Parla italiano?
Não parla? Não faz mal. O importante é ter pelo menos conhecimentos básicos. Nas recepções da maioria dos hotéis, nos escritórios de turismo e nos restaurantes que têm fregueses do mundo todo, é fácil encontrar quem fale inglês, francês ou espanhol – ou até entenda um pouco de português.
Que tal aprender um pouquinho de italiano antes de viajar para a Itália?
Quem tem algum tempo pela frente pode considerar a possibilidade de fazer um curso intensivo de italiano antes de embarcar. É uma delícia assistir a um filme estrelado por Mastroianni sem precisar acompanhar as legendas, ler Manzoni no original ou entender as letras das canções de Sergio Endrigo.
Algumas palavras são muito semelhantes ao português
O italiano é uma língua latina, como o português. Por isso, a maioria das palavras têm raízes latinas ou gregas e pode ser fácil descobrir seu significado (na linguagem escrita principalmente) prestando um pouco de atenção e comparando com o próprio português. Algumas palavras são muito semelhantes ou até mesmo idênticas: porta = porta, amore = amor; outras são um pouquinho menos óbvias: giardino = jardim; cipolla = cebola; há palavras mais difíceis de traduzir, mas cujo significado você consegue decifrar se pensar um pouco: letto = cama ou leito, cantante = cantor. Às vezes, uma pequena modificação é suficiente para transformar a palavra portuguesa em italiana, como no caso daquelas que terminam em “dade” no nosso idioma e em “tà” no italiano: università = universidade, varietà = variedade etc.
Fonética parecida com a nossa, estrutura gramatical semelhante à francesa
Quem fala francês notará que as conjugações verbais francesas são muito parecidas e encontrará diversas palavras extremamente semelhantes nas duas línguas latinas, como manger e mangiare (comer), vouloir e volere (querer), fourchette e forchetta (garfo). Mas nem tudo é tão simples. Por exemplo, a palavra tomate, que é igualzinha ao português em francês, em espanhol e até em alemão, em italiano é… pomodoro!
Não estamos fazendo a transcrição fonética das palavras – nem pretendemos ensinar ninguém a falar italiano. A intenção é ajudar você, caso não fale essa língua, a tomar contato com as expressões mais básicas. A pronúncia sugerida, indicada entre parênteses, é aquela que acreditamos ser a mais fácil para os brasileiros.
Regras de pronúncia
O italiano tem uma fonética em geral muito parecida com a nossa, ou seja, não há sons que sejam difíceis para um brasileiro pronunciar, embora a pronúncia das consoantes tenha algumas peculiaridades:
l ce, cce, ci, cci = tche, tchi. Ex: cena (jantar) = tchena (e não sena); cibo (comida) = tchibo (e não sibo)
l ch = k. Ex: chiesa (igreja) = kieza (e não xieza)
l ghe, ghi = gue, gui. Ex: ghiaccio (gelo) = guiatchio
l gl = lh. Ex: biglietto (bilhete) = bilhieto (e não big-lieto)
l ge, gi = dje, dji. Ex: geloso (ciumento) = djeloso
l gn = nh. Ex: giugno (junho) = djúnho (e não giug-no)
l l final = sempre pronunciado como em “lua”, com a ponta da língua no céu da boca, e nunca transformado em “u”, como pronunciamos Brasil (“Brasiu…”)
l que, qui = cue, cui. Ex: questa (esta) = cuesta (e não questa)
l r, rr = sempre fraco, como em “aroma” (e nunca forte, como em “rato”), mesmo que seja no início da palavra
l sce, sci = xe, xi. Ex: scivolare (escorregar) = xivolare
l z, zz = é a única pequena dificuldade de pronúncia, pois não tem equivalente em português; é um som similar a “ts”. Ex: zucchero (açúcar) = tsúquero (e não zúquero)
Vamos aprender italiano ?
Órgãos culturais do governo italiano no Brasil promovem cursos de italiano para todos os níveis, do básico ao de obtenção do diploma de “Certificazione della lingua Italiana”, bem como intensivos para quem quer aprender, em pouco tempo, o mínimo necessário para viajar pela Itália.
Istituto Italiano di Cultura de São Paulo • Centro Cultural Brasil-Itália
Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro • Colégio Danthe Alighieri