O poder da Igreja e os mosteiros
Como foi o poder da Igreja e dos mosteiros na Europa? Com o crescente poderio da Igreja, esta se tornou a maior proprietária de terras do Ocidente. O enriquecimento da Igreja deveu-se a diferentes fatores, como a doação de terras por parte de reis e nobres e a cobrança do dízimo (que algumas seitas atuais, copiando o modelo, tentam impor a seus fiéis…).
A origem do celibato
Além disso, enquanto os nobres iam tendo filhos e dividindo entre eles suas terras, o clero, proibido de casar, não produzia prole que reclamasse herança. Essa é, aliás, uma das origens do celibato clerical: sem ter família e custos, seus bens iriam enriquecer os cofres da Igreja. A verdade é que não tinham de fato família, mas tinham amantes fixas e eventuais, filhos, um lar para discretas visitas… O o homossexualismo era comum, bem com o o fato de nobres, príncipes importantes terem feiras por amantes em encontros discretos que resultavam em favores para os mosteiros.
Os mosteiros
Com o fim da civilização romana e do mundo antigo, não foi apenas um império que desmoronou, mas também séculos de conhecimento humano nos campos da arquitetura, pintura, escrita, ciências e filosofia. Por isso mesmo, um legado importante da Igreja foi colocar os monges copistas para reproduzir os velhos textos clássicos gregos e latinos. Essa foi a mais útil contribuição do poder da Igreja e dos Mosteiros na presrvação ca cultura deixada pelo Império Romano.
O legado dos monges copistas
Graça a eles, boa parte da produção cultural da Antiguidade foi salva. Foi um monge de origem grega chamado Dionísio quem, na primeira metade do século VI, inventou a datação cristã, usada no mundo todo (a.C., antes de Cristo e d.C., depois de Cristo). Antes, a contagem do tempo se baseava no ano da fundação de Roma. Dionísio cometeu, entretanto, certos erros de cálculo e situou o nascimento de Cristo alguns anos depois do que deveria. Portanto, Cristo nasceu antes da era cristã.
O mosteiro foi a organização medieval por excelência
Uns mais, outros menos, eles tiveram imensa importância num mundo sem instituições confiáveis. O fato é que a Igreja na Europa dividida e sem lei foi se tornando a única entidade capaz de ser respeitada por senhores feudais e famílias dominantes nos pequenos reinos espalhados pela Itália e pelo restante da Europa.
A força política da Igreja representada pelos mosteiros
Nessa Europa da Idade Média, com suas raras e decadentes cidades, sujas, malcuidadas, sombra do que foram durante a época dos romanos, e com seus campos onde a fome imperava, os mosteiros eram o único lugar ao qual os pobres podiam recorrer. Isso também reforçava a importância da Igreja e seu poder político.
Dica
Para entender o poer da Igreja e os mosteiros, leia “O Nome da Rosa”, de Umberto Eco, romance cheio de filosofia, história e suspense que, dentre outros méritos, retrata bem a vida e a mentalidade vigente nos mosteiros italianos medievais.