Estados Unidos: a Lei Seca

O fracasso da lei seca nos Estados Unidos e o crescimento da máfia e do crime organizado.
Al Capone
Al Capone
Estados Unidos: a Lei Seca

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Adiantou proibirem o álcool?

Bebida alcoólica deve ser proibida? Nos Estados Unidos, tentou-se fazê-lo e não deu certo. A 18ª Emenda à Constituição, que proibia a produção, o consumo, a comercialização e a estocagem de bebidas alcoólicas entrou em vigor em janeiro de 1920 e só foi revogada quase quatorze anos depois, em dezembro de 1933.

Nunca se bebeu tanto como durante a Lei Seca – Durante o período que vigorou a Lei Seca (Prohibition), nunca se bebeu tanto na terra do Tio Sam. Boa parte das bebidas produzida por destilarias de fundo de quintal não passava de coquetéis nocivos, que faziam muito mais mal à saúde do que a bebida legalizada. Bebia-se até água de colônia! Quem vivia próximo ao México e ao Canadá simplesmente cruzava a fronteira, enchia a cara e voltava aos Estados Unidos devidamente embriagado.

O contrabando e a máfia

Contrabandear bebidas de outros países ou fabricá-las clandestinamente tornou-se um negócio lucrativo que logo atraiu a Máfia. Gângsteres fizeram fortunas e o dinheiro fácil favoreceu a corrupção. Policiais fechavam os olhos ao comércio e venda ilegal de bebidas ou avisavam os donos de destilarias e bares – todos controlados pela Máfia – sobre quando ocorreria uma batida. Quando a polícia fechava um bar em uma rua, logo outro abria na quadra vizinha. O assunto inspirou o filme The Untouchables (1987), passado em Chicago da década de 1930, no qual Kevin Costner faz o papel do policial Eliott Ness, que combate o mafioso Al Capone, interpretado por Robert De Niro.

Os speakeasies

O esquema montado pela Máfia abastecia os speakeasies (bares clandestinos) de Nova York e de outras cidades americanas. A expressão speak easy significa “fale baixo”: o que os proprietários de bares recomendavam aos freqüentadores que perguntavam se tinham bebidas para servir por baixo do pano. A bebida de pior qualidade era vendida pelos irmãos pobres dos speakeasies, estabelecimentos conhecidos como blind pigs (porcos cegos). Calcula-se que existiram nos EUA pelo menos duzentos mil desses bares, que sobreviviam graças a expedientes, como passagens secretas e saídas de emergências para clientes dando para ruas vizinhas. Um deles, no nº 86 da Bedford Street, em Greenwich Village, existe até hoje. Foi conservado como era na época: sem letreiro na porta.
No fim, a Lei Seca tornou-se tão impopular que acabou abolida pelo presidente Franklin D. Roosevelt – para tristeza da Máfia.

As lições do fracasso da Lei Seca

O fracasso da Lei Seca está fazendo com que um número crescente de países esteja liberando a maconha, muito menos perigosa do que o álcool (e também muito mais inofensiva do que o cigarro, que provoca forte dependência).

A proibição da maconha – A proibição apenas coloca adolescentes em contato com traficantes. É possível imaginar o diálogo: “Maconha não temos no momento… mas estamos com um ckack de primeira. Por que não experimenta?” Ora, o crack é considerada uma droga que vicia com extrema facilidade e é perigosíssima. Por isso mesmo mais de 15 estados norte-americanos liberaram a maconha para uso médico, já que a droga tem ação benéficas em várias doenças, inclusive contra a pressão alta. A maioria dos países europeus hoje em dia, no mínimo a tolera. Ninguém é preso porque fuma maconha e nem mesmo no Brasil o usuário vai para a cadeia por ser pego fumando.

A luta pela descriminalização da cannabis – O ex-presidente Fernando Henrique e políticos brasileiros mais liberais defendem o uso medicinal e a descriminalização da cannabis. Aliás a lei brasileira é hoje muito mais tolerante com relação a maconha. Alguns países já preferem que o usuário plante apenas um pé para consumo próprio. Não defendemos droga alguma, fique isso claro. Nossa posição é que o ideal seria que ninguém consumisse nenhum tipo de droga, legal, ou ilegal, mas é verdade que o consumo da maconha sob supervisão médica seria um golpe fatal no tráfico e no crime organizado.

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