Para entender a Argentina, o segundo maior país sul-americano
Com 2,7 milhões de quilômetros quadrados (ou 3,7 milhões, incluindo territórios reivindicados como a Antártida Argentina e as ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul) a Argentina é o segundo maior país da América do Sul e o oitavo do mundo em área. Sua extensão latitudinal também impressiona: de La Quiaca, na Província de Jujuy, no extremo norte, a Ushuaia, a cidade mais meridional, são mais de 3.700 km!
Mapa da Argentina
Os Andes, uma fronteira natural
A oeste, a Argentina tem como fronteira natural a cordilheira dos Andes, que acompanha o país de norte a sul. Nos Andes, em território argentino, fica o mais alto ponto da América do Sul: o Aconcagua. Servindo de barreira para a massa de ar úmido do Pacífico, os Andes tornam o noroeste e o centro-oeste da Argentina, onde a influência do Atlântico não se faz presente, locais de clima seco, que chega a ser árido em alguns pontos. Sorte dos amantes de bons vinhos, que encontram nas zonas de Mendoza e Salta sua bebida favorita produzida em condições climáticas ideais! A região mais elevada, nos contrafortes da cordilheira, conhecida como Puna, corresponde a um altiplano, com paisagens similares àquelas encontradas na Bolívia.
A Patagônia
Já mais ao sul, na Patagônia, onde os Andes são mais baixos e o Atlântico é mais próximo, a umidade é maior. Ali, na chamada Patagônia Andina, encontram-se lindas paisagens de florestas, lagos, picos nevados e geleiras milenares. A Terra do Fogo, composta por uma grande ilha e dezenas de ilhotas, é a região mais meridional da Argentina, da América do Sul e, se não considerarmos a Antártida, do mundo.
O Nordeste
No nordeste do país, as paisagens são subtropicais úmidas. O Chaco, território de vegetação abundante, bem quente (para não dizer: desagradavelmente abafado!), de clima similar ao do Pantanal mato-grossense, vai da fronteira com o Paraguai até Santa Fé, compreendendo a zona que os argentinos chamam “Mesopotâmia” (que, como você sabe, quer dizer “entre rios”). Neste caso os rios são o Paraná e o Uruguai, em meio aos quais fica a região histórica de Misiones. No extremo norte, bem na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, estão a Hidrelétrica de Itaipu e as Cataratas do Iguaçu. Na zona lindeira ao Rio Paraná, também conhecida como El Litoral, ficam grandes cidades como Rosário, Santa Fé e Paraná.
Os pampas
A região que vai de Buenos Aires ao sul das Províncias de Santa Fé e de Córdoba e se estende até o centro do país é predominantemente ocupada pelos Pampas, planícies intensamente cultivadas, onde a pecuária bovina tem papel de destaque. A monotonia do relevo é quebrada pelas Serras de Córdoba, a leste da cidade homônima, uma das principais do país.
O litoral do Plata à Patagônia Atlântica
O leste da Argentina é banhado pelo Oceano Atlântico desde seu extremo sul até o Rio de la Plata, nome dado ao larguíssimo estuário dos Rios Paraná e Uruguai, em cujas margens está Buenos Aires. O Atlântico não apenas traz da Antártida correntes frias de água e de ar, mas também define condições para a existência de uma fabulosa fauna marinha no litoral argentino, sobretudo na chamada Patagônia Atlântica.
Com país com grandes recursos e terras férteis
País em boa parte plano, com terras férteis, perfeito para a agricultura, a Argentina tornou-se um dos maiores exportadores de alimentos do mundo – carne e trigo, principalmente. Aliás, o boom das exportações de carne ocorreu quando entraram em cena navios com compartimentos refrigerados, que permitiram o escoamento da mercadoria para os portos europeus. Isso fez com que o país fosse durante muito tempo um dos mais ricos do Hemisfério Sul nas primeiras décadas do século XX, com um invejável qualidade de vida, e o primeiro a industrializar-se em toda a América Latina.
“El país es muy rico, lo que nos mata son los gobiernos.”
Embora rica em recursos naturais, com quase 100% da população alfabetizada e um enorme potencial de desenvolvimento econômico, a Argentina foi muito prejudicada pelas desastrosas políticas adotadas por sucessivos governos, inclusive ditaduras sanguinárias e corruptas que (como aconteceu também com o Brasil, Chile e Uruguai) assumiram o controle da nação. Conseguiram o “milagre”, em um país tão promissor, de sucatear o parque industrial nacional e desestabilizar a economia, que passou por graves crises. Como nos disse um amigo argentino: “El país es muy rico, lo que nos mata son los gobiernos.” Pois é, Brasil e Argentina têm diversos pontos em comum…
Enfim, é preciso reconhecer que ultimamente a Argentina parece ter encontrado o rumo da recuperação e obtido taxas de crescimento significativas. Aliás, no que tange à distribuição de renda e às desigualdades sociais, embora a Argentina não seja nenhuma Suécia, está em situação bem melhor que a nossa.
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