ganharam força com a inauguração do Teatro Colón (1908) e do Palais de Glace (1910). Este, com o pomposo nome francês de “Palácio de Gelo”, não passava de uma estrutura de ferro à moda da época em que fazia sucesso Gustave Eiffel, destinada a abrigar uma pista de patinação no gelo que servia unicamente para deleite da jeunesse dorée portenha.

O metrô portenho

Sem uma linha de metrô, a capital argentina não teria por satisfeita sua pretensão de rivalizar com a francesa. A primeira da América do Sul começou a funcionar em 1913, ligando a Plaza Once à Plaza de Mayo, no centro da cidade.
A essa altura, Buenos Aires já tinha mais de um milhão e meio de habitantes – aproximadamente o triplo da população paulistana à mesma época. Livrarias, confeitarias e lojas como a chique Harrods se instalavam na Calle Florida, atraindo a elite econômica e intelectual. Arquitetos ingleses projetavam arrojadas estações de estrada de ferro; palacetes eram erguidos na Av. Alvear pela alta burguesia; e a vida cultural da cidade fervilhava como nunca. Em 1919, o Teatro Grand Splendid foi inaugurado na Av. Santa Fé e, em 1920, foi a vez da primeira emissora de rádio portenha transmitir óperas ao vivo do Teatro Colón.

Os anos 30

Apesar do rápido enriquecimento da Argentina e de Buenos Aires, a instabilidade dos mercados, as crises econômicas e os conflitos de interesses não permitiram a consolidação de um Estado republicano estável, situação que conduziu ao golpe militar de 1930.
Nessa década, a cidade alcançou dois milhões de habitantes, tornando-se uma das maiores do planeta: uma verdadeira metrópole. Ocorreu também uma certa divisão geográfica da população, com os mais ricos se fixando ao norte da cidade e os mais pobres ao sul. Essa época, de muito glamour e também de muito dinheiro correndo solto, permitiu que Buenos Aires ganhasse novas e charmosas construções e praças. O luxuoso Edifício Kavanagh, em estilo Art Decô, era o mais alto da América Latina quando foi construído, em 1934. A Plaza de la Republica e o fálico e portentoso Obelisco foram construídos em 1936 em homenagem ao IV Centenário de Buenos Aires. Sua arquitetura trazia o conceito inovador de uma praça sem árvores, de cunho “cívico”. Em 1937, inaugurou-se a Av. 9 de Julio, de proporções titânicas.

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