Sobre Vaux-le-Vicomte
De fácil acesso a partir de Paris, o Castelo de Vaux-le-Vicomte foi construído a mando de Nicolas Fouquet, ministro das finanças de Luís XIV. O castelo e seu jardim estão entre os mais belos da França. Projeto criativo do arquiteto Louis Le Vau, o castelo possui arquitetura clássica de meados do século XVII, de inspiração italiana. Vaux-le-Vicomte foi palco de acontecimentos históricos que resultaram na desgraça de Nicolas Fouquet. Participaram do projeto, além de Louis Le Vau, gênios como o pintor-decorador Charles Le Brun e o paisagista Le Nôtre.
Mapa do Castelo de Vaux-le-Vicomte
Como ir
Carro
Vaux-le-Vicomte fica 55 km ao sul de Paris. Pegue a A6, depois a A5, saída Saint-Germain-Laxis. A viagem toma menos de 1h. O estacionamento do castelo é gratuito.
Excursão
Há excursões da empresa Paris City Vision para a visita que inclui o Château de Vaux-le-Vicomte e o Château de Fontainebleau (2, rue des Pyramides) Mais informações.
Trem
Trens diretos partem a cada 60 minutos da Gare de l’Est, linha P (direção Provins). Descer na estação SNCF de Verneuil l’Etang. Na saída da estação de Verneuil l’Etang, tome o ônibus (navette) Châteaubus até Vaux-le-Vicomte.
Atenção: pagamento apenas em dinheiro vivo.) O trajeto completo da gare de l’Est, em Paris, até o castelo, leva cerca de 1h. Veja detalhes sobre horários da linha P: SNCF
A melhor época
O castelo é aberto ao público entre o começo de abril e o final de outubro. Abril, maio, setembro e outubro são os melhores meses para visitar Vaux-le-Vicomte.
Vídeo sobre o castelo de Vaux-le-Vicomte
A história de Vaux-le-Vicomte
O lindo castelo de Vaux-le-Vicomte e seus jardins são resultados dos delírios de grandeza de Nicolas Fouquet, ministro das finanças de Luís XIV. Encarregado de obter fundos para o tesouro do estado, ele teria encaminhado uma boa fatia da arrecadação para seus próprios bolsos. Diz-se que seu antecessor Mazarin teria feito o mesmo. Ao que parece, essas práticas ímprobas eram comuns naquela época entre os ocupantes de altos cargos públicos…
Em 1656, a ambição e o indiscutível bom gosto de Fouquet o levaram a recrutar grandes artistas, arquitetos como Le Vaux, o decoratour e pintor Le Brun e o mestre paisagista Le Nôtre, além de milhares de trabalhadores braçais, para a construção do monumental castelo. As obras se estenderam por cinco anos. Cercado de todo o luxo, Fouquet contava com os serviços do banqueteiro Vatel e com a sabedoria do escritor La Fontaine. Mas sua sina acabou sendo digna de uma fábula que nem o autor de “A Cigarra e a Formiga” podia imaginar.
Em 1661, ele resolveu impressionar Luís XIV, recebendo-o para uma magnífica festa num jardim de sonhos, entre fontes, jatos d’água, fogos de artifício, balés e música. O rei, que estava com seu caixa quebrado, não achou nenhuma graça nesses “sinais exteriores de riqueza”. Já imaginando de onde saíra o dinheiro para aquela obra faraônica, recusou-se inclusive a ocupar o quarto preparado especialmente para ele. Como o poderia o Rei-Sol suportar que alguém que não ele próprio pudesse se dar ao luxo de construir uma castelo como aquele?
Semanas mais tarde, Fouquet foi preso por D’Artagnan, o chefe dos mosqueteiros do rei. (D’Artagnan não foi apenas personagem do romance “Os Três Mosqueteiros”, de Alexandre Dumas, e sim uma pessoa de carne e osso.) Há suspeitas de que provas contra Fouquet foram forjadas. Além disso, Luís XIV agravou a pena de banimento dada pelo tribunal. Converteu a pena em prisão perpétua. Moral da história: por ofuscar involuntariamente o Rei-Sol, Fouquet morreu na prisão. De acordo com algumas versões, era ele o “Máscara de Ferro” que inspirou outro romance de Dumas.
Alguns historiadores defendem Fouquet, crendo que ele foi, antes de mais nada, vitima das intrigas de Colbert, assessor de Mazarin, que atiçaram a inveja de Luís XIV. Culpado ou inocente? Eis um tema para pesquisa.
O castelo de Vaux-le-Vicomte
O castelo e seus jardins, classificados como monumento histórico, merecem ser conhecidos. O quarto do rei, jamais utilizado, os apartamentos de Fouquet e de sua esposa, com móveis de época, bem como os salões e até mesmo a cozinha dom castelo podem ser visitados.
Nos meses mais quentes, à noite, acontecem as “Visites aux Chandelles” (Visitas noturnas com o castelo todo iluminado à luz de duas mil velas) e, durante o dia, os Jeaux d’Eau (espetáculos de jatos d’agua no jardim). É muito bonito! Vaux-le-Vicomte tem uma excelente infraestrutura para o turista, que compreende o restaurante e uma loja de souvenires, e é uma ótima opção de passeio fora de Paris.
Dicas
- Visites aux Chandelles (Visita à luz de velas) – Aos sábados, de meados de maio a meados de outubro das 20h às 24h (entrada até as 23h).
- Jeux d’eau – De abril a outubro no segundo e último sábado de cada mês, das 14h às 18h.
- O restaurante está aberto todos os dias para almoço até as 18h e, nos dias em que há Visites aux Chandelles, para o jantar. É importante reservar!
- Para reservas e informações mais detalhadas, acesse Vaux-le-Vicomte.
Mais…
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