Pequena lição de geografia

Os conhecimentos mínimos de geografia que ajudam a organizar uma viagem.
Foto Foz, no Paraná
Praia do Leste, Ilha Grande, RJ
Praia do Leste, Ilha Grande, RJ

 

Conhecer um pouco de geografia ajuda

Quem tem certo conhecimento de geografia não vai conseguir conter um certo ar de superioridade ao ler esta matéria… Mas para aqueles que não tem noção de nada (e são muitos!) viajar tendo uma noção de Geografia é muito melhor e mais gostoso. A primeira coisa a fazer é dar uma olhada nos mapas dos países ou regiões que você vai visitar. O mínimo é saber onde ficam… Onde se localizam as cidades incluídas no seu roteiro? Qual a distância entre elas? Tal localidade fica à beira-mar, numa montanha ou numa ilha? Não ria, muita gente não sabe para onde está indo…

O clima

Outra coisa importante para a sua viagem e que também se relaciona à Geografia é conhecer o clima. A latitude e a altitude são os dois fatores que mais influenciam o clima em qualquer lugar.

Latitude, o que é?

Latitude é a distância de um ponto qualquer até a linha do Equador, medida em graus. No Equador, a latitude é zero; nos trópicos, 23º e nos pólos, 90º. O Equador, os trópicos e outras linhas imaginárias cortam a Terra na horizontal. O Trópico de Câncer, ao norte, que passa por cidades como Havana e Hong Kong, atravessa o norte da África e da Ásia. O Trópico de Capricórnio, que passa por São Paulo, corta também países como a África do Sul e a Austrália. Como regra geral, lugares situados numa mesma latitude e altitude têm temperaturas mais ou menos parecidas. Quanto mais baixa a latitude, ou seja, quanto mais perto do Equador, mais quente; quanto mais alta, mais frio. Só para lembrar: nas altas latitudes, os dias de verão são bem longos; às vezes só escurece muito tarde – ou nem chega a escurecer! Em compensação, no inverno, há poucas horas (ou nenhuma) de claridade.

Longitude, o que é?

A Terra é cortada verticalmente por outras linhas imaginárias: os meridianos, que não têm nada a ver com o clima, mas têm tudo a ver com as horas. Estabeleceu-se que a “hora zero” é a hora do meridiano de Greenwich, que passa por Londres. A Linha Internacional da Data passa a leste da Nova Zelândia; cruzando-a para oeste, você volta ao dia anterior. A distância de um ponto qualquer até Greenwich, também medida em graus, chama-se longitude. A oeste de Londres, é mais cedo – caso do Brasil; a leste, é mais tarde. Cada quinze meridianos completam um fuso horário (uma hora).

Dica importante: As viagens no sentido leste-oeste (ou oeste-leste) resultam em diferenças horárias com relação a hora oficial do Brasil. Quando na Europa é meio dia para você é ainda oito da manhã. Isso provoca desconforto, insônia ou sonolência, cansaço.  Isso se chama jat-leg. Leia sobre o jet-lag e como amenizar seus efeitos.

Altitude

Em relação à altitude, também não há nenhum mistério: quanto mais perto do nível do mar, ou seja, mais baixo, mais quente; quanto mais alto, mais frio.
Olhando-se um mapa de geografia física, em que aparecem as latitudes e o relevo, já dá para ter uma boa ideia se um lugar é frio ou quente.

Outros fatores que interferem no clima

Mas, além da latitude e da altitude, ainda há outros fatores que influem no clima. Em grandes florestas, a temperatura é mais ou menos estável, e nos desertos acontece o contrário (são tórridos durante o dia e gelados à noite). A distância do mar (continentalidade) também influi no clima: lugares afastados do oceano têm maior amplitude térmica, isto é, variação entre a temperatura máxima e a mínima. As correntes marítimas quentes ou frias interferem igualmente no clima dos lugares próximos ao mar. Por exemplo, Lima é relativamente perto do Equador, e fica no nível do mar; à primeira vista, devia ser uma cidade bem quente, mas a corrente fria que passa em seu litoral ameniza o calor.

Os hemisférios, sul e norte

Os países do hemisfério sul (ao sul do Equador) têm as mesmas estações que o Brasil, como quase todos os países sul-americanos, a África do Sul, a Austrália, a Nova Zelândia e algumas ilhas do Pacífico. Mas a maior parte dos países do mundo fica no hemisfério norte (ao norte do Equador) e é para lá que a maioria dos turistas brasileiros se dirige: Europa, América do Norte, México e Caribe, Norte da África e Ásia. Quase o mundo inteiro! Quando é inverno aqui, é verão por lá; quando é primavera aqui, é outono lá; e vice-versa.

As estações mais agradáveis

Na maioria dos países do mundo, mas não em todos, as estações mais agradáveis são as intermediárias, quando não é nem muito frio, nem muito quente: primavera e outono. Quanto mais próximo do equador, menor a diferença entre as estações: se a altitude for baixa, faz calor o ano inteiro.

As tabelas de temperatura dos sites de metereologia

Nas tabelas de temperaturas dos sits de metereologia, a mínima indicada refere-se à “média das temperaturas mínimas” e, a máxima, à “média das temperaturas máximas” naquele mês. Quem olha a tabela de temperatura e vê que a média mínima numa cidade qualquer é de 3ºC se assusta. É necessário lembrar que as temperaturas mínimas ocorrem normalmente de madrugada, quando estamos bem abrigados no quarto do hotel. As máximas ocorrem no período da tarde. É com elas que você deve se preocupar ao planejar sua viagem. As temperaturas máximas devem ser agradáveis ou, pelo menos, suportáveis. Se forem muito baixas ou, ao contrário, muito elevadas, isso poderá prejudicar seus passeios ao ar livre.

E as chuvas?

Com relação às chuvas, o que temos de considerar não é apenas se chove mais em determinada época do ano, mas se esse índice pluviométrico (quantidade de precipitações – chuva ou neve) incomoda ou não, uma vez que na estação chuvosa, em alguns países, chove menos do que na estação seca do Brasil. Todo mundo sabe, por exemplo, que 10ºC é “frio” e 30 ºC é “calor”, mas muita gente não tem uma noção exata de que tantos milímetros (mm) de precipitação é muita ou pouca chuva. Responda depressa: “Quantos milímetros de chuva caem na sua cidade nos meses mais chuvosos?”. Para você ter uma idéia, no verão, a época mais chuvosa em São Paulo, caem até 225mm de chuva por mês; no Recife, durante o inverno, as precipitações ultrapassam 300mm mensais.
Você sabe o inferno em que se transformam as cidades brasileiras nos meses chuvosos, com inundações, desabamentos, quedas de barreiras… Que graça teria estar viajando e encontrar a mesma coisa por lá? Por isso, insistimos: não basta saber a temperatura que faz num lugar, você precisa saber o quanto chove.

Consulte sempre, antes de viajar a previsão do tempo

Se você estiver na dúvida sobre o clima que o espera, consulte a previsão do tempo para os próximos dias nos lugares que você for visitar.

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