Os parisienses
Apesar do fortíssimo senso de identidade nacional, os franceses são diferentes em cada região quanto aos costumes, à história e à própria origem. Então, vamos começar deixando claro o seguinte: o parisiense é um francês muito particular! Bastante orgulhoso de sua cidade (que a maioria das pessoas acha a mais bonita do planeta), ele tem acesso ao que há de melhor em termos de cultura e de tudo o que existe de mais sofisticado no mundo.
De qualquer forma, metade dos habitantes da cidade não é parisiense, ou seja, não nasceu em Paris e sim em outros lugares da França e do mundo. Os estrangeiros representam aproximadamente 15% da população da cidade.
Os parisienses são realmente mal-humorados?
Existe um clichê de má fama dos parisienses quanto à simpatia e educação com visitantes estrangeiros, mas isso é muito relativo. É claro que você pode topar pela frente com alguém que se levantou com o pé esquerdo ou que é “grosso” de verdade (e em muitos casos nem é parisiense); isso acontece em qualquer cidade do mundo. Antes de cair nesse lugar-comum (“a tia-avó do meu vizinho disse que os parisienses são isto e aquilo…”), use seu senso crítico. Será que os turistas são sempre muito educados?
O comportamento dos turistas
O problema é que muita gente considera posturas antipáticas ou rudes por parte dos parisienses a reação deles a uma conduta indelicada do turista: barulho em lugares públicos, excesso de intimidade no trato com desconhecidos, falta de polidez ou desrespeito às normas de interesse público (como pisar na grama onde é proibido, falar alto atrapalhando os outros dentro de um museu ou querer entrar de bermuda numa igreja).
Em Paris, se quiser ser respeitado, seja educado e respeite. Isso não significa portar-se de forma humilde; pelo contrário, responda sempre no mesmo tom.
Muito importante
Nunca deixe de cumprimentar alguém antes de lhe dirigir a palavra e nunca use a palavra “tu” com pessoas com as quais você não tem intimidade. Lembre-se também de não se dirigir a alguém em inglês ou em outro idioma que não seja francês, sem antes perguntar em francês se a pessoa fala aquela língua.
Valores tradicionais
O parisiense tem valores próprios e hábitos arraigados. A baguete embaixo do braço, por exemplo, não é folclore: é uma coisa corriqueira. Até dentro do metrô você encontra pessoas carregando pão! O parisiense que se preza come bem, aprecia bons vinhos, valoriza sua cultura e história, é politizado e bem informado.
População de nível cultural elevado
Graças à qualidade do ensino público, o nível cultural da população em geral é muito bom. Todo trabalho é respeitado, inclusive as tarefas mais humildes e braçais. Apesar do ar aparentemente sisudo, o parisiense sabe se divertir e aproveita muito o que sua cidade oferece. O visitante pode até estranhar ao vê-lo fazendo aquilo que imaginava ser “programa de turista”: indo a museus, tomando sol à beira do Sena…
O encontro do tradicional e do moderno
A força da preservação dos costumes e o ar meio provinciano que se vê no dia-a-dia de muitos bairros (como nas épiceries — quitandas — onde senhores de terno, gravata e avental servem madames que vão fazer compras levando suas cestinhas) não decorrem só do espírito parisiense. Deve-se levar em conta que a cidade tem 2,4 milhões de habitantes, ou seja, é uma grande cidade, mas não uma cidade grande se comparada a outras metrópoles.
Outro de seus paradoxos é a convivência do passado com o ultramoderno. A contradição, porém, é apenas aparente, pois o respeito que os parisienses têm pela sua história não pode ser confundido com conservadorismo. O avanço tecnológico e o gosto pelo novo também são parte da personalidade parisiense.
O trauma da ocupação nazista e o parisiense atual
Os mais idosos, que passaram pelos horrores da Segunda Guerra, quando a cidade foi ocupada pelos alemães, vão dando lugar a gerações que têm pouco do que se queixar. Em uma pesquisa realizada há poucos anos por uma revista de grande circulação, apurou-se que a maioria da população se considera feliz, o que é um grande mérito para qualquer cidade do mundo.
A imigração
Nas últimas décadas, o perfil do habitante de Paris vem mudando, em virtude da presença de imigrantes, vindos principalmente da Ásia e do norte da África. Em alguns bairros, os estrangeiros já são predominantes. Hoje a França é uma sociedade multirracial.
Há quem seja contra as facilidades da imigração para o território francês, mas no fim das contas o nacionalismo se rende ao espírito de liberdade e de solidariedade (afinal, o país acolhe tradicionalmente perseguidos políticos do mundo inteiro!). Acaba não existindo uma xenofobia tão forte quanto em alguns outros países europeus.
As leis francesas sobre nacionalidade
Não só os filhos de franceses têm nacionalidade francesa. Vigora também a lei do solo (jus soli): quem nasce em território francês tem a nacionalidade francesa, independentemente daquela de seus pais. Muitos franceses hoje são filhos de imigrantes, e estão se acirrando os conflitos sociais, principalmente nas periferias das grandes cidades, em razão das diferenças que começam a existir não só entre franceses e imigrantes mas sobretudo com relação aos filhos de imigrantes. Todos têm acesso ao mesmo sistema de saúde, às mesmas escolas. Mas os contrastes culturais e religiosos, como ficam? E as diferenças quanto à situação econômica? Para usar um termo da moda, a “exclusão” em Paris não é nem de longe comparável à que existe no Brasil. Mesmo assim, resolver essa questão é talvez o maior desafio que a cidade enfrenta neste começo de milênio.
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