Sobre Machu Picchu
Mapa de Machu Picchu
O sítio arqueológico
Machu Picchu (que em quéchua significa “Montanha Velha”) é tão fascinante que aconselhamos você a conhecer as ruínas de Pisac e Ollantaytambo antes, pois nada mais o impressionará depois.
Os espanhóis nunca conseguiram encontrar Machu Picchu – Desde a época da conquista do império incaico, os espanhóis escutaram vagas menções a uma cidade perdida entre as montanhas, mas nunca conseguiram localizá-la. Situada no alto de um pico, a 2.400m acima do nível do mar, Machu Picchu é invisível do vale. À época de sua descoberta, estava totalmente tomada pela vegetação. Ela só foi revelada ao mundo em 1911, pelo arqueólogo americano norte-americano Hiram Bingham, muito depois de o Peru ter se tornado uma república. Na verdade, o conjunto arqueológico pertencia a uma fazenda, cujos proprietários já sabiam da existência das ruínas visitadas pelo peruano Enrique Palma, 9 anos antes, em 1902.
Um saque consentido
Com a anuência do governo peruano – e sem nenhuma preocupação com o patrimônio arqueológico do país – o material encontrado nas primeiras escavações de Machu Picchu foi simplesmente levado para os EUA, o que provocou sérios protestos, inicialmente no porto de Mollendo e depois em Puno e Arequipa.
Machu Picchu, uma cidade inca intacta
A grande importância da descoberta de Machu Picchu é o fato de ter sido encontrada intacta, fornecendo valiosos dados sobre a cultura inca, uma vez que todas as demais cidades foram destruídas ou muito modificadas pelos espanhóis.
Uma cidade separada por setores distintos
Os arqueólogos descobriram que Machu Picchu era composta por duas partes distintas: o Setor Urbano, onde ficavam templos, residências e outros edifícios, e o Setor Agrícola, formado basicamente por terraços de plantio com muros de arrimo de pedra e um engenhoso sistema de irrigação. Dá para notar que neste último as construções são mais grosseiras, com o ajuste das pedras e o acabamento mais rudimentares (como em um condomínio de casas populares atual em comparação a um de luxo).
Como ir a Machu Picchu
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Trem + ônibus
É o único meio de ir a Machu Picchu sem percorrer a pé a Trilha Inca. Há trens a partir da estação de Poroy, próxima a Cusco (3h15), e de Ollantaytambo (1h30). Desembarca-se na estação de Aguas Calientes, onde se toma um ônibus até a entrada do sítio arqueológico (0h30). Os trens que vão de Cusco a Machu Picchu partem bem cedo. Nos últimos anos, os serviços ferroviários tornaram-se sensivelmente melhores e muito mais caros. De Cusco (estação Poroy) a Machu Picchu há a classe Expedition, mais simples, e a Vistadome, em vagões confortáveis, com bebidas e lanches a bordo incluídos.
A partir de Ollantaytambo – Há três classes: a Backpacker (Mochileiro), a Vistadome e a 1a classe, no luxuoso trem Hiram Bingham. Se for escolher esta última, prepare o bolso; esse trem é caríssimo. A passagem inclui brunch, lanche, jantar, ônibus, ingresso e guia. Na ida, procure reservar sua poltrona do lado esquerdo do trem. A paisagem com rio o Urubamba como pano de fundo é mais bonita.
Em excursão
O ideal, como já foi dito, é contratar os serviços de uma operadora de turismo brasileira, com bastante antecedência. Em Cusco diversas agências oferecem o passeio, mas há o risco de não conseguir ingresso sem ter feito reserva antecipada. Quanto antes você reservar, mais chance terá de conseguir lugar no trem e obter seu ingresso para visitar as ruínas. Com a limitação do número de visitantes, na alta estação (ou às vezes, mesmo na baixa!) o acesso ao sítio arqueológico é disputado. Os pacotes geralmente incluem o trem em classe Expedition, o ônibus para subir da estação de Aguas Calientes até Machu Picchu, o ingresso, um folheto com mapa e o acompanhamento de um guia. Você sai de Cusco bem cedo e volta à noite. No Brasil, as operadoras Ambiental (www.ambiental.tur.br) e Calcos (www.calcos.com.br) cuidam de todas as reservas para você.
Por conta própria
Não recomendamos, a não ser para viajantes experientes. Mas, se você quiser providenciar tudo sozinho terá que comprar o ingresso ao sítio arqueológico pelo site www.machupicchu.gob.pe e a passagem de trem pelo site www.perurail.com. Deverá ainda comprar passagem de ônibus até Machu Picchu quando chegar a Aguas Calientes.
Importante – O governo peruano limitou o acesso a Machu Picchu a 2.500 pessoas por dia. A reserva e a compra do bilhete de trem e do ingresso ao sítio arqueológico podem, em tese, ser feitas pela internet, mas o processo é complicado e têm ocorrido fraudes com cartões de crédito. O mais aconselhável é fazer tudo por meio de uma operadora de turismo aqui no Brasil. A reserva, principalmente para viagens durante a alta estação, deve ser feita com antecedência de pelo menos três meses.
Onde se hospedar em Machu Picchu
A maioria das opções de hospedagem fica, na realidade, em Água Calientes, o vilarejo aos pés da montanha.
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Melhor época
O período mais chuvoso se estende de dezembro a fevereiro. Não é a época ideal para se visitar Machu Picchu, mas é a única em que muita gente pode viajar, uma vez que corresponde ao período de férias escolares.
Alguns mistérios sobre Machu Picchu
A grande maioria da população era de mulheres
Dos 164 esqueletos encontrados em tumbas existentes no local, 102 eram de mulheres adultas, 7 de meninas e 24 estavam deteriorados demais para que se determinasse seu sexo. Esses dados suscitaram a hipótese (não comprovada) de que o local teria servido de refúgio para as Virgens do Sol quando os espanhóis invadiram e saquearam Cusco. Vestígios de objetos manufaturados na Europa demonstram que Machu Picchu foi habitada até 1540, portanto, após a chegada dos espanhóis. Depois, foi simplesmente abandonada, ninguém sabe exatamente porque.
O local já era habitado antes dos incas
Mas estes seriam os responsáveis pela magnífica cidade construída provavelmente em meados do século XV que, com exceção dos telhados de madeira e palha que desapareceram, está intacta. Os telhados eram não apenas térmicos, mas também mais seguros numa região sujeita a terremotos; no caso de um abalo, se algo for desabar na cabeça dos moradores, melhor que seja um tufo de palha do que uma telha de barro! Algumas das casas tiveram seus tetos de madeira e palha reconstituídos, o que permite ao visitante imaginar como seria a cidade quando habitada.
Aguas Calientes
A estação de trem de Machu Picchu fica em Aguas Calientes, um vilarejo espremido entre a montanha, o rio e a via férrea. O lugar foi reurbanizado com a ampliação e modernização da estação ferroviária, a racionalização do espaço e uma “ajeitada” no mercado de artesanato que acompanhava os trilhos.
Dica
Acorde cedo. Sem nenhuma atração além de suas piscinas termais de interesse relativo, Aguas Calientes serve de base para quem quer seguir para Machu Picchu bem cedo pela manhã, antes que o lugar seja invadido por multidões de visitantes que chegam de Cusco. Os primeiros ônibus que levam ao sítio arqueológico saem por volta de 6h da manhã. Não perca o último, que volta no final da tarde.
As fontes, a uns 700m da aldeia, têm águas não exatamente “quentes”, mas mornas, de cheiro esquisito, pois são sulfurosas.
História do Peru
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Informações práticas
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