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A sociedade durante o Império Romano
Toda a sociedade romana se baseava na autoridade do paterfamilias, o pai de família, que tinha poderes absolutos sobre a mulher, os filhos, os empregados libertos e os escravos – todo mundo considerado parte da família. Estes últimos – escravos e libertos – tinham uma situação que lembra um pouco a dos “agregados” nas antigas fazendas brasileiras. Tema para um Gilberto Freyre!
Os costumes romanos: paradoxalmente imorais e moralistas
O senhor da casa podia se aproveitar da intimidade de suas escravas e até mesmo de seus jovens escravos, mas o ato amoroso, principalmente com a esposa, devia ser praticado no escuro e sem que a mulher tirasse a peça de roupa equivalente ao atual sutiã! Havia ainda situações propositadamente dúbias, como as de algumas crianças adotadas, que podiam tanto ser consideradas filhos e ser muito bem tratadas, como também ser objeto de todo tipo de abuso. O homossexualismo masculino entre um adulto e um adolescente (o “favorito”) era aceito com naturalidade, ao contrário daquele entre dois homens adultos – assim considerados os que já tivessem barba.
O casamento romano
O casamento era muitas vezes um negócio, arranjado pela família. Casava-se por civismo, porque se estava de olho no dote da noiva ou para gerar descendentes que mantivessem o clã e o culto aos lares. O maior medo do homem era não ter descendentes capazes de cuidar do altar doméstico e de lhe fazerem oferendas depois de sua morte. Por isso a adoção era comum. O adotado participava do culto aos ancestrais e tornava-se o herdeiro quando o pai adotivo morresse. De qualquer forma, quem herdava os bens era sempre o filho homem, legítimo ou adotado; dificilmente a filha que, ao casar-se, passaria a integrar a família do marido e adorar os lares da nova casa. Só em razão de um testamento, e ainda em situações muito particulares, é que parte da herança cabia à filha.
O paterfamilias
Embora existisse o direito ao divórcio, a mulher, ao se casar, simplesmente passava do domínio do pai para o do marido e, quando este morria, era controlada pelos próprios filhos homens. O paterfamilias era obrigado a responder pelos deslizes da esposa, dos filhos e dos escravos. Ele nunca seria ridicularizado por alguma infidelidade da esposa, mas acusado de falta de autoridade e de não saber administrar sua casa… A mulher, vista como uma criança, tinha que ser controlada para não fazer “reinações”. Os romanos julgavam que o homem que se apaixonava era um fraco. Entre os patrícios, era normal que as mulheres casadas que tivessem um amante fossem recompensadas com uma renda paga pelo favorecido. (Pela dupla jornada…).
Como era a vida dos filhos
Enquanto o pai fosse vivo, filho de qualquer idade não podia se casar, adquirir um bem ou tomar qualquer decisão mais importante na vida sem a autorização dele.
Meninos e meninas costumavam estudar até os 12 anos. Os mais ricos com um preceptor, geralmente grego; os demais, em escolas. Depois dessa idade, só os meninos ricos continuavam estudando. É bom lembrar que, aos 12 ou 13 anos, muitas meninas já estavam se casando. Boa parte da população conseguia ler e escrever alguma coisa, como provam os grafites obscenos nas tavernas de Pompéia, mas durante o Império Romano poucos eram capazes de redigir uma carta com um mínimo de fluência. Ou seja, a maioria só sabia escrever bobagens!
Decorações domésticas de cunho erótico
Não todas as casas, ms muitas delas eram decoradas com murais eróticos ou, no míniomo, inspiradores. As pinturas e estatuetas eróticas encontradas em diversas casas de Pompeia nos dão uma ideia das relações amorosas na época. Esse acervo foi levado para o Museu Arqueológico de Nápoles e encerrado em salas não abertas ao público em geral e que chegaram a ser fechadas com tijolos. Hoje pode-se visitar o Gabbinetto Segreto do Museu.
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