Bahia, a colonização e a prosperidade econômica

Turismo e cultura. História da Bahia, a colonização e a prosperidade econômica:os latifúndios voltados para a produção da cana-de-açúcar.

Engenho de cana-de-açucar na Bahia colonial

Bahia, a colonização e a prosperidade econômica

A criação de gado

A criação de gado começou nos domínios da Casa da Torre, o grande latifúndio de propriedade de Garcia D’Ávila, ao norte de Salvador. O interior da Bahia já era conhecido pelas entradas e bandeiras paulistas e, com a proibição da permanência de rebanhos ao lado das plantations, conforme a Carta Régia de 1701, essa atividade se concentrou no sertão. A família D’Ávila organizou suas próprias entradas e, pelo Rio São Francisco, chegou até as minas de ouro, em Minas Gerais.

O agreste

No agreste baiano um novo conquistador enriqueceu com a pecuária: Antonio Guedes de Brito, o Conde da Ponte. Sua propriedade, com sede no Morro do Chapéu, estendia-se ao norte até a divisa com Pernambuco e ao sul até as margens do Rio das Velhas. Outras fazendas surgiram pelo sertão, a maioria delas às margens do Rio São Francisco, que ficou conhecido como o “rio dos currais”.

Os homens livres do sertão da Bahia

Concomitantemente aparecia no sertão uma casta de homens livres, os vaqueiros, sertanejos típicos, mistos de brancos, negros e índios, que viviam nas fazendas na condição de “agregados”. Enquanto os homens cuidavam do gado, as mulheres se ocupavam de outras funções, como o preparo da carne seca para venda e as tarefas domésticas. No interior, surgiram também pequenas comunidades que fabricavam artigos têxteis, utilizando-se de rústicos teares manuais.
A “pisada dos bois”, ou seja, os caminhos das boiadas, tornaram-se rotas importantes para comerciantes e possibilitaram o aparecimento de povoados e vilas do interior baiano. Como a pecuária se desenvolveu agregada à economia canavieira, com o declínio das exportações do açúcar, devido às restrições de mercados no exterior, houve uma drástica redução dos rebanhos, agravada pelas secas.

O extremo sul da Bahia

No extremo sul estabeleceram-se missões jesuíticas que, com o intuito de catequizar indígenas, deram origem às primeiras vilas e povoados, ainda no séculos XVI e XVII. A região, ocupada por índios botocudos extremamente hostis, demorou mais tempo para ser colonizada. Séculos mais tarde, a atividade cafeeira propiciou o desenvolvimento de Mucuri e de Nova Viçosa, a maior cidade da Costa das Baleias.

Salvador da Bahia

No começo do século XVII, Salvador era o mais importante pólo comercial da América Portuguesa. Todos os produtos do Recôncavo e de outras regiões baianas eram distribuídos pelo seu porto. Inicialmente, a capital da colônia era apenas uma grande aldeia com construções toscas, mas com o o enriquecimento decorrente do comércio, suas humildes habitações de taipa desapareceram, substituídas por imóveis de alvenaria.
Edifícios governamentais, em sua maioria concentrados na região das Portas do Carmo, hoje Pelourinho, monumentos, igrejas e mansões foram erigidos nos estilos português, barroco e barroco-rococó. Alguns desses imóveis foram reformados ou reconstruídos no século XVIII.

O fim do ciclo da cana-de-açúcar

A descoberta de ouro em Minas Gerais e a transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro, o porto mais próximo da zona de mineração, tiveram como resultado o fim do ciclo da cana-de-açúcar e da excepcional prosperidade baiana.

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