O Macartismo

Macartismo foi a campanha movida pelo senador McCarthy, que presidiu um comitê radical contra suspeitos de atividades anti-americanas.
Macartismo
O Macartismo, cena em tribunal macartista nos EUA

O Macartismo

Macartismo é o nome pelo qual se conhece a campanha movida pelo senador McCarthy, que presidiu o Senate’s Government Operations Committee, contra suspeitos de “atividades antiamericanas” durante os primeiros anos da Guerra Fria, quando os Estados Unidos e a União Soviética competiam no cenário político internacional, cada qual buscando ampliar sua área de influência.

Digamos que, da mesma forma que uma andorinha não faz verão, McCarthy não estava sozinho; apoiava-se na Doutrina Truman, um conjunto de medidas que visava conter a expansão do comunismo.
Radical e meio paranóico, vendo “comunistas” em todas as partes, talvez até debaixo de sua cama, o Senador desencadeou uma perseguição principalmente contra intelectuais e artistas suspeitos de atividades esquerdistas. Entre os acusados estavam ex-colaboradores do presidente Franklin D. Roosevelt e personalidades como Lauren Bacall, Humphrey Bogart, Frank Sinatra e Groucho Marx (que, com esse nome, só podia ser marxista!).

O HUAC

Criado em 1938, o HUAC (House Committee for the Investigation of Un-American Activities), comitê contra atividades antiamericanas, era moderado em seu anticomunismo durante a Segunda Guerra Mundial, em razão da aliança estratégica dos Estados Unidos com a União Soviética contra a Alemanha nazista. Porém, finda a guerra, retomou todo seu fôlego durante o governo Truman, quando foi o principal instrumento de perseguição política do macartismo. Este usou as famosas listas negras de “suspeitos”, intimados a depor e a denunciar colegas; um processo parecido com o que sucedia na União Soviética onde, diga-se de passagem, houve muito mais virulência e execuções sumárias, o que não aconteceu nos EUA.

E quem se recusava a colaborar com o comitê ? Com certeza era perseguido: ficava sem emprego ou devia deixar o país. Houve quem chegasse ao suicídio.
Dois políticos que viriam a ser presidentes do EUA, Richard Nixon e Ronald Reagan, participaram da campanha macartista.

Até Eisenhover se cansou de McCarthy

Inquisidor histérico, o senador McCarthy passou a exigir cada vez mais poderes. No final de 1953, bateu de frente com o presidente Eisenhower e com o próprio partido republicano, que inicialmente o apoiara. Boa parte dos americanos que, em um primeiro momento, tinham apoiado a “caça às bruxas”, prontos para denunciar colegas de trabalho e vizinhos, acabaram por se cansar do carnaval montado por McCarthy.

O retorno aos métodos macartistas com Nixon na presidência

O HUAC, porém, continuou a existir. Em 1970, seu nome mudou para ISC (International Security Committes). Durante a presidência de Nixon, com os Estados Unidos mergulhados na Guerra do Vietnã, o governo americano lançou mão de argumentos e métodos semelhantes aos do macartismo, como escutas telefônicas. Um de seus alvos foi o casal pacifista John Lennon e Yoko Ono.

George W. Bush utilizou os mesmos princípios

Quem não está conosco está contra nós” dizia. Por coincidência era o mesmo que dizia a extrema-direita militar durante a ditadura no Brasil…  Foi com esses argumentos que usou para iniciar a Guerra do Iraque. Temendo ser acusados de conduta “antipatriota”, a maioria dos políticos, inclusive do Partido Democrata, apoiou o conflito. Até Hillary Clinton entrou nessa.

Esse tipo de argumento não é, sejamos honestos, privilégio americano

Ditaduras como a soviética, a cubana e mesmo a brasileira (“Ame-o ou deixe-o”) utilizaram argumentos patrioteiros: se você não concorda com o regime, é um traidor. Enfim, se há algo de positivo nos americanos é que, cedo ou tarde, acabam caindo na real. Podem demoram um pouco para perceber, mas no final das contas dão um basta nos exageros. Viva a democracia.

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