Bolonha, a capital da Emilia Romagna
Bolonha (“Bologna”, em italiano) é uma cidade de origem etrusca, cujo nome original era Felsina. Conquistada pelos gauleses, caiu depois sob o domínio dos romanos, que a chamavam de Bononia. Durante a Idade Média, foi invadida por bárbaros e, como tantas outras, acabou sendo disputada por ricas famílias locais. Os vencedores foram os Bentivoglio, mas seu domínio durou pouco; no começo do século XVI, a cidade foi incorporada aos territórios papais.
Mapa de Bolonha (Bologna)
Como ir
Avião
Não há voos diretos do Brasil, mas no Aeroporto Guglielmo Marconi, a somente 6 km de Bolonha, chegam voos das principais cidades da Itália e de outros países europeus. Há ônibus entre o aeroporto e a estação ferroviária.
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Carro
De Milão (210 km), Roma (380 km) ou Florença (105 km), utilize a A1.
Ônibus
Mais barato do que o trem, tem linhas para diversas cidades da Emilia-Romagna e o para cidades de outras regioes
Trem
Em razão de sua localização, Bolonha é o mais importante entroncamento ferroviário do país. Trens ligam a cidade a Milão (2h), Florença (1h30), Veneza (2h a 2h30) e Roma (2h40 a 4h).
Hotéis em Milão
A melhor região para se hospedar em Bolonha é perto do centro histórico, onde estão as principais atrações.
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Atrações turísticas em Bolonha
Riqueza, erudição, culinária e uma longa tradição “de esquerda” são alguns dos atributos da capital da Emilia-Romagna. Se fatos relativamente recentes na História lhe valem hoje o apelido de Bologna, la rossa (Bolonha, a vermelha), é bom lembrar que as inclinações políticas bolonhesas de administração comunitária remontam à era medieval, quando Marx ainda estava no calcanhar da bisavó. A “esquerda” já se encontrava presente na Universidade de Bolonha desde a Idade Média, uma vez que, ao contrário do que ocorria (e ainda ocorre) em outras instituições de ensino, quem a regia de fato eram os alunos e não os professores. A Universidade de Bolonha, fundada em 1088, sempre foi ponto de referência de estudos jurídicos, desde sua criação, quando só se estudava Direito Romano, atingindo o apogeu nos séculos XIII e XIV.
As antigas torres, palácios, praças e igrejas do centro histórico bolonhês constituem hoje seu maior atrativo turístico, mas a cidade conta também com grande quantidade e variedade de museus, alguns dos quais pertencem à sua universidade.
Cidade de origem etrusca
Bolonha (“Bologna”, em italiano) é uma cidade de origem etrusca, cujo nome original era Felsina. Conquistada pelos gauleses, caiu depois sob o domínio dos romanos, que a chamavam de Bononia. Durante a Idade Média, foi invadida por bárbaros e, como tantas outras, acabou sendo disputada por ricas famílias locais. Os vencedores foram os Bentivoglio, mas seu domínio durou pouco; no começo do século XVI, a cidade foi incorporada aos territórios papais.
Piazza Maggiore e Piazza del Nettuno
As duas praças contíguas são o coração do centro histórico de Bolonha, por onde você pode começar sua visita à cidade. A nudez do deus greco-romano dos oceanos, rodeado de golfinhos e sereias que esguichavam água pelos seios, causou furor quando a Fontana del Nettuno, planejada por Giambologna, foi inaugurada, em 1566, mas hoje a estátua é o maior ícone da cidade.
Palazzo Comunale (Palazzo d’Accursio)
End.- Piazza Maggiore, 6. Desde o século XIV, foi sede do governo de Bolonha. O prédio é composto por construções de diferentes épocas e estilos, como se pode observar ao ver sua fachada. Nela, sobre o pórtico, destaca-se uma estátua do Papa Gregório XIII, criador do calendário gregoriano, que era bolonhês. No palácio, de interior belamente decorado, funcionam as Collezioni Comunali d’Arte (Coleções Municipais de Arte), com pinturas de artistas locais dos século XIV ao XIX, e o Museo Morandi, cujo acervo é composto de obras do pintor Giorgio Morandi, conhecido por suas naturezas-mortas e paisagens, nascido em Bolonha e falecido em 1964.
Basilica di San Petronio
End. Piazza Maggiore. A igreja gótica que deve seu nome ao santo padroeiro da cidade impressiona por suas dimensões: tem 132 metros de comprimento, 66 de largura e 47 de altura. Os bolonheses queriam que ela fosse ainda maior, mas o Papa Pio VI não viu com bons olhos a ideia de que uma igreja pudesse superar em tamanho a Basilica di San Pietro, ofuscando o Vaticano. Iniciada no final do século XIV, a obra demorou três séculos para ser concluída. Porém, o revestimento em mármore da fachada permanece inacabado. O belo portal central é obra de Jacopo della Quercia. No interior sóbrio, os destaques são obras do século XV: a tribuna, o coro e um dos órgãos, que é talvez o mais antigo do país.
Palazzo del Podestà
End. Piazza Maggiore. Com lindos arcos sustentados por colunas, este imponente palácio do começo do século XIII, reformado dois séculos mais tarde, quando ganhou, por ordem de Giovanni II Bentivoglio, uma fachada renascentista, foi a primeira sede do governo – o Podestà. Ligada a ele está a Torre del Podestà, também conhecida como Torre dell’Arengo, mais antiga que o próprio palácio. Seu pesado sino de quase cinco toneladas servia para reunir o povo em situações de emergência e cerimônias ou para chamá-lo às armas em caso de guerra. Ao lado fica outro edifício medieval: o Palazzo Re Enzo, também chamado Palazzo del Capitano del Popolo.
Museo Civico Archeologico
End. Via del Archiginnasio, 2. Instalado no Palazzo Galvani, onde anteriormente funcionou o Ospedale della Morte (que nome para um hospital!). Possui peças egípcias, etruscas e greco-romanas como principais destaques. É interessante também sua coleção de moedas.
San Stefano
End. – Via Santo Stefano, 24. Santo Stefano é formada por várias igrejas de diferentes épocas. A do Crocefisso, em estilo românico, construída no século XI, foi reformada mais tarde. Na igreja do San Sepolcro está o corpo de São Petrônio. Diz-se que a bacia de pedra que está no pátio é aquela em que Pôncio Pilatos teria lavado as mãos após a condenação de Cristo. A igreja de San Vitale e San Agricola, do século V, modificada posteriormente, é a mais antiga e abriga os túmulos desses santos mártires. No conjunto funciona um pequeno museu com peças sacras, pinturas e esculturas.
Torre degli Asinelli e Torre Garisenda
End. Piazza di Porta Ravegnana. Torre degli Asinelli: abre das 9h às 18h no verão e das 9h às 17h nas demais estações. 3 a (a subida é a pé). As duas torres inclinadas, bastante curiosas, erguidas no século XII, são remanescentes das quase duzentas que existiram no passado em Bolonha, quando famílias rivais competiam para ver quem construía a mais alta. A Torre degli Asinelli, que tem quase 100m de altura, é uma das maiores do país. Do alto pode-se ter uma excelente vista do centro histórico. Segundo uma antiga superstição, estudantes que sobem nessa torre não conseguem se formar. Já os recém-formados sobem para pagar promessas feitas no começo de seu curso universitário. A Torre Garisenda, bem mais baixa que sua “gêmea”, tem uma inclinação visível, que atinge mais de três metros, em razão do que está fechada para o público. É espantoso que essas torres, que já foram sacudidas por um terremoto, ainda estejam em pé.
San Giacomo Maggiore
End. Piazza Rossini. Com sua fachada sóbria, a igreja dedicada ao apóstolo Tiago foi construída no século XIII em estilo românico com elementos góticos, mas ao longo dos séculos passou por várias alterações. No seu interior há mais de trinta capelas, a maioria pertencente a antigas famílias locais.
Basilica di San Domenico e Museo di San Domenico
End. Piazza San Domenico, 13. <tel/> 051/6400411. A basílica destinada a abrigar o túmulo de São Domingos, fundador da ordem dos dominicanos, começou a ser construída em 1221, logo após sua morte. Bela e incomum, a igreja possui um frontão triangular e outras características românicas. No seu interior há obras de importantes mestres italianos.m 1494 terminou as esculturas de São Petrônio e de São Próculo, iniciadas vinte e cinco anos antes por Nicola da Bari.
Strada Maggiore
Passear pela rua cercada de belas construções, palácios e portici, que começa junto à Piazza Maggiore e vai até a Piazza di Porta Ravegnana, é uma das maneiras mais interessantes de se conhecer a velha Bolonha. Entre outros edifícios antigos, estão a igreja de Santa Maria dei Servi; as casas Isolani, Ubaldini e Borghi Marmo; e diversos palácios, como o Ercolani, o Sanguinetti e o Davia Bargellini, onde funciona um museu de arte e de objetos ligados à história de Bolonha.
Pinacoteca Nazionale -End. Via Belle Arti, 56. É no bairro da Universidade de Bolonha que se localiza a Pinacoteca Nacional, uma das mais importantes da Itália. Seu acervo é composto por obras de artistas da região que viveram nos séculos XIII a XVIII, pouco conhecidos dos brasileiros, como Vitale da Bologna, Agostino e Guido Reni, mas inclui também obras de grandes mestres como Perugino, Tintoretto, Tiziano, Giotto e Rafael, autor da famosa Santa Cecilia. Pinacoteca Nazionale
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