Barcelona, arte e cultura
Por Cynthia Feliciano
Originalmente criada para ser uma instituição dedicada ao estudo da arte contemporânea, a Fundació Antoni Tàpies de Barcelona abriga um acervo com as mais importantes obras produzidas pelo pintor e escultor Tàpies (1923), um dos mais importantes representantes da pintura informal espanhola. O prédio da Fundação também é obra de outro expoente nome de Barcelona, Lluis Domenech i Montaner (1849-1923).
Domenech i Montaner famoso professor da Escola de Arquitetura de Barcelona e autor de um célebre artigo titulado “En busca d una arquitectura nacional”, teve um papel fundamental na definição do movimento arquitetônico modernista catalão. Se você quiser conferir outro trabalho de Domenech i Montaner, visite o Palau de La Música Catalana, uma casa de concertos inaugurada em 1908 e declarada em 1997, patrimônio da humanidade pela UNESCO. O Movimento Modernista, como era chamado o “Art Noveau” na Catalunia, revelou muitos talentos na pintura, literatura, música, mas foi provavelmente na arquitetura onde mais se destacou.
Palco dos jogos olímpicos de 1992, capital de perfil vanguardista e extremo bom gosto, Barcelona segue tendências artísticas internacionais, sempre aspirando ser uma cidade moderna. Sem dúvida, é a arquitetura da cidade, a primeira a nos revelar a evidência de tal aspiração.
Além de Domenech i Montaner e de Puig i Cadafalch, arquiteto que também merece ser aqui citado, o movimento Modernista teve como maior representante Antoni Gaudí i Cornet (1852-1926).
Pode-se dizer que Barcelona é uma cidade assinada por Gaudí, um gênio que permitiu sua criatividade romper limites com o previsível.
Passeig de Gracia é a avenida comercial que corta o bairro mais “chic” de Barcelona, o Eixample. Além da Casa Batlló e de sofisticadas e caras lojas, no Passeig de Gracia se encontra ainda outra obra de Gaudí, a Casa Milá, mais conhecida por La Pedrera.
Casa Batlo
Neste fantástico prédio de esquina com fachada toda ondulada pode-se, em Barcelona, visitar um museu dedicado a Gaudí, que funciona no último andar. A La Pedrera é considerada a obra civil mais importante do arquiteto e é mais um patrimônio mundial tombado pela UNESCO. A Casa Batlló é o resultado de uma reforma feita por Gaudí em um velho prédio convencional datado de 1877, cujo dono se chamava Josep Batlló I Casanovas. Gaudí mudou toda a construção, tanto interna como externamente, incluindo sacadas na frente do prédio, adicionando dois andares, trabalhando com efeito de luzes que fazem de sua obra um destaque na movimentada Passeig de Gracia tanto de dia como de noite.
Eixample
É onde fica a inacabada e a mais conhecida obra de Gaudí, a catedral gótica La Sagrada Familia. Gaudí começou o projeto desta igreja em 1883 mas a súbita morte não lhe permitiu ver seu maior trabalho terminado.
Dez anos após seu falecimento, decidiu-se continuar a construção da catedral que foi então interrompida durante a guerra civil espanhola (1936-1939) e novamente retomada em 1952.
Até hoje os trabalhos não terminaram. A título de curiosidade, Gaudí era um homem extremamente religioso. Gaudí morreu atropelado por um bonde elétrico.
Outra herança que Barcelona tem de Gaudí são os lampiões de iluminação pública da bela e agitada Praça Real que se encontra ao lado das Ramblas.
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