História de Portugal: A Reconquista
Em Portugal a Reconquista dos territórios recuperados aos mouros aconteceu de forma mais rápida do que na Espanha e tomou cerca de um século e meio, com idas e vindas. Os cristãos avançavam e tomavam uma parte do território e os mouros a recuperavam, depois a perdiam novamente, como aconteceu com a cidade de Santarém, cuja conquista só foi consolidada em 1147.
A retomada de Lisboa
Naquele mesmo ano Afonso Henriques retomou Lisboa, com uma mãozinha dos cruzados que se dirigiam à Terra Santa. Em troca, foram autorizados, depois de longas negociações com o rei português, a pilhar para si o que encontrassem e a escravizar quem quisessem. Trataram da mesma forma boa parte da população moçárabe: saquearam, violentaram as mulheres. Os homens, inclusive o bispo, tolerado pelos muçulmanos, foram degolados.
Os cruzados
Estrategicamente localizada, Lisboa tornou-se a capital do país. Ainda na segunda metade do século XII caíram Évora e Beja. Restava o Algarve, que só foi reconquistado em 1249, no reinado de Afonso III, também com a ajuda de cruzados. Estes, é bom que se saiba, eram em sua maioria guerreiros mercenários, bandidaços, mais preocupados em pilhar do que em libertar Jerusalém. Enviá-los ao Oriente foi um modo de o papa se livrar de um pessoal perigoso, que constituía constante fonte de problemas na Europa. No Oriente podia pilhar, matar, saquear, violentar com a benção de Deus.
O Algarve
O Algarve, onde a presença islâmica foi marcante, era visto como um reino à parte, motivo pelo qual os reis portugueses assumiram, ao conquistá-lo, o título de “rei de Portugal e dos Algarves”.
O que foi a Reconquista
A Reconquista serviu para, por meio do saque, encher os cofres reais e acalmar as ambições dos poderosos. Castelos, mesquitas, edifícios religiosos, terras, escravos e gado tomados aos árabes foram entregues à Igreja e a nobres leais. A população muçulmana e judaica que sobreviveu à degola dos cruzados, sem condições de imigrar, continuou a habitar as cidades conquistadas pelos cristãos, fixando-se em guetos que tomaram os nomes de mourarias e judiarias.
Estranhas alianças
O avanço português sobre territórios árabes em 1168 fez com que o rei Fernando II de Leão, para detê-los, se aliasse aos muçulmanos almóhadas. O engraçado é que o mesmo soberano, interessado em manter uma espécie de equilíbrio regional, colocou-se ao lado dos portugueses em 1184, quando os mouros cruzaram Tejo.
O fim do feudalismo
Na segunda metade do século, como aconteceu em muitos países da Europa de então, o feudalismo entrou em declínio. Embora os nobres ainda conservassem boa parte de seu poder, uma nova classe, a burguesia, dedicada ao comércio e a atividades manufatureiras, começava a ganhar importância sobretudo nas cidades maiores.
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