A independência e seus conflitos
Na segunda metade do século XVIII, o mundo estava mudando; ao mesmo tempo em que a Argentina continuava sendo colônia espanhola, os EUA declaravam sua independência e a França se livrava dos Luíses e de seu regime absolutista.
Os sentimentos que conduziram à luta pela Independência Argentina
A Argentina foi fortemente atingida pelos ideais do Iluminismo antimonárquico e pelo sentimento nativista que tomava corpo na América espanhola, ressentida pelo monopólio comercial e pelos pesados tributos impostos por Madri.
Vendo uma oportunidade de levar a Argentina definitivamente para seu campo de influência, os britânicos decidiram invadir Buenos Aires vindo pelo Rio da Prata, no que foram apoiados por setores liberais da elite criolla. Suas expedições de 1806 e 1807 fracassaram.
Independentemente do interesse britânico, os argentinos já estavam fartos da dominação colonial. Encarnando esse sentimento, o general Belgrano, um dos Libertadores de America, conseguiu, nas batalhas de Tucumán e Salta, arrancar o norte do país das mãos dos espanhóis. Pouco tempo depois, a invasão da Espanha e a rendição dos Bourbons às tropas de Napoleão deram aos argentinos uma ótima oportunidade de criar um governo próprio, liberto da coroa espanhola.
A revolução de 25 de maio de 1810
A revolução de 25 de maio de 1810 levaria à guerra contra a metrópole, conduzida por San Martín, um militar argentino experiente que lutara na Europa como oficial das forças reais espanholas. Conhecido mais tarde como “El Libertador”, San Martín criou um exército organizado e libertou não somente a Argentina e o Chile, mas também o Peru. A independência argentina foi declarada em 9 de julho de 1816. Dessas duas datas históricas vêm os nomes da Plaza de Mayo e da maior avenida portenha que, por coincidência, evoca data importante para os paulistas.
As Províncias Unidas del Rio de la Prata
Em 1819, a primeira Constituição do país que até 1830, se chamava Provincias Unidas del Río de la Plata, instituiu a república, mas estava-se muito longe de alcançar uma união nacional. Os argentinos ficaram divididos entre unitaristas, que queriam um regime centralizado, e federalistas. Enquanto estes últimos eram sobretudo caudilhos, fazendeiros e gauchos que se recusavam a se submeter a um poder central, o unitarismo tinha o apoio da classe média urbana portenha, dos imigrantes europeus e de parte da oficialidade, influenciada por idéias liberais.
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