Auvers-sur-Oise
Por acaso, ou por outra razão, Auvers-sur-Oise, na île-de-France, tornou-se a meca de pintores paisagistas e, também, dos impressionistas. Entre os grandes nomes da pintura impressonista, é em Auvers-sur-Oise que artistas como Paul Cézanne, Camille Pissarro, Charles-François Daubigny, Jean-Baptiste Corot e, o mais famoso deles, Vincent van Gogh, se dirigiram ou se instalaram, em busca de inspiração. A cidadezinha só passou a ter acesso fácil a Paris a partir de 1846, quando foi inaugurada a linha ferroviária da capital até Lille.
Apesar de Auvers-sur-Oise ter ficado tão conhecida precisamente por ser o lugar onde Vincent van Gogh se estabeleceu até sua morte, em 29 de julho de 1890, o mestre morou apenas 70 dias na cidadezinha. Mesmo assim, o tempo em que viveu na pitoresca Auver-sur-Oise foi talvez o mais produtivo do atormentado artista. Nesse curto período de tempo, ele pintou mais de 70 telas.
Como ir a Auvers-sur-Oise
Carro
De Paris, tome a A86/A15 pela Porte Porte de Clignancourt, direção de Cergy – Pontoise. Em seguida, na saída 7, pegue a direção de Beauvais, depois, na saída Méry-sur-Oise, siga a direção de Auvers-sur-Oise. Auvers-sur-Oise fica a menos de 50 km de Paris, mas, por causa do trânsito, a viagem pode levar 1h.
Trem
Temos mais de uma opção para chegar a Auvers-sur-Oise. Quase sempre essa pequena viagem implica uma correspondence (baldeação).
Primeira opção: você toma o RER, linha C na estação Saint-Michel, até Pontoise, onde pega o trem para Persan-Beaumont e desce em Auvers sur-Oise. A aldeia é minúscula, não tem como se perder. Se tiver dúvida, pergunte pela Avenue du Géneral De Gaulle.
Segunda opção: tomar um trem direto na Gare du Nord. Mas só há partidas do começo de abril até o final de outubro e exclusivamente aos sábados, domingos e feriados. Fora da temporada ou durante a semana, você pode igualmente partir da Gare du Nord, mas terá de fazer baldeação em Pontoise. Lá terá de tomar outro trem para Persan-Beaumont, e descer na estação de Auvers-sur-Oise.
Terceira opção: também é possível tomar o trem em Paris na Gare St Lazare até Pontoise, onde há igualmente baldeação (correspondence) para Auvers-sur-Oise.
A viagem toma menos de uma hora e meia. Se quiser mais informações, consulte o site das ferrovias francesas: SNCF/Transilien
Onde dormir em Auvers-sur-Oise
A cidadezinha é bem próxima a Paris, de modo que você pode tranquilamente fazer um bate-e-volta, mas passar uma ou duas noites por lá para relaxar é uma boa pedida para quem tem tempo de sobra.
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Melhor época
Auvers-sur-Oise pode ser visitada em qualquer época do ano, mas evite o auge do verão, principalmente agosto, quando a cidade fica lotada de turistas. Igualmente, o ápice do inverno não é um bom momento: o frio incomoda. (Auvers-sur-Oise é alguns graus mais fria que Paris).
Atrações em Auvers-sur-Oise
Château d’Auvers Data do século XVII. Desde 1994 oferece um “percurso multimedia” «Voyage au temps des Impressionnistes». Veja abaixo:
Vídeo sobre o Château d’Auvers
No castelo funciona o restaurante l’Impressionniste Café.
Igreja de Notre-Dame d’Auvers
A antiquíssima Igreja de Notre-Dame d’Auvers foi construída pelo rei Philippe I, no final do século XI, em estilo românico tardio. Posteriormente, reformas introduziram no templo características góticas com janelas em “arc brisé” e arcos cruzados de sustentação do teto da nave. Van Gogh retratou essa igreja em uma de suas telas.
Maison Auberge de Van Gogh ou Auberge Ravoux
O Auberge Ravoux foi a última moradia do mestre, que habitava um modesto quartinho no segundo andar, que se pode visitar, mas não fotografar. O albergue, a cave e o restaurante, fundados em 1876, conseguiram preservar todo o clima e a decoração do final do século XIX, quando Van Gogh se acomodava no fundo da sala para fazer suas refeições. Hoje, o simples mas charmoso bistrô, que tem apenas dez mesas, continua funcionando. É um dos prediletos dos turistas que visitam a cidade, não só por ter se tornado um lugar histórico,mas também pela qualidade de sua cozinha. No auge da temporada, é difícil conseguir mesa.
O Auberge Ravoux continua a trabalhar com vinhos. Se você quiser comprar sua garrafa vai sempre se lembrar de que ela foi comprada na cave onde Vincent van Gogh se abastecia… Saiba mais: Maison Van Gogh.
O túmulo de Van Gogh
O túmulo de Van Gogh fica no cemitério de Auvers-sur-Oise, no alto de uma pequena colina. Ao seu lado repousa o corpo do irmão, Theo, falecido seis meses depois. Theo, que sempre suportou corajosamente os delírios do irmão, apoiou financeiramente o artista, que vivia muito pobremente.
Maison du Docteur Gachet
Paul Gachet, amigo de Pissarro, Cézanne, Guillaumin e de Theo, irmão de Vincent, comprou o imóvel em 1872. A pedido de Theo, Gachet acolheu Van Gogh em sua casa e, sendo médico, acompanhou as loucuras do artista. Paul Gachet não pintava óleos, mas criava gravuras que podem ser vistas na residência, aberta à visitação.
Musée de l’Absinthe
O Musée de l’absinthe, entre o Château e o Auberge Ravoux, reproduz o clima dos cafés parisienses da Belle Époque, em Paris, frequentados por pintores, poetas e escritores. Embora o absinto talvez os inspirassem, era também uma bebida perigosa, que podia conduzir à loucura. Por isso mesmo, acabou sendo proibida. O absinto que você compra hoje, legalmente, não apresenta os mesmos riscos.
Musée Daubigny
O Musée Daubigny, criado nos anos 1980, reúne obras do mestre, um precursor do Impressionismo. No primeiro andar do Manoir des Colombières, onde funciona o museu, estão expostos desenhos, gravuras e pinturas produzidas por Charles-François Daubigny, entre o fim do século XIX e o começo do século XX. Fazem parte do acervo do Musée Daubign outras coleções, como a de Art Naïf, uma das mais importantes da França, diversas telas de Arte Contemporânea, e esculturas de diferentes artistas. Saiba mais sobre o Musée Daubigny.
Mapa de Auvers-sur-Oise
Mais…
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