Saúde em viagem no Peru

Viagem no Peru: os cuidados com sua saúde, o soroche, o mal de altitude, como evitar, precauções importantes, Cuidados com alimentação e com a água.
Machu Picchu, Peru
Mirador no Valle del Colca, Peru
Saúde em viagem no Peru

Saúde em viagem no Peru

Mal de altitude (soroche)

Em grandes altitudes (como é o caso da maior parte das localidades turísticas tanto do Peru. O mesmo vale para a Bolívia, país que você irá atravessar se viajar por terra.

O nível do oxigênio do ar é baixo e pode causar um estado de hipóxia (baixa oxigenação do sangue), cujos principais sintomas são dor de cabeça, falta de ar, inquietude, atordoamento, náuseas, diarreia, taquicardia, fadiga intensa, insônia e falta de apetite. Em raros casos, a hipóxia acarreta edemas cerebrais e/ou pulmonares.

Mas, sem pânico! Embora seja praticamente inevitável sentir algum sintoma de hipóxia quando se viaja de localidades brasileiras que raramente ultrapassam 700m de altitude para cidades que ficam a quase 4.000m acima do nível do mar, a grande maioria dos turistas convive com isso com relativa facilidade. Quem viaja por terra sente menos o problema da altitude, porque vai se aclimatando aos poucos. Quem vai de avião sente um choque maior. Felizmente, durante o voo, já vai ocorrendo um ajuste na pressurização da cabine do avião.

Saúde em viagem no Peru: precauções para evitar el soroche

O importante é não abusar. Para minimizar sintomas e riscos, evite, ao menos nos dois primeiros dias após sua chegada, fumar (principalmente!), fazer grandes esforços físicos, comer demais e ingerir bebidas alcoólicas. Vai ser difícil escapar de encarar escadarias e ladeiras. Então, faça-o devagar. Coma devagar. Ande devagar. Mesmo que você esteja em lua-de-mel ou muitíssimo bem acompanhado, faça tudo devagar. Falamos sério. Não se inspire nos índios do Altiplano para calcular o que você consegue fazer como esforço físico. Eles têm uma capacidade pulmonar muito maior do que a sua e são bem adaptados à altitude; você, não. Quase todo mundo que passa mal é porque ultrapassou seus limites.
Beba bastante água e outros líquidos não alcoólicos, de preferência mate de coca. Uma opção é mascar folhas de coca, mas elas são amargas e causam um amortecimento na boca.

Na dúvida fale com seu médico

No Peru, saúde em viagem é um detalhe importante. Quem sofre de anemia, distúrbios cardiovasculares, asma, bronquite ou outro problema pulmonar deve consultar um médico antes de viajar para as regiões andinas do Peru e da Bolívia. Há medicamentos à base de acetozalamida (nome genérico), utilizados para prevenir a hipóxia. Em princípio, devem ser tomados 8h antes do embarque e durante o primeiro ou segundo dia por lá, mas consulte seu médico sobre a conveniência, no seu caso, de tomar essa precaução.

Dor de cabeça violenta, o sintoma mais comum do soroche.

A dor de cabeça, inesquecível (literalmente!), é o sintoma mais comum do soroche. Ela é, quase sempre, consequência do excesso de exposição ao frio (estar mal agasalhado, sem gorro de lã, por exemplo) num lugar alto, combinado com esforço físico. Tenha consigo analgésicos. Geralmente pessoas acometidas de uma dor de cabeça como essa têm a tendência de tomar analgésico e “apagar”, pegando no sono por muitas horas seguidas. Se isso acontecer com a pessoa que estiver com você, deixa-a descansar. Normalmente ela acordará novinha em folha algumas horas depois.
Caso você pretenda subir até os cumes que rodeiam o Altiplano, não o faça imediatamente após sua chegada nesses paises. Dê um tempo ao seu organismo para ele se adaptar. Queremos recordar que, a partir de 5.500m, você pode sofrer perda parcial da visão e coordenação motora, bem como diminuição de consciência. Não exagere!

Exposição ao sol

É um engano pensar que em regiões frias não é necessário tomar cuidado com o sol. O Altiplano é extremamente ensolarado durante a maior parte do ano. Já reparou que qualquer foto dos habitantes locais mostra seus rostos queimados de sol? Não deixe de usar um potente protetor solar nas mãos, rosto e lábios. Também é recomendável o uso de óculos escuros. O reflexo do sol na neve (ou mesmo no solo branco do Salar de Uyuni) causa uma claridade extrema, que pode fazer mal aos olhos desprotegidos.

Ar seco

É possível que, ao assoar o nariz durante a viagem, você leve um susto ao ver ligeiros traços de sangue no lenço. Não há nada de errado com seus pulmões. Leves sangramentos nasais, comuns em quem viaja por esses países, são resultado do rompimento de pequenas artérias, provocado pelo ar extremamente seco do Altiplano. Um soro fisiológico pode ajudar. Evite ressecamento da pele: use um bom hidratante, principalmente no rosto e nas mãos. Nos lábios, passe manteiga de cacau.

Alimentação e bebidas

Evite, a todo custo: frutas com casca; verduras e legumes crus; ovos que não sejam muito bem cozidos; maioneses; leite não fervido; sucos de frutas (exceto se preparados na sua frente, sem água, sem cubos de gelo e com frutas frescas e descascadas); qualquer alimento que não aparente ter sido bem cozido e recentemente preparado; frutos do mar em geral (exceto no litoral peruano, onde há boas chances de que sejam frescos); sorvetes não industrializados; e qualquer coisa vendida nas ruas. Nada contra os ambulantes, mas a origem e a forma de manipulação das comidas e bebidas que eles vendem são mistérios que é melhor permanecerem inexplicados…

Água, o maior perigo para a saúde em viagem no Peru

O maior perigo é a água, inclusive em forma de cubos de gelo. Ela não faz mal para os habitantes locais, protegidos por um exército de anticorpos adquiridos desde a infância, mas pode ter um efeito desastroso em seu aparelho digestivo. Não beba água da torneira; só água mineral, de preferência gasosa, ficando atento para que a garrafa seja aberta à sua vista. É seguro tomar refrigerantes e cervejas, mas não beba direto da latinha. Café e chá não oferecem problemas, se preparados com água fervida de fato. Ao fazer trilhas a pé ou percorrer longos trajetos de ônibus ou trem, leve água mineral.
Os viajantes têm problemas digestivos quando se descuidam. Por exemplo: você entra num lugar de aparência razoável e resolve pedir um suco, que terá 99% de chances de conter água de torneira. Ou então pede gelo (também feito com água de torneira) para colocar no refrigerante. Aí já era. A consequência pode ser uma infecção no aparelho digestivo (com cólicas, febre, diarreia) ou até uma hepatite A.

Malária

Na no Peru risco de malária em localidades de menor altitude e na região amazônica. A área de incidência é maior e abrange inclusive (em escala bem menor, felizmente) a região de Cusco. Não há motivo para pânico nas zonas urbanas, mas se você quiser se sentir mais seguro, use repelente contra insetos. (Passe o protetor solar antes do repelente). Para maior proteção (sobretudo para fazer trilhas na mata ou outros roteiros-aventura), a Organização Mundial da Saúde recomenda tomar medicamentos preventivos específicos que, todavia, não são 100% eficazes e têm diversos efeitos colaterais. Consulte seu médico sobre a conveniência de tomá-los.

Não existe vacina contra a malária. A doença é transmitida por picadas de insetos e seu tempo mínimo de incubação é de 7 (sete) dias. Portanto, se você tiver sintomas como febre, dores, vômitos, calafrios ou tosse antes de completar uma semana de viagem, fique calmo: não é malária! Mas se isso ocorrer do 7° dia em diante – inclusive até três meses depois sua volta aos Brasil – procure assistência médica e relate a possibilidade de ter contraído malária. Quando diagnosticada e tratada precocemente, salvo raríssimos casos, a doença não é fatal.

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