As estâncias jesuíticas de Córdoba
A presença dos missionários
No século XVII, Córdoba foi palco de intensa presença de missionários jesuítas, que procuravam catequizar e educar a população nativa. Os recursos que sustentaram as atividades religiosas e educacionais dos jesuítas em Córdoba vinham da agricultura e da pecuária praticadas em seis fazendas (estancias): Caroya, Jesús María, Santa Catalina, Alta Gracia, Candelaria e San Ignacio. As cinco primeiras integram a lista do Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO e as quatro primeiras podem ser facilmente visitadas a partir de Córdoba.
Vídeo sobre as estâncias jesuíticas de Córdoba
As estâncias jesuíticas missionárias na Argentina
Caroya
A 44 km ao norte de Córdoba pela RN 9. Há ônibus a partir de Córdoba da empresa Fono Bus, que parte da estação rodoviária de Córdoba. É a mais antiga das construções rurais dos jesuítas na região, de 1616. Um amplo pátio interno e a capela são as principais partes da edificação, que sofreu diversas modificações ao longo dos séculos. Em 1814, funcionou ali uma fábrica de armas brancas do Ejercito del Norte. Nas proximidades formou-se, no final do século XIX, uma colônia de imigrantes do norte da Itália, vindos do Friuli, cujos descendentes produzem até hoje salames e queijos bem reputados.
Jesús María
A 50 km ao norte de Córdoba pela RN 9. Há ônibus a partir de Córdoba da empresa Fono Bus, que parte da estação rodoviária de Córdoba. Na Estancia San Isidro, fundada em 1618, que deu origem à cidadezinha de Jesús Maria, os jesuítas produziam vinho, atividade da maior importância para sua missão catequizadora, já que sem vinho, não há missa. Aliás, foi dali que saiu o primeiro vinho elaborado no Novo Mundo, o Lagrimilla, bebida licorosa fabricada até hoje. Das construções originais da estancia ainda podem ser visitadas a igreja, a residência dos padres e a bodega. Ali funciona o Museo Jesuítico Nacional, que exibe vasta coleção de objetos da era colonial, tanto de cunho religioso quanto móveis e artefatos empregados na produção de vinho.
Santa Catalina
A 70 km ao norte de Córdoba e a 20 km de Jesús Maria. De Jesús Maria, siga as indicações. Nessa estancia de 1622, que foi a maior de todas, subsiste uma linda igreja barroca, bem como os pátios internos extremamente bem conservados. A fazenda, que foi o principal centro de produção agropecuária dos jesuítas, passou às mãos de uma família local quando a ordem foi expulsa da América e, embora possa ser visitada, é ainda hoje uma propriedade particular.
Alta Gracia
A 38 km ao sul de Córdoba pela RP 5. Padre Domingo Viera esq. c/ Solares. A Estancia Jesuitica de Alta Gracia está situada no centro da cidade do mesmo nome e sua igreja Nuestra Señora de la Merced é até hoje sede da paróquia local. A fazenda foi doada por Don Alonso Nieto de Herrera à Companhia de Jesus quando nela ingressou, em 1643. Criação de gado, agricultura e comércio de mulas eram as principais atividades dos padres em Alta Gracia. Mais tarde, a fazenda foi residência de ricões do pedaço, como Don Santiago de Liniers, Vice-rei do Rio da Plata, herói na tentativa de invasão inglesa de 1807, que morreu fuzilado na revolução de maio de 1810.
Na sede funciona hoje o Museo Nacional “Casa del Virrey Liniers” (Fecha às segundas-feiras. Visitas guiadas gratuitas.). Além do imóvel em si constituir uma interessante atração, há maquetes, objetos e decoração de época em cada cômodo, visando reproduzir os costumes e o modo de vida dos habitantes da região dos séculos XVII ao XIX. Trata-se de uma das mais completas coleções do gênero existentes em toda a Argentina, o que torna a visita imperdível.
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