Giverny e os jardins de Monet

Informações e dicas sobre Giverny e os belíssimos Jardins de Monet, que inspiraram alguns de seus quadros, sua casa, sua obra. Como ir, quando ir.
Bruma matinal sob a ponte japonesa, foto Arine Cauderlier

Giverny, o jardim do pintor

por Lúcio Martins Rodrigues

Sobre Giverny

As principais atrações de Giverny são a casa onde morou Claude Monet e os jardins criados pelo grande mestre do Impressionismo. Aliás, a expressão “impressionismo” tem sua origem em um dos primeiros quadros do mestre. Inicialmente os críticos usavam a expressão com sentido pejorativo, mas Monet e os demais impressionistas a adotaram. Nascia uma nova tendência na pintura francesa. Hoje, a propriedade do artista é visitada anualmente por 500 000 pessoas. Giverny

Mapa de Giverny

Como ir

Trem

Há trens a cada duas horas da Gare St.-Lazare, em Paris, até Vernon, um percurso de uns 50 minutos no trem regional de alta velocidade. A linha para Vernon tem como destino final a cidade Rouen. É essa a plataforma que você deve procurar na Gare St-Lazare.

Ao chegar em Vernon você verá indicações para o ônibus que o levará até Giverny. Do ponto final do ônibus até a Casa de Monet calcule uma caminhada de mais ou menos cinco minutos. As passagens são compradas com os motoristas e os ônibus têm horários sincronizados com a chegada dos trens em Vernon. A passagem custa menos de dez euros e o trajeto toma uns dez minutos. Há também, na estação de Vernon, bicicletas para os mais esportistas. A passagem para Vernon pode ser comprada no site da SNCF,

Dicas
  • Vale a pena levantar cedo e tomar o trem das 8h20. Você terá mais tempo para visitar a Casa de Monet com tranquilidade, escapando da multidão de turistas esquimós, visigodos e mongóis que visitam o local em excursões organizadas e não gostam de madrugar.
  • Você pode comprar seu bilhete no site da Fundação Monet.

Carro

Cerca de 75 quilômetros separam Paris de Giverny. A viagem toma pouco mais de uma hora pela A14 e A13.

Hospedagem

Muitos turistas visitam Giverny em um bate-e-volta, partindo de manhã de Paris e voltando à tarde. Muitos, porém, preferem passar uma noite nessa cidadezinha bastante agradável. Outros querem, depois de visitar Giverny, descansar, antes de seguir para Rouen, Caen e, principalmente, para o Mont Saint-Michel, um dos destinos imperdíveis na Normandia.

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Melhor época

Sugerimos evitar o auge do verão, quando o lugar fica lotado de turistas. Abril e maio e setembro e outubro são meses perfeitos. Mas, atenção,  infelizmente, entre o começo de novembro e o final de março a Casa de Monet não está aberta à visitação. No outono e, principalmente na primavera, na segunda metade de abril até final de maio, os jardins são particularmente bonitos, uma verdadeira explosão de cores.

A visita

É emocionante ver ao vivo mais ou menos a mesma paisagem retratada por Monet em seu famoso quadro. A propriedade ocupa uma área de mais ou menos um hectare onde, Monet, um apaixonado pela botânica, criou um dos mais famosos jardins do mundo, com um conjunto volumoso e displicente de grande variedade de flores com alturas diferentes.

Vídeo sobre os Jardins de Monet

Le jardin d’eau

Dez anos após sua chegada a Giverny em 1883, Monet ampliou sua propriedade e comprou o terreno vizinho, cortado por pequenos cursos d’água, criando bacias inspiradas nos jardins japoneses, com plantas aquáticas, como Le bassin aux nymphéas, com a famosa ponte ao fundo, em estilo oriental. É a paisagem mais conhecida da propriedade, mesmo porque, além de linda, foi retratada pelo artista em um de seus quadros mais famosos.

A casa  de Claude Monet

A visita à casa do artista, praticamente escondida no meio de flores e da vegetação,  nos permite ver seu atelier, sobre o qual ele mandou construir mais um andar, onde instalou seu apartamento. Diríamos também, que a casa de Monet, onde ele viveu até sua morte em 1926, é toda florida… Para começar é rodeado de roseiras que, como trepadeiras, rodeiam o imóvel. Seu interior, bem iluminado é decorado com obras do mestre e mobiliada com móveis, muitos de inspiração japonesa, e objetos que, em sua maioria, pertenceram ao pintor. Embora seja proibido fotografar o interior da residência, é permitido fotografar o jardim de um ângulo privilegiado: do quarto do artista.

A restauração

Após a Segunda Guerra, com a França exaurida, o jardim e a residência de Claude Monet atravessou um período de decadência. Em 1966, Michel Monet, filho de Claude Monet e sua esposa Camille Doncieux, doou a propriedade à l’Académie des Beaux-Arts. Os trabalhos de restauração iniciaram-se em 1977 sob o comando de Gérald van der Kemp, que teve o cuidado de reconstituir o jardim  e a casa do artista, como eram antes da morte do mestre. As obras tomaram vários anos, a casa estava em ruínas, a bacia teve que ser reescavada. Em 1980 a propriedade pode ser aberta à visitação, tornando-se uma das principais atrações turísticas próximas de Paris.

Dica:

Giverny é muito mais agradável de ser visitada, na baixa temporada. Só que a partir de novembro fecha. Veja vantagens e desvantagens de viajar na baixa temporada

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