Incas, a expansão do império
Uma das chaves do sucesso do poder militar dos incas foi sua disciplina. Não se tratava de um bando desorganizado e sim de um exército “profissional” de guerreiros treinados e agrupados em corpos de acordo com suas habilidades.
Os métodos utilizados pelos incas na expansão do império, tiveram alguma semelhança com aqueles dos antigos romanos, como a ênfase em impor sua língua e cultura aos povos conquistados. Sempre que possível, obtinha-se a rendição negociada e pacífica. Inicialmente o imperador enviava falsos mercadores, que eram na verdade espiões, encarregados de avaliar a capacidade militar do inimigo. Depois chegavam os embaixadores, que propunham aos governantes locais que se submetessem. Só no caso de recusa a guerra era declarada.
A integração ao Império Inca dos povos dominados
Os povos que aceitavam a hegemonia inca eram poupados, integrados ao império e até se beneficiavam das técnicas de irrigação e agricultura dos incas e de sua eficiente administração. Arcavam, porém, com tributos, com a obrigação de participar da mita e da e com a cessão de jovens para o serviço militar.
Muitas vezes o antigo rei ou chefe era mantido em seu posto como curaca, mas seus filhos eram enviados para Cusco onde, como reféns bem tratados, deviam aprender o quéchua e assimilar a cultura inca antes de voltar para casa.
Parte da população conquistada era transferida para áreas no centro do império, de modo que fosse aculturada e pudesse ser mais facilmente controlada, enquanto agricultores-guerreiros incas instalavam-se entre os povos dominados. Esses colonizadores, chamados mitamaes, ensinavam ao povo conquistado sua língua e suas técnicas de agricultura e construção, visando ao incremento da produção. Também “quechuizavam” a população local e, se algo não andasse bem, comunicavam a quem de direito: o Tucuy Ricoc.
Incas, a expansão do império: o idioma quéchua, fator de integração
Embora os povos conquistados conservassem suas línguas (havia várias centenas delas em todo o império), o principal elemento aglutinador era o idioma quéchua, considerado o mais elaborado e rico, de aprendizado obrigatório.
Normalmente, se os novos súditos pagassem seus impostos e trabalhassem, não eram molestados. Quem cometesse alguma falta ou fosse indolente era castigado realizando algo pior do que o trabalho forçado: o “trabalho inútil”. Ou seja, devia deslocar uma enorme pedra até um determinado lugar. Quando terminava a tarefa, mandavam que colocasse a tal pedra de volta no lugar onde estava anteriormente. (Os leitores que apreciam mitologia grega devem estar se lembrando do pobre Sísifo, condenado pelos deuses a castigo idêntico e perpétuo).
Os povos conquistados eram transformados em súditos do Império Inca
Os incas em geral não saqueavam as aldeias e cidades dos povos que se submetiam, nem escravizavam seus habitantes. O antigo reino tornava-se uma província do império; seu povo era transformado em “súdito” e enquadrado na lei inca. Os soberanos atuavam não somente junto ao seu povo, mas também com relação aos demais que iam dominando, como “déspotas esclarecidos”.
E os povos que não aceitassem a integração?
Porém, com os povos que não aceitavam a rendição, os incas eram vingativos e cruéis. A população era taxada por pesados impostos ou obrigada a migrações forçadas. Apesar de não destruir a cidade do povo vencido, o Inca nela ingressava em sua liteira, cujos carregadores pisavam sobre os guerreiros derrotados ali deitados. O rei vencido era exibido nu.
Nos casos de povos em que a resistência era particularmente feroz, os guerreiros eram escravizados e as mulheres, entregues aos soldados. Os chefes, por sua vez, eram mortos e tinham a pele do corpo todo arrancada, de modo que se pudesse enchê-la com palha e exibir o vencido, empalhado, no desfile triunfal…
Durante os combates, era costume que as tropas se apresentassem carregando suas múmias mais queridas. Esse era, portanto, o mais importante troféu de guerra e a suprema humilhação ao inimigo era queimar as múmias de seus ancestrais.
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