Pisa

Turismo na Toscana. Pisa, Itália: como ir, a torre, o que visitar, curiosidades, dicas.
Batistério de Pisa, Itália
Batistério de Pizza

 

Pisa e sua famosa torre

Pisa foi, desde os tempos do Império Romano, um importante porto do Mediterrâneo. Depois, como cidade-estado independente, tornou-se uma das afamadas repúblicas marítimas italianas e chegou a ser tão importante quanto Gênova, Veneza e Amalfi. Os pisanos apoiaram o imperador Federico Barbarossa, mas na guerra contra os genoveses e florentinos, do partido guelfo, foram derrotados. Perderam a Sardenha e a Córsega e caíram sob o domínio de Florença.

Como ir a Pisa

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Trem

Há trens que partem da estação central Santa Maria Novella, em Florença, diretamente para Pisa. A viagem dura pouco mais de 1h. Em frente à estação há um grande mapa da cidade; é muito fácil chegar a pé à Piazza del Duomo (Piazza dei Miracoli), onde estão a famosa torre e outras das principais atrações.

Carro

De Florença (95 km), pegue a A11, que segue para o litoral toscano. Se quiser cortar caminho, em Lucca (20 km), pegue a S12. Carros não podem entrar no centro histórico de Pisa.

Hospedagem

Carros não pode trafegar pelo centro histórico. Procure hotéis não longe da Piazza dei Miracoli onde estão as principais atrações, inclusive a torre inclinada. Pisa recebe turistas o ano todo, por isso mesmo é recomendado reservar.

Escolha e reserve seu hotel em Pisa

A melhor época

Qualquer época do an, mas se puder evite o auge da ala temporado (julho/agosto), pois a cidade fica lotada. Você não consegue nem fotografar a torre sem um esquimó ou um viking na frente! Veja melhor época na Itália

Atrações turísticas

As espetaculares obras arquitetônicas de Pisa são da época do apogeu de sua riqueza e glória. Naquele tempo, correspondente ao final da Idade Média, Pisa teve tantos e tão influentes artistas que deu nome a um importante estilo: o pisano, uma espécie de gótico com reflexos islâmicos. Certamente isso se deveu às relações comerciais com o norte da África e com a Espanha, então dominadas pelos árabes.

Piazza del Duomo (Piazza dei Miracoli)

Os ingressos para as atrações da Piazza del Duomo têm diferentes combinações, que custam de 2 a (visita apenas ao Duomo) a 10,50 a (visita a todos os monumentos, exceto a torre). Para subir na torre de Pisa, você deverá desembolsar, à parte, 15 a. O local é acessível a pé em 30 minutos a partir da estação de trem. Há estacionamento nas proximidades.

Nessa gigantesca praça estão os quatro monumentos mais importantes da cidade de Pisa: a famosa torre, o Duomo, o batistério e o Campo­santo, que formam um monumental conjunto arquitetônico medieval sem paralelo no mundo ocidental. A sensação de amplidão que se tem lá (apesar das hordas de turistas…) só é superada pela admiração e pelo impacto que as obras causam.

Duomo

Nos meses de março e outubro abre de segunda-feira a sábado, das 10h às 17h30 e aos domingos e nos feriados das 13h às 17h30. Nos meses de abril a setembro fecha às 19h40. Em janeiro, fevereiro, novembro e dezembro abre de segunda a sábado, das 10h às 12h45 e das 15h às 16h30 e aos domingos e nos feriados somente das 15h às 16h30.Enorme, imponente e com uma majestosa fachada de quatro andares de colunas, o duomo de Pisa é seguramente uma das mais belas igrejas do país. Ele foi feito em mármore branco, em estilo românico-pisano, e tem o formato de uma cruz. Começou a ser construído em 1063 e levou cerca de 40 anos para ser terminado; para a época, até que foi rápido! Sua planta é obra de Buschetto di Giovanni, também conhecido como Buschetto Pisano, mas a fachada é de outro pisano: Rainaldo. O interior da igreja, dedicada a Santa Maria Assunta, com colunas e detalhes em mármore branco e verde, chega a ser solene. O púlpito, todo decorado com lindos baixos relevos, é obra de Giovanni – mais um pisano!

Torre de Pisa

Salvo, talvez, a torre Eiffel, em Paris, não há no mundo torre mais famosa. Ela é um ícone da Itália, conhecida nos quatro cantos do planeta. Apesar de sua indiscutível beleza, a principal razão da fama da torre de Pisa, como todos sabem, é o fato de ela ser inclinada. O motivo para tal é que essa torre cilíndrica, construída para ser um campanário no estilo românico-pisano, com seis andares e quase 56 metros de altura, teve um alicerce que penetrava apenas dois metros num terreno arenoso e úmido.

A obra começou provavelmente em 1173. Antes mesmo de terminada, a torre começou a inclinar para o sul. Quando foi concluída, em 1350, a inclinação já tinha se acentuado bastante, e aumentou nos séculos seguintes. Parece um milagre que essa torre até hoje não tenha desabado.

A escada em torno da torre passa a impressão de ser construída em forma de caracol, mas trata-se apenas de uma ilusão de ótica provocada pelo fato de a torre ser inclinada. (Ela tem 293 degraus; pense nisso antes de comprar seu ingresso!) A torre de Pisa está novamente aberta à visitação pública desde 2001. Do alto tem-se uma maravilhosa vista dos arredores e estar lá em cima é uma grande emoção. O problema é que turistas do mundo inteiro também pensam assim. Portanto, as filas são enormes. Se você estiver disposto a subir na torre, arme-se de paciência e reserve para isso algumas horas.

Battistero

O batistério pisano dedicado a São João Batista foi construído a partir de meados do século XII, mas a obra foi interrompida e retomada mais de cem anos depois por Nicola Pisano, com a ajuda de seu filho Giovanni. Imponente, de forma circular, com 55m de altura e um diâmetro de 35,5m na parte interna, o edifício é uma obra-prima da arquitetura toscana, com seus mármores em diferentes tons. No seu interior, a pia batismal impressiona. O púlpito é atribuído ao próprio Nicola Pisano.

Museo dell’Opera del Duomo

Seu acervo é composto por pinturas, esculturas e objetos ligados à história da cidade do século XII ao XIX e que até 1986, quando o museu foi inaugurado, estavam espalhadas por outros museus e entidades. Dentre as esculturas expostas estão obras dos principais mestres locais, como Guglielmo, Rainaldo, Nicola, Nino e Giovanni todos “pisanos”… Este último é autor da preciosa estatueta em marfim chamada Madonna con il Bambino. O museu tem ainda uma seção arqueológica, com peças romanas, etruscas e egípcias, e uma pequena coleção de arte islâmica.

Camposanto

O Camposanto é um cemitério, mas não um cemitério comum. Ele é um edifício branco, localizado ao lado da catedral, com 130m de comprimento e 44m de largura, cujas obras foram iniciadas em 1278 e onde foram reunidos, como em um museu funerário, sarcófagos da época dos romanos. Já havia um cemitério mais antigo no local e, de acordo com a lenda, o prédio foi construído sobre terra transportada de Jerusalém, em cinco navios, após a cruzada de 1023. Essa terra teria uma característica especial de decompor os corpos: diz-se que os mortos enterrados ali viravam esqueletos em apenas 24 horas, como se tivessem sido dissolvidos em ácido. (Por via das dúvidas, não ande descalço ali…)

Museo delle Sinopie

De novembro a fevereiro, abre das 9h às 16h30; em março e outubro, das 9h às 17h30; e de abril a setembro, das 8h às 19h30.O nome desse museu tem sua origem em um tipo de pigmento elaborado com terra vermelha da cidade de Sinopia, no Mar Negro, usado na preparação de afrescos. No museu pode-se conhecer exemplos da arte mural da Idade Média e ter-se uma ideia das técnicas então utilizadas. <comp./> www.opapisa.it  Piazza del Duomo. Oficial. Belas fotos.

Piazza dei Cavalieri

O nome dessa praça homenageia os cavalieri (cavaleiros ou cruzados). Ela foi cenário de acontecimentos importantes da cidade e abriga belos exemplos da arquitetura pisana, como o Palazzo dei Cavalieri, um edifício da segunda metade do século XVI, ocupado hoje pela Universidade de Pisa, e a igreja de Santo Stefano, obra de Vasari (o mesmo do Corredor Vasariano), em cujo interior estão bandeiras muçulmanas capturadas pelos cruzados.

Lungarno

(Margens do Rio Arno)A fama da Piazza del Duomo e de sua torre acaba por ofuscar outras atrações de Pisa. O visitante olha para a torre, tira uma foto, entra no Duomo e acha que já viu tudo… Não é bem assim. O Lungarno, ou seja, as margens do rio Arno (o mesmo que passa por Florença), é um belo passeio para quem dispõe de um pouco mais de tempo. Na margem direita, principalmente, estão alguns palácios que merecem uma olhada, entre eles o Toscanelli (<end./> Lungarno Mediceo, 17), onde Lord Byron se instalou para escrever Don Juan. É bom lembrar que Pisa era considerada “o paraíso do exilados”. A vida devia ser tão interessante por lá quanto em Paris na década de 1970…

Museo Nazionale di San Matteo 

050/541865. Abre de terça-feira a sábado das 9h às 19 e aos domingos e feriados das 9h às 14h. Funciona em um mosteiro medieval na margem direita do Arno e reúne esculturas, pinturas e cerâmicas do século XII ao fim da Idade Média. É interessante para o brasileiro que deseja ver um pouco da arte toscana medieval, quase desconhecida deste lado do oceano. Entre as obras ali expostas estão Angelo Annunciante e La Madonna del Latte, de Nino Pisano, L’Annunciata, de Andrea Pisano, um políptico da Virgem, de Simone da Martini, e um Cristo que, acredita-se, é de autoria de Fra Angelico.

Santa Maria della Spina

 Toda branca, pequenina e graciosa, localizada na margem esquerda do rio Arno, essa igrejinha tem sua origem em um oratório construído por volta de 1230, que foi mais tarde reformado e amplia­do. No seu interior há esculturas de Andrea e Nino Pisano. O nome “della Spina” vem do fato de que, no passado, ali teria sido guardado um espinho pertencente à coroa de Cristo. Enfim, que se dizia ser da coroa de Cristo. É uma questão literalmente espinhosa, uma vez que se sabe que os bizantinos conseguiam vender qualquer coisa aos cruzados contando uma boa ­história…

Dicas

Estacione ao lado da Piazza del Duomo e esqueça o carro. Circula-se facilmente a pé ou de bicicleta, que muitas vezes pode ser alugada no próprio hotel.

A Itália em imagens

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