O charme exótico da Ásia
No sul e sudeste da Ásia estão países como a Índia, a Tailândia, a Turquia e o Nepal (atingido por um violento terremoto em em março-abril de 2015), dos quais todo mundo pelo menos já ouviu falar, e outros menos conhecidos pelos brasileiros, como o Butão e Myanmar (a antiga Birmânia). Quando pensamos nesse mundo, logo nos vêm à cabeça as imagens de templos dourados, o som das cítaras e dos mercados, o odor de incenso e de especiarias, a suavidade da seda, o sabor de temperos estranhos e fortes… Lá é a terra de paisagens intocadas, de desertos escaldantes, montanhas cobertas de neve e plantações inundadas por chuvas torrenciais; templos maravilhosos, costumes exóticos, elefantes, vacas sagradas e macacos; de gurus, sadus e monges; de Buda, Allah e centenas de deuses hindus.
Por mais espetacular que seja uma viagem como essa, é sempre importante ter algumas dicas de viagem sobre a Ásia.
A Ásia: destino para quem busca exotismo e culturas muito diferentes da brasileira
Quem pensa em viajar para a Ásia geralmente já conhece pelo menos um pouco do Ocidente e agora quer mais, seja em termos de aventura, de misticismo, seja simplesmente no sentido de conhecer culturas totalmente diversas da nossa. Em razão da distância geográfica e cultural e do consequente desconhecimento, tendemos a formar clichês que nem sempre correspondem à realidade e a achar que os países dessa região são, todos eles, meio parecidos. Mas não é bem assim. Para quem quer se perder no mundo, o sudeste da Ásia ainda guarda roteiros de completa aventura e lugares onde o visitante estrangeiro é olhado com curiosidade. De fato, a Ásia é para nós um outro planeta, não só pelos fatores naturais, mas sobretudo pelos contrastes sociais, econômicos, religiosos e políticos.
Dicas sobre a Ásia
- É muito difícil viajar pelo sul da Ásia sem falar pelo menos um inglês “básico”. Mas não se preocupe se o seu sotaque for macarrônico: o deles também é.
- Nas cidades, opte pelos táxis. Há sistemas de transporte urbano em todas as grandes cidades, mas não é fácil utilizá-los em razão da dificuldade de comunicação: pedir qualquer informação já é um pouco complicado. Outro motivo que torna desinteressante usar o transporte público é que os táxis são muito baratos. Os táxis-triciclo (tuk-tuk) da Tailândia e os scooters da Índia, do Nepal e de outros países, são ainda mais baratos do que os táxis “normais”. Ao tomar um táxi, barganhe o preço antes de subir no veículo. O ideal é pedir na portaria do hotel um motorista que fale alguma coisa de inglês e, eventualmente, contratá-lo para o dia todo ou até para alguns passeios. Se ele falar mesmo inglês, será uma boa oportunidade para ficar sabendo um pouco mais do país e dos costumes locais.
- Quase todos os países dessa região – especialmente a Tailândia, a Índia e o Nepal – são verdadeiros paraísos das compras. Encontra-se de tudo: tecidos, roupas de seda e algodão, jóias, bijuterias, estátuas de bronze e de madeira, antiguidades (verdadeiras ou não), pinturas, objetos religiosos, penduricalhos, incenso, caixinhas esculpidas, porta-jóias, cerâmica, sandálias, bolsas etc.
- Ao fazer compras não deixe de barganhar: isso faz parte da cultura local. Cuidado com as falsificações, tanto de produtos “de marca” quanto de “antiguidades”.
- As culturas, os hábitos e as religiões asiáticas são mesmo bem diferentes das nossas. Respeite-as para ser respeitado.
- Tome cuidado: muita gente passa mal na Ásia devido aos temperos e à higiene duvidosa. Leve remédio para o aparelho digestivo e só beba água mineral ou fervida. Talvez você sofra um pouco no início, mas isso é relativamente comum e não significa que você tenha necessariamente contraído uma doença.
- Andando a pé pelas grandes cidades indianas é inevitável que, em maior ou menor grau, você seja assediado por miseráveis. Por mais difícil que seja, enfrente a situação com frieza: apresse o passo e vá adiante. Saiba que a miséria lá não é só uma questão econômica, mas também decorrente da divisão religiosa da sociedade em castas – o que ocorre há séculos. Lembre-se de que é apenas um visitante e que não será capaz de resolver esse problema crônico, mesmo que lhes dê tudo o que eventualmente tiver na carteira. Pense também que, assim como acontece no Brasil, lá muitos adultos vivem da exploração de menores pedintes, inclusive de crianças doentes que, se tratadas, deixariam de gerar “renda”. E, finalmente, não se esqueça da sua própria segurança: se você der um trocado para um, aparecerão imediatamente mais dez em cima de você.
- Evite estender a mão para um indiano ou nepalês; espere que ele o faça.Um brâmane tradicional não gosta de ser tocado. Cumprimente-o com uma pequena inclinação de cabeça e as mãos juntas na altura do peito, com a expressão Namasté, que significa “O deus que vive em mim cumprimenta o deus que vive em você.”
- Uma boa proteção contra os temperos indianos é sempre pedir um lassi (iogurte líquido, puro ou com frutas) junto com as refeições.
- Na Índia, não ande de mãos dadas ou abraçado a sua esposa ou namorada. E…disfarce sua surpresa se vir homens andando de mãos dadas; é o costume!
- Para as mulheres: embora os indianos sejam, de modo geral, cordiais, você poderá encontrar alguns tipos que agem de forma um pouco “folgada” com relação às ocidentais. Uma maneira de procurar evitar isso é andar na rua “colada” com seu amigo, namorado ou marido (mas não abraçada). Se estiver sozinha e for assediada, não titubeie: fale alto e ameace chamar a polícia. Evite saias e vestidos curtos ou blusas decotadas.
- Para os homens: as prostitutas não apenas assediam homens ocidentais, mas também lhes aplicam golpes das mais variadas espécies, desde os mais leves até alguns bem pesados (colocar droga no seu bolso para que em seguida um policial – muitas vezes falso – venha chantageá-lo). Portanto, desconfie que aquela tailandesa linda pode não estar atraída pelos seus belos olhos.
- Há dois tipos de massagens na Tailândia: a autêntica, excelente para o corpo e a mente, e a erótica, uma forma de prostituição disfarçada, como no Brasil.
- Na Tailândia, nunca agrade uma criança na cabeça. Aliás, nunca toque na cabeça de nenhum tailandês! A cabeça é a sede da alma e não deve ser tocada. Saiba também que nesse país é extremamente grosseiro mostrar a sola do sapato para alguém. Portanto, cuidado ao sentar-se de pernas cruzadas!
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A droga na Ásia de hoje
Atenção, new and old hippies e afins: já se foi o tempo em que a Ásia era o paraíso dos usuários de drogas. Hoje isso é crime por lá também, a polícia e os fiscais da alfândega estão atentos e, dependendo do país, conforme a quantidade apreendida, pode dar até pena de morte. Um turista que tenha consigo droga que, embora para uso próprio, seja considerada pelas autoridades como destinada ao tráfico, pode apodrecer durante anos numa cadeia –.ou coisa pior. Nas ilhas do sul da Tailândia, onde entorpecentes também são proibidos, como há pouco ou nenhum policiamento, é raro alguém ser preso porque está fumando algo diferente. No Nepal e na Índia, a polícia evita criar caso com turistas estrangeiros; marijuana e hashishe, quando utilizados de forma discreta, são tolerados. O tráfico, entretanto, é rigorosamente combatido e, no aeroporto de Katmandu, passa-se pente fino na bagagem de estrangeiros. Quem for pego com droga de qualquer tipo vai preso. Há entretanto, curiosas contradições: na cidade sagrada de Pushkar, na Índia, pode-se tomar iogurte misturado com haxixe (gosto não se discute!).