A catedral de Notre-Dame, em Paris, obra-prima da arquitetura gótica, assim como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo, é um dos ícones de Paris. Toda branca (na verdade, às vezes meio acinzentada nos intervalos entre as limpezas…), com suas duas torres inconfundíveis e a rosácea no meio, emociona até os ateus mais convictos e os não-cristãos que a vêem pela primeira vez.
No lugar da Notre-Dame, existia anteriormente outra igreja, que foi demolida para dar lugar à construção da catedral de Paris em 1163. As obras, que duraram quase duzentos anos, foram acompanhadas por sete diferentes arquitetos, sucessivamente.
Localização da Catedral de Notre-Dame
Notre Dame durante a Revolução Francesa -Quando a Revolução Francesa sacudiu Paris, a Notre-Dame sofreu depredações, foi transformada em “Templo da Razão” e até usada como depósito. Muitas de suas obras de arte foram destruídas, como as estátuas dos reis de Judá, “decapitadas” pelos revolucionários, que pensaram que as estátuas eram dos reis da França. As cabeças atuais na fachada da catedral de Notre Dame são cópias; as originais estão no Museu de Cluny, também em Paris.
Notre Dame de Paris na História – A Notre-Dame está ligada a muitos fatos históricos e pitorescos da vida de Paris e da própria França. Mesmo inacabada, serviu para abrigar a suposta coroa de espinhos de Cristo trazida por São Luís enquanto a Sainte-Chapelle estava em construção. Foi lá que o rei protestante Henrique IV, obrigado a se converter ao catolicismo para ser coroado, disse aquela célebre frase: “Paris vale uma missa”. Séculos depois, Napoleão foi coroado na Notre-Dame.
Um período de decadência
No século XIX, a mais bela igreja de Paris encontrava-se em um estado deplorável. Artistas e intelectuais promoveram uma campanha que conseguiu sensibilizar as autoridades e a Notre-Dame foi restaurada pelo renomado arquiteto Viollet-le-Duc, que aproveitou para colocar as famosas gárgulas, dando à catedral o aspecto que tem hoje.
A Notre-Dame serviu de inspiração para dois romances de Victor Hugo, um dos mais influentes escritores franceses: Notre-Dame de Paris e O Corcunda de Notre-Dame. Este último, por sua vez, acabou se tornando um desenho animado dos estúdios Disney de muito sucesso.
Vídeo sobre a catedral, em francês… As imagens valem a pena, mesmo para aqueles que não entendem a língua.
O interior da Catedral de Notre-Dame
O interior da catedral de Notre Dame é de extrema beleza. Sua nave imensa é iluminada por vitrais e pela impressionante rosácea feita em 1250 pelo artesão Jean de Chelles. Os arcos internos, formando ogivas, dão a ilusão de maior altura da nave, que parece dirigir-se ao céu. É inevitável olhar para o alto! Uma boa pedida é assistir a um concerto de órgão; eles acontecem aos domingos no fim da tarde.
Crypte Archéologique du Parvis de Notre-Dame – (Cripta Arqueológica do pátio da Notre-Dame) 1, pl. du Parvis Notre-Dame M Cité ou St-Michel. Abre de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Bem em frente à Notre-Dame, fica o seu parvis (pátio), onde está o marco zero de Paris. Lá existe uma cripta arqueológica subterrânea muito interessante, resultado de escavações feitas na década da 1960, que resultaram na descoberta de ruínas celtas, romanas e medievais de casas, ruas e muralhas. O solo de Paris é um verdadeiro sítio arqueológico. A exposição é feita de modo que você consegue visualizar e comparar a Île de la Cité de épocas remotas com seu aspecto atual. Na Idade Média, várias ruas terminavam junto à entrada da Notre-Dame e não se tinha uma perspectiva do conjunto. Foi Haussmann quem mandou derrubar tudo o que havia em frente à catedral, criando o parvis. www.notredamedeparis.fr
A subida às torres
O acesso até o alto das torres da Catedral de Notre Dame de Paris exige um mínimo de tempo, disposição e boa forma física: são 69 metros e muitos degraus… (Elevador? Que elevador?) Em compensação, a vista do Sena e da Rive Gauche é divina e você pode ver de perto as famosas gárgulas. Vista de fora, a catedral também é impressionante: dos fundos, onde há um jardim com uma graciosa fonte, o Square Jean XXIII, vêem-se os arcobotantes que sustentam sua enorme estrutura e a imensa torre-agulha.
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