Nápoles (Napoli)

Turismo em Nápoles, Itália, como ir, as atrações, a história de Nápoles, dicas de viagem, transportes, hotel.
Castel Ovo, Nápoles
Castel Ovo, Nápoles

Nápoles, uma cidade com muitas histórias

Nápoles, capital da Campânia, foi fundada pelos gregos, que a chamaram Neapolis, ou “cidade nova”. No século IV a.C. foi incorporada ao Império Romano. A cidade tem uma história turbulenta, marcada por revoltas e insurreições. Depois da decadência do império, foi dominada pelos normandos, pelos godos, pelos suábios (um povo germânico), pelos reis franceses angevinos, pelos reis espanhóis da casa de Aragão e pelos reis franceses da casa de Bourbon. Tornou-se uma república independente, foi conquistada por Napoleão Bonaparte e novamente pelos Bourbons. Finalmente, com a unificação, tornou-se parte da Itália.

Mapa de Nápoles

Como ir para Nápoles

Avião

Não há voos diretos do Brasil. Nápoles tem conexões aéreas com muitas cidades da itália e de outros países europeus. O aeroporto Capodichino fica perto da cidade e uma corrida de táxi até o centro custa em torno de 20 a. Há também ônibus diretos do aeroporto até a Piazza Municipio, no centro.

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Carro

A autoestrada que liga Nápoles a Roma (200 km) é a A1. A A3 sai de Nápoles em direção a Salerno (50 km) e segue na direção sul.

Trem

A estação central, onde chega a maioria dos trens de Roma (1h45 a 3h) e todos os de Sorrento, fica na Piazza Garibaldi. As outras estações são a Mergellina, em um agradável bairro à beira-mar, e a Campi Flegrei, distante do centro. Uma linha de metrô liga as estações Piazza Garibaldi e Mergellina.

Barco

Linhas regulares de barco operadas por diversas companhias ligam Nápoles a Palermo, a Milazzo e às Ilhas Eólicas (na Sicília); a Cagliari (na Sardenha); e a Túnis (na Tunísia, no norte da África). As passagens, vendidas nos portos, devem ser compradas com alguma antecedência.

Hotéis em Nápoles

Os hotéis napolitanos pecam sobretudo por sua localização perto da estação da Piazza Garibandi e  no velho e decadente cento histórico da cidade.   É melhor hospedar-se em bairros como Chiaia, Santa Lucia, Vomero ou nas proximidades da Piazza Municipio. A relação preço-qualidade dos hotéis em Nápoles não é das melhores.

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A melhor época

Evite o auge do verão,  Faz muito calor em Nápoles e a cidade é invadida por turistas do mundo todo. O inverno, por outro lado é suave, o frio é suportável. Abril e novembro são meses agradáveis. Veja: melhor época para sua viagem pela Itália

Vídeo sobre Nápoles

Atrações turísticas

A mistura de povos e civilizações presente na história de Nápoles deu ao mundo uma importante contribuição cultural e artística em diversos domínios. Para começar, vários soberanos estrangeiros que ocuparam Nápoles (uns queridos, outros nem tanto) embelezaram a cidade e atuaram como mecenas, incentivando a atividade artística e construindo igrejas e monumentos. Desde o século XIV até o período barroco, apesar das constantes tensões políticas, Nápoles continuou sendo um polo de criação que atraiu artistas de renome .

Atrações

O centro histórico

O trecho do centro histórico entre a Via Duomo e a Via Toledo é mais agra­dável, em particular o Spaccanapoli, pois trata-se de uma região mais limpa, com prédios (um pouco mais) bem cuidados. Ficam por ali alguns dos mais belos edifícios históricos da cidade, diversas igrejas e algumas ruínas da antiga cidade grega, e é por isso mesmo que esse bairro é classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O que falta no centro histórico, infelizmente, é conservação.

Quartiere Spagnolo 

É o caso também do Quartiere Spagnolo (bairro espanhol), cheio de ladeiras estreitas e ruelas. Considerado “pitoresco”, “tipicamente napolitano”, com suas roupas penduradas em varais nas janelas, o lugar tem um ar bastante decadente e não inspira muita segurança… Esse lado “típico” de Nápoles é para ser curtido com moderação e de preferência durante o dia.

As áreas nobres

Nápoles, entretanto, tem regiões lindas, como a Riviera de Chiaia, Santa Lucia e as proximidades da Piazza del Plebiscito e da Galleria Umberto I, na Via Toledo. Nessas áreas nobres, onde há uma agradável brisa marítima, ruas arejadas e lojas e hotéis de luxo, o contraste com outros bairros napolitanos é gritante, como se fosse uma outra cidade. E o mar, ah, o mar! O Golfo de Nápoles é maravilhoso! Passando alguns dias em Nápoles, você vai se acostumando com essa cidade frenética, intensa e contraditória. E depois, vai ficar com saudades.

Museo Archeologico Nazionale

End.  Piazza Museo, 19. Para quem gosta de história e de arte, esse é um prato cheio: nada menos que o mais importante museu arqueológico da Europa! Reserve pelo menos uma manhã ou tarde inteira para visitá-lo. Nele está não só a magnífica coleção do Palácio Farnese, herdada pela dinastia dos Bourbons, como também quase tudo que foi encontrado durante as escavações realizadas em Pompeia e Herculano. A variedade, a quantidade, a qualidade e a riqueza do material encontrado nessas duas cidades soterradas pela erupção do Vesúvio são impressionantes. O museu Museo Archeologico Nazionale possui uma discreta e rica seção sobre arte erótica, El  Gabinetto Segreto.

Uma curiosidade do museu é o Gabinetto Segreto. Menores de quatorze anos não entram. Também não é uma boa ideia levar seus companheiros de viagem mais pudicos (sua tia-avó, por exemplo…), pois pode haver certo constrangimento. Bem, chega de segredo: essa ala do museu reúne um acervo de peças de cunho erótico encontradas em Pompeia. Inicialmente, elas foram expostas ao público “comum”, mas a coleção foi depois reservada às pessoas maduras e de “moral acima de qualquer suspeita”. (Quem será que atirou a primeira pedra?)

Duomo (Cattedrale di Santa maria Assunta) – Via Duomo, 147. Quem já conhece as catedrais de outras grandes cidades italianas talvez se decepcione com a fachada bem menos elaborada do Duomo de Nápoles. Mesmo assim, o valor do Duomo para os napolitanos é inestimável, pois ali estão os frascos que contêm o sangue de seu padroeiro, San Gennaro (São Januário). Segundo a tradição religiosa, duas vezes por ano, em maio e em setembro, o sangue se liquefaz milagrosamente – e quando isso não acontece, a cidade pode passar por sérios problemas! O fenômeno, que segundo dizem teria ocorrido pela primeira vez em 1389, atrai multidões de católicos, turistas e curiosos. Um estudo científico que poderia talvez esclarecer como e porque esse sangue é tão especial nunca foi autorizado pela Igreja. Permanece o mistério, mas quem se importa? “Viva San Gennaro!”. Duomo

San Lorenzo Maggiore 

End.  Piazza Gaetano. A igreja franciscana gótica de San Lorenzo, do século XIII, é uma das mais belas da cidade. Seu interior amplo, sóbrio e despojado abriga o bonito túmulo de Catarina da Áustria. A fachada original foi destruída durante um terremoto, mas o portal de mármore na entrada foi poupado. Nos subterrâneos, podem ser vistos interessantíssimos vestígios da época romana e de uma igreja paleocristã do século VI, com mosaicos bem conservados.

San Gregorio Armeno

End. Via San Gregorio Armeno, 44. Onde antes havia um templo romano, foi construída uma igreja para abrigar as relíquias de São Gregório, um armênio que, com outros compatriotas cristãos, mudou-se para Nápoles. A igreja merece ser visitada não só pelos afrescos de Luca Giordano, mas por todo o seu interior barroco ricamente trabalhado e pelo bonito claustro, em cujo centro se destaca uma grande fonte com estátuas de mármore.

San Domenico Maggiore

End.Piazza San Domenico Maggiore, 8. Essa igreja começou a ser construída por ordem do rei Carlos d’Anjou, em estilo gótico, no fim do século XIII. Nos séculos seguintes sofreu tantas modificações que sua fachada esquisita tem um estilo totalmente indefinido, enquanto o interior é predominantemente barroco.

Cappella Sansevero

]End.   Via Francesco de Sanctis, 19. A família Sangro detinha o título de Príncipes de Sansevero. Sua capela funerária, do final do século XVI, reformada em estilo barroco no século XVIII, é famosa principalmente pelas bonitas estátuas no seu interior. A mais conhecida, feita por Giuseppe Sammartino em 1753, é Il CristoVelato, que representaCristo morto coberto com um véu, de maneira tão perfeita que o tecido parece semitransparente. Aquela que retrata um homem tentando se desembaraçar de uma rede, com a ajuda de um anjo, recebeu o nome metafórico de Il Disinganno (O Desengano). Já La Pudicizia (O Pudor), interessante imagem de uma mulher “pudicamente” coberta com um manto que, em vez de esconder, realça suas formas generosas, é algo bem incomum em uma capela funerária! Cappella Sansevero

Monastero di Santa Chiara

End.  Via Santa Chiara, 49. O rei Roberto d’Anjou e sua mulher mandaram construir este mosteiro no começo do século XIV para a ordem das monjas clarissas. O estilo gótico-provençal da época foi alterado quando o interior da igreja foi ricamente decorado com afrescos e estuques barrocos. Monastero di Santa Chiara

Sant’Anna dei Lombardi

End.  Piazza Monteoliveto. Também conhecida como Monteoliveto, a igreja foi construída no começo do século XV, mas passou por grandes reformas depois e adquiriu um aspecto renascentista. É uma das que reúne o maior número de esculturas florentinas em Nápoles, inclusive a Pietà, de Guido Mazzoni, um impressionante conjunto de oito estátuas em terracota, em tamanho natural.

Castel Nuovo

End.  Piazza Municipio. De fácil acesso, entre a parte chique da cidade e o porto Beverello, está o Castel Nuovo, também chamado de Maschio Angioino. Sua construção, ordenada pelo rei Carlos d’Anjou em 1279, levou apenas três anos – praticamente um recorde naquela época! Com paredes escuras de pedra vulcânica, enormes torres cilíndricas e rodeado de fossos, ele está tão em evidência que é impossível não vê-lo. É mais uma fortaleza que um castelo, ou melhor, é o que se costumava chamar de castelo-forte.

A Sala dos Barões tem uma história: ali, em 1486, Ferrante, filho de Alfonso de Aragão, convocou os nobres napolitanos para uma reunião e mandou prender todo mundo. No Castel Nuovo funciona o Museo Civico, com obras italianas de diferentes épocas. Destacam-se as pinturas do século XIX, algumas das quais inspiradas nas lutas pela reunificação italiana.

Galleria Umberto I

End.  Via Toledo. Quem conhece a Galleria Vittorio Emanuele, em Milão, ficará surpreso com a semelhança entre as duas. A fachada desta de Nápoles, construída em 1887, não é tão impressionante, mas por dentro a galeria é muito bonita. Com uma gigantesca cúpula de ferroe vidro, que permite iluminação natural durante o dia, é lá que se reúnem, desde os bons tempos da Belle Époque, os napolitanos chiques, para um café ou uma taça de sorvete no fim da tarde.

Teatro San Carlo

End. Via San Carlo, 98/F. O rei Carlos de Bourbon mandou construir este esplêndido teatro, que depois de um trágico incêndio em 1816 foi totalmente recuperado e é até hoje, ao lado do Scala de Milão, um dos mais tradicionais e importantes da Itália e do mundo. Teatro San Carlo

Piazza del Plebiscito/San Francesco di Paola

Tanto a Piazza del Plebiscito quanto a Igreja de San Francesco de Paola, que fica nela, são os maiores exemplos do gosto neoclássico do século XIX na cidade. Ambas foram construídas durante a época em que Napoleão dominou Nápoles e nomeou governante seu cunhado Murat.

Palazzo Reale

Piazza del Plebiscito, 1. O Palácio Real é um edifício do comecinho do século XVII, de linhas clássicas, adornado com estátuas dos principais governantes de Nápoles, que atenuam a sobriedade do conjunto. Erigido para hospedar o rei da Espanha em uma visita a Nápoles (que nunca aconteceu!), acabou servindo de residência ao conde de Lemos, vice-rei espanhol. A fachada conservou-se praticamente como era na época em que o palácio foi construído. Por dentro, o edifício é bem mais bonito que por fora. Palazzo Reale

Santa Lucia e Chiaia

É em Nápoles que fica o famoso portinho de Santa Lucia, cuja beleza é exaltada em uma conhecida canção napolitana (“Santa Lucia… Luntano a te, quanta malincunia…”). Vá ao Borgo Marinari – como o nome diz, um antigo bairro de pescadores; as vistas que se têm de lá, principalmente ao pôr-do-sol, são inesquecíveis. Na Riviera de Chiaia, região à beira-mar entre Santa Lucia e o Porto de Mergellina, fica a Villa Comunale, um parque bonito e tranquilo, no qual está o aquário de Nápoles, o mais antigo do Velho Continente, com fauna marinha do golfo.

Castel dell’Ovo

End. Via Partenope. Em frente à Via Partenope, na parte chique da cidade, sobre uma ilhota, há um castelo-forte que foi cenário de importantes episódios da história napolitana. Se o Castel dell’Ovo pudesse falar, teria muita coisa para contar. Construído pelos normandos por volta de 1130, foi residência de dezenas de soberanos até a época dos Bourbons e alvo de pesados bombardeios durante as várias invasões que a cidade sofreu ao longo dos séculos. Castel dell’Ovo

Palazzo Reale

Vomero
A zona noroeste de Nápoles assenta-se sobre o Vomero, um platô acessível por funiculares, que domina a paisagem da cidade. Palazzo Reale

Castel Sant’Elmo


End. Largo San Martino, 1. Esse imenso castelo-forte do século XIV fica logo acima do convento de San Martino, bem no alto, no bairro de Vomero, dominando a paisagem da cidade. É como a Torre Eiffel em Paris: querendo ou não, impossível não ver! Sua arquitetura é pesadona e sem grandes atrativos. O que vale a visita é a maravilhosa vista de Nápoles e da baía que se tem lá de cima.

Certosa di San Martino/ Museo Nazionale di San Martino

End.  Largo San Martino.  O convento de San Martino, construído no século XIV durante o reinado dos angevinos, foi reformado e ampliado mais tarde, tornando-se um dos mais importantes exemplos do estilo barroco napolitano. Nele podem ser visitados um belo e amplo claustro e algumas acomodações dos monges, como o refeitório. No século XIX, parte do convento passou a abrigar o Museu Nacional de San Martino, que conta com uma ótima pinacoteca, uma interessante seção voltada para a história da cidade e uma rica coleção de presépios napolitanos dos séculos XVIII e XIX.  Certosa di San Martino/ Museo Nazionale di San Martino

Villa Floridiana/Museu Duca de Martina 

End.  Via Domenico Cimarossa, 77. A mansão neoclássica Villa Floridiana, em meio a um belo parque, foi construída, no começo do século XIX, por Fernando I de Bourbon, para sua esposa, a Duquesa de Floridia, que sem ter sido ainda coroada rainha, não podia morar no Palácio Real. Na vila está hoje instalado o Museo Nazionale Duca de Martina. Villa Floridiana/Museu Duca de Martina

Museo e Gallerie Nazionali di Capodimonte 

End. Parque de Capodimonte. O Palácio Real de Capodimonte, localizado em um grande parque a norte da cidade, começou a ser construído pelos Bourbons em 1738 e só foi terminado cem anos depois. Nele está instalado um dos mais importantes museus de arte da Itália, cuja origem é a riquíssima coleção de Alessandro Farnese (1468-1549), mais conhecido como Papa Paulo III. O vasto acervo conta com obras de Botticelli, Raffaello Sanzio, Ticiano, El Greco, Michelangelo, Bruegel e muitos outros mestres. Museo e Gallerie Nazionali di Capodimonte

Dicas sobre Nápoles

Bilhete ArteCard permite, por um preço único, durante 72h consecutivas: ter acesso gratuito, sem enfrentar filas, às duas primeiras atrações turísticas conveniadas que você visitar e pagar meia-entrada nas demais; ter transporte público de graça entre elas e também do aeroporto à cidade; e obter desconto em algumas atrações turísticas não conveniadas. Onde comprar: no aeroporto, nas estações ferroviárias, nas estações de metrô, nas atrações turísticas e em alguns hotéis e agências de viagens.

Nápoles não só é uma cidade grande – é uma importante cidade portuária. Isso significa que lá existe todo tipo de gente. Não ande em locais desertos, evite os chamados “mercados” (que são na verdade aglomerações de camelôs meio suspeitos) e fique bem de olho em sua bolsa e carteira, seja ao andar na rua, seja dentro de transportes públicos.

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