Portugal e a colonização do Brasil
Para um país como Portugal, que naquela época possuía uma população de no máximo 1,5 milhão de habitantes, colonizar o Brasil, com seu enorme território (mesmo que inicialmente só a faixa costeira), não era uma tarefa simples. Além disso, o Império Português tinha também colônias na África e na Ásia.
As dificuldades do clima tropical
Além disso, o colonizador branco não se sentia atraído pelas duras condições de um país ainda selvagem e de clima tropical. Mesmo Lisboa, o principal centro português, tinha no século XVI apenas uns 60 mil habitantes. Aceitar atravessar o oceano, uma aventura tão desconfortável como perigosa, era algo que o português comum só faria em troca de certos privilégios. Para dar duro, nunca. O Brasil não era um destino cobiçado.
As capitanias hereditárias
Sem poder ou querer engajar recursos próprios, a partir de 1534 a coroa procurou parceiros entre nobres e burgueses empreendedores, doando-lhes grandes extensões de terras, chamadas capitanias hereditárias. Aos donatários caberiam as tarefas de colonizá-las e administrá-las, tornando-as lucrativas. Como dizia o nome, as terras seriam transmitidas por herança a seus fihos.
O açúcar
No começo do século XVI, Portugal já possuía um considerável know-how sobre a produção do açúcar, desenvolvido em suas plantações na ilha da Madeira. Sabia-se que o clima do nordeste brasileiro era propício ao cultivo da cana de açúcar. Tinha também acesso aos mercados negreiros da África, onde facilmente encontravam a mão de obra de que precisavam, mais adequada do que os índios, escravizados nas primeiras décadas da colonização.
O fracasso das capitanias hereditárias
Apesar disso, a maioria das capitanias foi um fracasso. Os obstáculos eram enormes: a distância de Portugal, a falta de recursos e a hostilidade dos índios, muitos deles canibais, foram os principais. O donatário da Capitania da Baía de Todos os Santos, Francisco Pereira Coutinho, por exemplo, foi devorado pelos nativos. Com todos esses problemas, alguns donatários preferiram não mostrar as caras deste lado do oceano, passando a tarefa a seus subordinados. Outros nem isso fizeram. As únicas capitanias que lograram sucesso em todo o território brasileiro foram as de São Vicente, Pernambuco e, até certo ponto, Ilhéus.
O Governo Geral
Em 1549, quando a falência do sistema de capitanias hereditárias tornou-se evidente, Portugal resolveu instalar um Governo Geral na colônia.
O primeiro Governador Geral, Tomé de Souza, que trouxe consigo aproximadamente mil homens, entre soldados, aventureiros e religiosos, fundou a primeira capital do Brasil: Salvador. O sucesso dessa empreitada muito se deve a Diogo Álvares Correia, o Caramuru, que ali habitava desde 1511 e serviu de intermediário entre portugueses e índios.
Os plantations
O modelo econômico adotado na colônia foi, segundo Caio Prado Jr. e Celso Furtado, um sistema de produção rural e pré-capitalista, com grandes fazendas (plantations) de cana-de-açúcar, que foi aos poucos se tornando um negócio melhor do que o comércio com as Índias. Na segunda metade do século XVI, a nova colônia já se tornara rentável.
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