Dorival Caymmi

Dorival Caymmi, um nome inesquecível da música baiana, sua vida, as letras de suas canções que refletem o amor de Caymi pela Bahia.

Dorival Caymmi

 

Dorival Caymmi

Deitado em sua rede, sempre sorridente, Dorival Caymmi (Salvador, 1914-Rio de Janeiro, 2008) representou o espírito tranqüilo do povo baiano. Foi cantor e compositor de primeira linha.

A voz bela e grave de Dorival Caymi

Já no começo de sua carreira, na década de 1940, deixou o país extasiado, de orelhas coladas no rádio para ouvir sua voz grave, cantando “O mar quando quebra na praia é bonito, é bonito…”. Mas quem se lembra daqueles tempos diz que a fama veio mesmo com Eu não tenho onde morar (“É por isso que eu moro na areia…”)

Inspiração no mar

Caymmi celebrou o mar, a pesca, a vida (e a morte…) dos pescadores em canções ora divertidas, ora melancólicas: “Saveiro partiu de noite, foi | Madrugada, não voltou | O marinheiro bonito | Sereia do mar levou | É doce morrer no mar | Nas ondas verdes do mar.”

Vídeo com música de Caymi

O tributo às mulheres e aos temperos baianos

Prestou tributo às mulheres (“Marina morena, Marina, você se pintou…”, “Rosa, rainha do frevo e do maracatu”) e ao amor (“Só louco | Amou como eu amei”).
Escreveu canções sobre o dia-a-dia, o trivial, dando até mesmo receita de vatapá: “Amendoim, camarão, rala um coco | Na hora de machucar | Sal com gengibre e cebola, iaiá | Na hora de temperar.”

O amor à Bahia

E, sobretudo, mais e melhor do que ninguém, Dorival cantou a sua amada terra, Bahia: “A Bahia tem um jeito que nenhuma terra tem…”, “Ai, que saudades tenho da Bahia… | Ai, se eu escutasse o que Mamãe dizia…”.

Aprendeu violão sozinho

Dorival Caymmi aprendeu a tocar violão sozinho. Cantou em coro da igreja, foi auxiliar de escritório, vendedor de bebidas e, aos 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde abandonou a idéia de estudar Direito para se dedicar à carreira musical. Deu certo: em 1939, já estava gravando, em dueto com Carmen Miranda, sua composição O que é que a baiana tem?.

Stella Maris, 68 anos de casamento

Em 1940, quando atuava na Rádio Nacional, conheceu Stella Maris, com quem foi casado por 68 anos. Dona Stella, que estava em coma quando Dorival faleceu, sobreviveu apenas doze dias ao marido. Da união de ambos, nasceram os talentosos músicos Danilo, Dori e Nana (que foi casada com Gilberto Gil).

Caymi no Rio de Janeiro

Curiosamente, foi no Rio de Janeiro que Caymmi compôs algumaas de suas melhores canções. Teve evidente participação nos primórdios da bossa-nova, que tem claras raízes em seu samba-canção. Na década de 1970, sua canção em homenagem a Mãe Menininha do Gantois fez enorme sucesso, bem como a Modinha para Gabriela. Em 1984, Dorival recebeu a Comenda das Artes e Letras da França. De tão querido pelos cariocas, foi tema de enredo da Mangueira em 1986.

Nome inesquecível da música brasileira

Dorival Caymmi faz hoje parte do seleto Panteão da música brasileira, ao lado de Villa-Lobos, Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Como bem disse Gilberto Gil: “Dorival é um Buda nagô | Filho da casa real da inspiração | Como príncipe principiou | A nova idade de ouro da canção.”

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