San Martin, Libertador da Argentina e Chile
San Martín, El Libertador: o maior herói argentino
Viajando pela Argentina você irá notar (seria impossível não fazê-lo!) que toda cidade tem uma praça, geralmente a mais central, dedicada a San Martín, uma Avenida del Libertador e uma Calle (rua) San Martín. José Francisco de San Martín y Matorras, El Libertador, nasceu em 25 de fevereiro de 1778 em Yapeyú, às margens do rio Uruguai, na Província de Corrientes. Filho de pai espanhol, foi enviado a Múrcia, na Espanha, onde iniciou sua carreira militar. Tendo se destacado nos combates contra as tropas de Napoleão que haviam invadido a Península Ibérica, San Martín foi condecorado com a medalha de ouro e recebeu sucessivas promoções até chegar a tenente-coronel.
San Martin e a Maçonaria
Sua permanência na Europa levou-o a tomar contato com a maçonaria, da qual se tornou membro. Na loja maçônica Lautaro encontrou-se com compatriotas independentistas da América espanhola. O fundador da loja, Francisco de Miranda, já iniciara, juntamente com Simón Bolívar, a luta pela independência da Venezuela.
Resolvido a dedicar-se à causa da independência da Argentina, voltou em março de 1812 a Buenos Aires, encontrando a cidade ainda sob o impacto da revolução de 25 de maio de 1810 e o país em pé de guerra. Oficial veterano com experiência em combates, que conhecia muito bem as táticas militares espanholas, San Martín foi logo engajado pelo governo independente instalado na cidade portenha, que reconheceu seu posto de tenente-coronel.
Um oficial experiente
Sua competência e seus conhecimentos foram decisivos para conduzir à vitória o pouco experiente exército revolucionário, constituído, em boa parte, por homens sem formação militar. Em 1813, no comando de seus Granaderos a Caballo, deu uma sova nos espanhóis quando estes tentaram um desembarque na margem ocidental do rio Paraná. Foi então nomeado general das forças rebeldes. Percebendo a importância de quebrar a espinha dorsal do poder colonial na América do Sul, estendeu a luta ao Chile e ao Peru. Em fevereiro de 1817, seu Ejército de los Andes formado em Mendoza atravessou a Cordilheira, derrotou as tropas coloniais na batalha de Chacabuco e tomar Santiago. No dia 5 de abril, com a Batalha de Maipú, cessou a resistência realista no Chile.
Desentendimentos entre San Martin e Bolívar
Faltava o Peru. Construindo às pressas uma marinha com barcos espanhóis capturados e outros comprados de americanos e ingleses, o exército argentino-chileno desembarcou no Peru.
Em julho de 1921, San Martín entrou em Lima e, dias mais tarde, encontrou-se em Guayaquil com Simón Bolívar, libertador da Venezuela, Bolívia, Colômbia, Equador e Panamá. Os dois libertadores conversaram durante horas. Não se sabe exatamente o que discutiram, mas aparentemente não houve afinidades entre eles, como mostra este trecho de uma carta de San Martín a Bolívar: “Los resultados de nuestra entrevista no son los que me prometía para la pronta terminación de la guerra. Desgraciadamente, yo estoy íntimamente convencido, ó que no ha creído sincero mi ofrecimiento de servir bajo sus órdenes con las fuerzas de mi mando, ó que mi persona le es embarazosa.”
Sabe-se que existia uma grande diferença de concepção entre os dois homens. Bolívar queria ser o grande caudilho da América independente, enquanto San Martín era um republicano convicto que almejava criar na América do Sul instituições fortes, o que não combinava com o individualismo “bolivarista” (que ainda hoje inspira certos pretendentes ao caudilhismo…).
San Martin se instala na Europa
Em 20 de setembro, San Martín retornou a Santiago e posteriormente a Mendoza. Abalado pela a morte de sua esposa no começo de agosto de 1823 e desgostoso com as disputas entre unitaristas e federalistas, San Martín embarcou para a França em fevereiro de 1824. Voltou a Buenos Aires apenas uma vez, em 1829. Descontente e sem querer tomar partido nas lutas internas, não desembarcou, preferindo seguir para Montevidéu, de onde voltou à Europa.
Morreu em Boulogne-sur-Mer, no norte da França, em 17 de agosto de 1850. Por seu espírito ético e idealista, San Martín tornou-se o próprio modelo do herói bom-caráter.
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