Évora
Um centro urbano muito antigo
Évora, no alto de uma pequena colina, uma das mais encantadoras cidades portuguesas, é classificada como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Centro urbano antigo, a capital alentejana sofreu influências de múltiplos invasores. Os romanos construíram muralhas, vilas, termas e templos. Depois a cidade caiu na mão dos visigodos e foi posteriormente ocupada pelos mouros. Repare no traçado irregular do bairro da Mouraria, bem típico das medinas.
Recuperada dos mouros por Dom Afonso Henriques, Évora se tornou uma cidade cristã que, durante a Idade Média, foi uma das mais prósperas de Portugal. Foi em Évora que Dom Afonso, o herdeiro de Dom João II, casou-se com a princesa Isabel, filha dos Reis Católicos, um expediente destinado a normalizar as relações com a Espanha. No século XV a cidade tornou-se um importante centro cultural conduzido pelos jesuítas. Por outro lado, com a presença dos padres e a influência espanhola, instalou-se em Évora um Tribunal da Inquisição, extinto pelo Marquês de Pombal em 1759, quando ele também decretou o fim do ensino ministrado pelos religiosos. Esse foi um dos erros atribuídos à administração pombalina: não conseguir montar uma estrutura leiga capaz de substituir o ensino ministrado pelos jesuítas.
Com o fechamento da sua universidade, Évora perdeu importância e passou por um período de decadência. Hoje, é um dos principais polos turísticos portugueses.
Mapa de Évora e do Alentejo
Como ir a Évora
De carro
De Lisboa para Évora são 132 km; quase todo o trajeto é feito pela autoestrada A6. Há certa diculdade para estacionar em Évora. Estacionar de graça, só fora das muralhas. No centro histórico há estacionamentos pagos. Tenha consigo moedas. Procure garantir um número de horas suficientes para não precisar interromper sua visita a uma atração ou engolir afobadamente o almoço e sair correndo para colocar mais moedas no parquímetro.
De ônibus
Há conexões diretas a partir de Lisboa pela Rede Nacional de Expressos (tempo de viagem: 1h45). A estação rodoviária fica fora da cidade; você terá que tomar um táxi até o centro.
De trem
Diversos trens partem da estação Entrecampos em Lisboa para Évora (tempo de viagem: 1h30). A estação ferroviária da capital alentejana fica ao sul da cidade, fora das muralhas. Será preciso tomar um táxi para chegar ao centro histórico. Site da companhia ferroviária de Portugal: www.cp.pt
Onde se hospedar em Évora
A melhor localização para se hospedar é nas imediações da Praça do Giraldo, o centro de Évora.
Escolha e reserve seu hotel em Évora
Melhor época
Os meses menos quentes. O inverno em Portugal, em quase todo o país, não é rigoroso, mas o verão pode ser bastante quente.
Atrações turísticas em Évora
Praça do Giraldo
É a referência principal do centro de Évora. A praça, rodeada de construções de fachadas neoclássicas em arcadas, tem em sua parte norte uma fonte de mármore do século XVIII. Nessa praça foi executado o duque de Bragança, cunhado de Dom João II, acusado de conspiração.
Sé
Lgo. do Marquês de Marialva. A Sé de Évora, construída entre os século XII e XIII em estilo românico, é a maior de Portugal. Tem, como outras igrejas desse período, o aspecto de um fortim. Reformas introduziram elementos góticos à sua arquitetura. É o caso do portal da fachada gótica, enfeitada com figuras de santos. Suas torres possuem a curiosa característica de serem diferentes uma da outra.O interior, bem decorado, contrasta bastante com a severidade das linhas externas do templo. O coro, por exemplo, é barroco, combinando mármores rosados e azuis. Repare no portal renascentista do transpto do lado esquerdo, todo em branco com motivos florais. Já a capela-mor, barroca, é decorada com mármores de diversas origens. Na torre da catedral funciona um pequeno museu de arte sacra. Sua peça mais interessante é a Virgem do século XIII, esculpida em marfim. Seu manto se abre sobre delicadas miniaturas entalhadas.
Museu de Évora
Lgo. Mário Chico. Instalado num belo palácio do século XVI, o museu possui aproximadamente 20 mil peças, divididas em seções de arqueologia, escultura, pinturas flamengas e portuguesas. A extinção das ordens religiosas também ajudou a enriquecer as coleções do museu para onde foram transferidas peças de cerâmica, ourivesaria, mobiliário e tapeçarias acumuladas nos conventos. Saiba mais sobre o Museu de Évora.
Templo Romano de Diana
Lgo. do Conde Vila-Flor. Embora seja conhecido como templo de Diana, hoje a maioria dos arqueólogos acredita que ele foi construído para homenagear o imperador Augusto no século I. Apesar de em ruínas, o conjunto impressiona. Catorze colunas de granito ainda se mantêm em pé e várias delas conservam seus capitéis coríntios.
Mosteiro dos Loios
Lgo. do Conde Vila-Flor. Esse encantador mosteiro do século XV em estilo gótico-manuelino é hoje um hotel de charme pertencente às Pousadas de Portugal. Para visitá-lo por dentro, solicite autorização na portaria, tome um café ou drinque no seu bar ou, melhor ainda, se puder, almoce ou jante no restaurante da pousada, que funciona sob as arcadas do claustro central.
Igreja de São Francisco
Pça. 1º de Maio. A enorme igreja de arquitetura gótico-manuelina, construída entre 1480 e 1510, possui várias capelas, com o interior em diferentes estilos, do gótico ao rococó. Porém, o que mais atrai os visitantes é a impressionante Capela dos Ossos, construída com crânios e tíbias doados (ainda em vida, é claro!) por monges e leigos para que todos se lembrassem de quanto a vida humana é efêmera. Na entrada da capela pode-se ler a sinistra inscrição: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”.
Largo da Porta da Moura
É a mais interessante praça de Évora, com sua fonte renascentista e uma curiosa esfera manuelina de pedra. Repare nas belas construções, como a Casa Cordovil, em estilo mourisco.
Aqueduto da Água de Prata
Sua construção começou em 1531. Originalmente, levava água até a fonte da Praça do Giraldo. A melhor visão do aqueduto, do qual subsistem 9 km, tem-se da rua Cândido dos Reis, na parte noroeste da cidade.
Antiga Universidade
Lgo. dos Colegiais, 2. A universidade do século XVI, fechada em 1759, só foi reaberta em 1973. O interior do prédio, muito bem conservado, permite entrever o claustro e as salas de aula. Os painéis azulejados na parede de cada sala têm como tema a disciplina que era ali ensinada. O prédio abriga uma instituição de ensino e não é exatamente uma atração turística aberta à visitação. Comportamento discreto e silencioso é recomendado ali dentro.
Atrações nos arredores de Évora
Nas vizinhanças de Évora há muitas atrações. É fácil visitá-las, principalmente se você estiver de carro. Veja as atrações nos arredores de Évora.
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