Île de la Cité e Île St-Louis

História, atrações turísticas e curiosidades sobre a Île da la Cité e a Île Saint-Louis, as famosas ilhas de Paris, no Rio Sena.

Île Saint-Louis e Île de la Cité, onde Paris começou

Berthillon • Pont Neuf • Notre Dame • Saint Chapelle • Conciergerie

Mapa das ilhas do Sena em Paris

Île de la Cité

A Île de la Cité é o coração de Paris, onde a cidade nasceu a partir de um povoado celta. Linda e impregnada de História, foi durante séculos sede do poder na França.
Você pode chegar à Île de la Cité por muitos meios: o mais charmoso será atravessar a Pont Neuf a pé; o mais emocionante, ir do Quartier Latin pela estreita rua St-Julien-le-Pauvre e chegar ao quai de Montebello, dando de frente com a vista da Notre-Dame. Na Île de la Cité estão concentrados atrações turísticas imperdíveis: a Conciergerie, a Saint-Chapelle, Notre Dame e o Pont Neuf.

Conciergerie

O edifício da Conciergerie, no norte da Île de la Cité, face à Rive Droite, ao lado da Pont au Change, faz parte do conjunto do Palais de Justice. Construída por ordem de Felipe, o Belo, no começo do século XIV, para ser um anexo ao Palais de la Cité, é uma edificação imponente à beira do Sena, com quatro torres medievais: a Tour de l’Horloge (“Torre do Relógio”), a Tour de César (“Torre de César”), erguida sobre fundações romanas, a Tour d’Argent (“Torre de Prata”), onde eram guardados os tesouros reais, e a Tour Bombée ou Bon-Bec (“Torre Bom Bico”, assim chamada porque ali, sob tortura, todo mundo acabava abrindo o bico!). Conciergerie

Saint-Chapelle

Construída no século XIII, a mando de São Luís, para ser a capela real destinada a guardar a suposta coroa de espinhos de Cristo, a Sainte-Chapelle é uma obra-prima da arquitetura gótica. É na capela superior, onde se chega por uma escadinha, que estão os maravilhosos vitrais de motivos bíblicos e a famosa rosácea. Os vitrais difundem uma suave luminosidade pela nave, tornando o ambiente meio mágico, sobretudo quando o sol os atravessa. Saint-Chapelle.

Notre Dame

É umaobra-prima da arquitetura gótica e um dos símbolos de Paris. Toda branca (na verdade, às vezes meio acinzentada nos intervalos entre as limpezas…), com suas duas inconfundíveis torres e uma espetacular rosácea no meio, emociona até os ateus mais convictos e os não-cristãos que a veem pela primeira vez. Notre Dame

Pont Neuf

 (Ponte Nova) Apesar do nome, a ponte que começou a ser construída em 1578 por Henrique III é a mais antiga existente em Paris e compete em beleza com a ponte Alexandre III. Concluída em 1607, durante o reinado de Henrique IV, a obra foi inovadora na época por ser a primeira ponte da cidade a não ter casas, como era costume. Elegante e romântica, essa ponte já deu nome para filme (Les Amants du Pont Neuf) e foi usada em muitas cenas de cinema. Dentre as mais recentes está a do finalzinho de Todos dizem eu te amo, de Woody Allen.

Pont des Arts

 Conhecida também como “Pont des amoureux” ou “Ponte dos apaixonados” (é romântica mesmo, devemos reconhecer!), foi construída por ordem de Napoleão. É mais exatamente uma passarela para pedestres, ladeada por elegantes lampiões, de onde se pode desfrutar de uma das melhores vistas do Sena e da Île de la Cité e tirar ótimas fotos. O pôr-do-sol lá é lindo de se ver. Nos dias de calor, estudantes da École dês Beaux-Arts aproveitam para expor seus quadros aos passantes.

Place Dauphine

M Pont Neuf. Atrás da estátua equestre do Vert Galant, a estreita rue Henri Robert leva à Place Dauphine, um recanto muito charmoso mas tão discreto que poderia passar despercebido pelos mais afoitos. Ao entrar na praça e sentir seu clima de tranquilidade quase provinciana, é estranho pensar que se está no centro de uma das maiores capitais europeias. A Place Dauphine só tomou a aparência que tem hoje no começo do século XVII, ou seja, na mesma época em que a Place Royale ou des Vosges, quando foram construídos, lado a lado, formando um triângulo, graciosos prédios de tijolos aparentes, e deixando livre o pátio interno. Seu nome de cunho “monarquista”, que vem de “delfim” (filho do rei), foi mudado durante a Revolução: em 1792, a praça passou a se chamar Place de Thionville e apenas em 1814, quando Napoleão abdicou, retomou seu nome original.

Île Saint-Louis

Inicialmente habitada por funcionários públicos, o lugar começou a despertar o interesse da nobreza, que ali construiu vários belos hôtels particuliers (palacetes). Desses edifícios, que infelizmente não podem ser visitados por dentro, o Hôtel Lambert, no nº 1 do quai d’Anjou, é talvez o mais bonito, mas o mais famoso é o Hôtel de Lauzun, no nº 17, onde moraram Baudelaire, Théophile Gautier, Richard Wagner e Balzac. No século XIX, o prédio foi sede do “Club des Hachischins” (“Clube dos fumadores de haxixe”…).

Cafés badalados e uma sorveteria famosa: a Berthillon

A Île St-Louis não se compara à Île de la Cité em monumentos e igrejas; seu ponto forte é, diriam os franceses, le savoir-vivre! O melhor a fazer por lá é flâner (flanar) e apreciar a vista (em especial a da Île de la Cité), o que muitos preferem fazer no café Le Flore en l’Île (no quai d’Orléans), na Brasserie de l’Île St-Louis (no quai de Bourbon), em mesinhas na calçada, ou mesmo em pé, saboreando um sorvete Berthillon. A sede dessa sorveteria, a mais concorrida de Paris, é na rue St-Louis-en-l’Île. Mas não se iluda com o clima aparentemente despretensioso do lugar; cada metro quadrado coberto e acarpetado dessa ilha é disputadíssimo pelo beautiful people e custa uma fortuna. Georges Moustaki, Claudia Cardinale e Catherine Deneuve são alguns dos que escolheram a Île St-Louis para morar.

Mémorial de la Déportation

(Memorial da Deportação) 75004 M St-Michel/Notre-Dame ou Maubert-Mutualité. Abre das 10h às 12h e das 14h às 19h; durante o inverno, fecha às 17h. No extremo leste da Île de la Cité, o memorial dedicado aos 200 mil franceses deportados pelos nazistas durante a Segunda Guerra convida a um momento de reflexão.

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