A história da Estátua da Liberdade

A história da Estátua da Liberdade, em New York: a ideia inicial, as dificuldades da construção, a campanha para arrecadar fundos, as curiosidades.
Estátua da Liberdade, histórias
A história da Estátua da Liberdade

A história da Estátua da Liberdade

Frédéric-Auguste Bartholdi (1834-1904) sempre sonhou em construir algo monumental, que ficasse na História. Pensou primeiro em uma grande estátua na entrada do Canal de Suez, dedicada ao progresso humano.

Um símbolo de amizade entre a França e os Estados Unidos

O projeto não suscitou muito entusiasmo, mas dele surgiu a idéia, incentivada pelo influente historiador Édouard-René de Laboulaye, de algo semelhante nos Estados Unidos: uma estátua que representasse a liberdade, fosse um símbolo da amizade entre os dois países e servisse de comemoração para o centenário da Independência dos Estados Unidos, obtida com a ajuda da França.

Vídeo em francês sobre a história da Estátua da Liberdade

A Liberty Island e as batatas fritas republicanas

A idéia animou franceses e americanos, que sugeriram a foz do rio Hudson como local para sua instalação. Naturalmente, a execução da obra ficou a cargo de Bartholdi, que foi pessoalmente a Nova York estudar onde erigi-la. Não teve que pensar muito: ainda no navio, passando ao largo da ilha que, na época, chamava-se Bedloe’s Island, a 600m de New Jersey e 3 km de Manhattan, percebeu que aquele seria o local perfeito. O nome atual da ilha – Liberty Island – só foi atribuído em 1956 pelo Congresso dos EUA. É irônico lembrar que foi o mesmo Congresso que mudou o nome das french fries – batatas fritas “francesas” – para liberty fries, quando a França se recusou a apoiar a invasão do Iraque. Enfim, a mudança do nome da ilha pegou e a baboseira da batata foi esquecida.

Só faltava o dinheiro para o mega monumento

Em 1874, Bartholdi iniciou estudos para a obra. Só faltava o dinheiro. Para obtê-lo, foram criados dois comitês: um na França, que começou a trabalhar no outono de 1875, e outro nos Estados Unidos. Ficou acertado que os franceses pagariam a construção da estátua e seu transporte até Nova York e os americanos, o pedestal. Apesar dos esforços de Ferdinand de Lesseps, construtor do Canal de Suez e coordenador da campanha na França, em 1877 menos da metade do dinheiro a ser arrecadado pelo comitê francês fora reunido. Num esforço de marketing, uma réplica da cabeça da estátua foi instalada na entrada da Exposição Universal de Paris, realizada no ano seguinte. Todo mundo achou o máximo, mas poucos puseram a mão na carteira. O comitê teve que recorrer a uma loteria para levantar fundos, suou e finalmente conseguiu obter em 1880 o milhão de francos necessário.

A estátua é finalmente entregue, dez anos mais tarde

Dez anos mais tarde, no dia 4 de julho de 1884, aniversário da Independência dos Estados Unidos, a gigantesca estátua foi oficialmente entregue ao embaixador americano em Paris. Foi constrangedor. Não só o pedestal ainda não fora construído, mas o comitê americano que organizara bailes, festas beneficentes e até lutas de boxeadores famosos, não conseguira ainda os fundos necessários para erguê-lo. Na França, a estátua virou motivo de piada e alguns engraçadinhos chegaram a sugerir que ela fosse instalada em Paris mesmo… Quando a estátua, desmontada em 350 peças e embalada em mais de 200 caixas de madeira, chegou a Nova York, em 17 de julho de 1885, transportada pelo navio de guerra francês Isère, a construção do pedestal ainda estava pela metade.

A campanha para financiar o pedestal

Foi então que, por iniciativa do prestigiado jornalista Joseph Pulitzer, o New York World iniciou uma campanha para chamar seus patrícios aos brios, acusando os milionários e a classe média americana de sovina, ao mesmo tempo em que publicava o nome dos que aceitavam ajudar. Deu certo. Não apenas o dinheiro para o pedestal foi obtido, mas o jornal também se tornou mais popular e ganhou milhares de novos assinantes… Em 1886, as obras foram aceleradas e, no dia 28 de outubro, o gigantesco monumento – Liberty Enlightening the World (A Liberdade Iluminando o Mundo) – foi inaugurado por Bartholdi, com a presença do presidente dos Estados Unidos Grover Cleveland e de Lesseps. A cerimônia, que praticamente paralisou Nova York, foi assistida por mais de um milhão de pessoas. O dia da inauguração foi declarado feriado.

Um símbolo para imigrantes que chegavam a New York

Como pretendia Bartholdi, a estátua passou a ser a primeira coisa avistada dos navios que se aproximassem de Nova York. Efetivamente tornou-se um símbolo para os que deixavam suas pátrias empobrecidas, tentando uma vida melhor nos Estados Unidos em uma época em que o país estava aberto à imigração. No começo do século XX, principalmente, quando a fome assolou a Europa, os EUA tornaram-se uma espécie de Terra Prometida para muitos europeus, que se emocionavam ao passar junto à estátua.

A Estátua da Liberdade no cinema

Muitos filmes têm passagens ou menções à Estátua da Liberdade, começando por O Imigrante, de Charlie Chaplin, de 1917. Ela aparece na cena final de Quinta Coluna, de 1942, de Alfred Hitchcock; em O Planeta dos Macacos (meio afundada na areia, em um mundo devastado por uma guerra nuclear); é mencionada por Woody Allen no filme Crimes and Misdemeanours (“The last time I was inside a woman was when I visited the Statue of Liberty…”); aparece em O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola; e em séries de televisão como Sex and the City.

Curiosidades sobre a Estátua da Liberdade

A Estátua da Liberdade também foi palco de acontecimentos alguns curiosos. Em 2000, o pacifista porto-riquenho Alberto de Jesus escalou a estátua com a bandeira de seu país, pedindo a independência da ilha, até hoje um protetorado norte-americano. Em agosto de 2001, o francês Thierry Devaux tentou pular de paraquedas do topo dela, mas ficou enganchado e teve que ser resgatado por cinco policiais, numa operação que tomou uma boa meia hora. Foi a segunda vez que tentou fazê-lo (a primeira vez fora em 1994). Não deu outra: foi direto da Liberdade para a prisão.

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