Carlos Magno e o Sacro Império Romano-germânico
A igreja católica, cada vez mais fortalecida, ocupou um importante espaço político em todo o continente, com o papa estabelecendo alianças com alguns soberanos e entrando em conflito com outros. Houve ainda momentos em que ocorriam rachas e cada facção apoiada por um soberano ou imperador escolhia um papa e reivindicava o direito de comandar a Igreja.
Os papas guerreiros
Algumas eleições foram verdadeiros “golpes de Estado”, resolvidas literalmente no braço. Engana-se quem pensa que esses papas tinham a postura pacífica dos papas da atualidade. Não. Eles tinham exércitos de verdade e realizavam conquistas de território, sem o menor pudor.
Assim, papas excomungavam reis que, por sua vez, derrubavam os sumos pontífices… Tal situação manteve-se intermitente até o fim da Idade Média. Diversos outros cargos na Igreja eram preenchidos por indicação de algum poderoso senhor, da elite romana ou eram simplesmente comprados. Uma bagunça!
Carlos Magno
Carlos Magno só alcançou o poder porque, após a morte de seu pai era o único sucessor ao trono, já que seu irmão também falecera. Herdou, portanto um império que englobava parte da França e também da Alemanha.
A conversão dos bárbaros e a recuperação do império
Cristão, pretendia a conversão dos povos bárbaros do norte da Europa, mesmo que tivesse que fazê-lo à base da espada e com muito derramamento de sangue. Teve o mérito de recuperar aos bárbaros grandes porções do território europeu e o decadente Império Romano do Ocidente, tornando-se um aliado estratégico do papa Leão III que o coroou imperador do Sacro Império Romano Germânico.
Carlos Magno sabia, ler, mas não escrever. Mesmo assim teve a preocupação de apoiar a cultura, ciências, as artes e criar escolas.
A conquista da Península Ibérica
Boa parte da Peninsula Itálica foi incorporada ao Sacro Império Romano-germânico quando Carlos Magno, foi coroado imperador pelo papa no ano 800. Depois da morte de Carlos Magno, o Império se esfacelou, pois além de seus herdeiros não se entenderem, o território ainda era alvo de ataques por parte dos povos bárbaros. Começaram a surgir núcleos de poder independentes, que deram origem às cidades-estado, e o norte desenvolveu-se a ponto de, no século XI, ser fundada a Universidade de Bolonha, a primeira da Europa.
A dinastia Hohenstaufen
Mais tarde, no século XII, quando a dinastia Hohenstaufen ocupava o norte do país, o papa Alexandre III entrou em conflito com o novo imperador, Federico Barbarossa, dividindo os italianos em duas facções: os guelfos, partidários do primeiro; e os gibelinos, partidários do imperador.