Os portenhos
Portenho (em castelhano, porteño), para quem não sabe, é o adjetivo que designa aquilo que se refere à cidade de Buenos Aires – um porto – e o substantivo que dá nome aos argentinos nascidos na capital.
A porcentagem da população de origem europeia em Buenos Aires é muito maior do que aquela das demais cidades sul-americanas, inclusive as argentinas. A população portenha é formada principalmente por descendentes de espanhóis e italianos, mas também de alemães, eslavos, judeus provenientes do leste europeu etc. Embora seja verdade que muitos portenhos – sobretudo os mais pobres – tenham um pouco de sangue índio, a ascendência nativa é pouco expressiva.
Por serem majoritariamente de origem europeia e, em geral, mais cultos do que os povos das demais grandes cidades sul-americanas, é natural que os porteños se sintam os “europeus” da América do Sul.
Esquecer as visões estereotipadas
Convém lembrar que, muitas vezes, visões estereotipadas do tipo “os portenhos são arrogantes”, ou “os parisienses são antipáticos” vêm de pessoas que nunca viram um portenho ou um parisiense pela frente!
A realidade é que a Argentina foi, durante muitos anos, bem mais rica do que os demais países sul-americanos, e que o portenho possui motivos para equiparar sua cidade àquelas do “Primeiro Mundo”.
Buenos Aires e as metrópoles sul-americanas de hoje
Nas últimas décadas, porém, esse quadro mudou. De um lado, países como Brasil e Chile cresceram e se modernizaram, com consequente melhoria da qualidade de vida da população. De outro, o empobrecimento da Argentina decorrente das sucessivas crises econômicas fez com que os argentinos se aproximassem mais de seus vizinhos, o que reforçou o sentimento de pertencer à comunidade latino-americana.
A esmagadora maioria dos argentinos, inclusive em Buenos Aires, é simpática e acolhedora. Quem conhece bem os argentinos e já visitou vários países do mundo sabe que, em matéria de hospitalidade com os brasileiros, nossos vizinhos só se comparam aos portugueses.
As semelhanças com os brasileiros do sul e do sudeste
Está perdendo quem ainda ignora o quanto os portenhos são gente fina e quanto se parecem com os brasileiros do sudeste e do sul. Ou seja, são nossos hermanos (ou seriam nossos fratelli?…).
E a tal rivalidade? É a mesma que existem entre vizinhos muito parecidos, como peruanos e bolivianos, letões e lituanos ou mesmo cariocas e paulistas… Podemos até contar piadas de argentinos e eles de brasileiros, mas nas horas decisivas, como no caso da estúpida Guerra das Malvinas, são os argentinos que nós apoiamos.
Da parte deles, é visível o interesse por tudo que se refere ao Brasil. É possível, aliás, que o motorista de táxi com quem conversar saiba mais sobre a economia brasileira do que você.
Não há muita diferença entre o comportamento social dos argentinos e dos brasileiros. Pode-se notar, eventualmente, que eles são ligeiramente mais formais que nosotros.
Em Buenos Aires a noite é sempre uma criança
Uma diferença mais visível é que, provavelmente em razão da influência cultural espanhola, os portenhos são notívagos. É comum chegarem do trabalho, comerem, irem dormir… e levantarem por volta de meia-noite, vestindo-se para sair e curtir a noite. Às duas horas da madrugada, os salões começam a lotar, esticando a noitada até altas horas.
Embora os homens portenhos tenham fama de galanteadores e boêmios, são muito apegados à família.
A preocupação com a aparência
Tanto homens quanto mulheres são elegantes e preocupados com a aparência. As portenhas são em geral muito bem produzidas, desde as roupas até a maquiagem – o que não deve ser confundido com futilidade.
Se o samba, mais do que um tipo de música, é um retrato do brasileiro, o tango é um reflexo da alma portenha: vibrante, musical e apaixonada.
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