Arredores de Puno

Atrações nos arredores de Puno, como as ruínas pré-incaicas de Silustani, as ilhas flutuantes, as ilhas de Taquile e Amantanti, seus costumes e tradições.
Ilha dos Uros, lago Titicaca, Puno, Peru
Ilhas flutuantes dos uros, Lago Titicaca, Peru
Ilhas flutuantes dos uros, Lago Titicaca, Peru

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Arredores de Puno

Mapa de Puno e seus arredores

Atrações nos arredores da cidade

Ilhas flutuantes dos Uros

Do porto de Puno partem embarcações pela manhã, por volta de 8h, e (para os dorminhocos) no começo da tarde, entre 14h e 14h30. Você pode contratar um barco diretamente no porto se conseguiu reunir um grupo. É mais prático agendar o passeio por meio de uma das agências de viagens da cidade. A excursão demora aproximadamente 2h30/3h.

Um arquipélago flutuante

As ilhas, das quais mais de uma dezena pode ser visitada, ocupam 71km² e são feitas de camadas de totora, espécie de junco abundante nessa área do lago. Formam plataformas flutuantes, onde vivem comunidades inteiras. Casas, barcos, tudo é construído com totoras. Os talos tenros da planta servem igualmente de alimento (mas, como o chuchu, não têm gosto de nada). Uma curiosidade: há trechos com terra onde há plantações de batatas… A terra é trazida do continente. Para cozinhá-las? Ora, totora seca dá uma ótima fogueira!

Novas camadas de totora vão sempre sendo acrescentadas

É claro que, com o tempo, o “piso” da ilha vai afundando e se torna úmido, por isso novas camadas são constantemente adicionadas, fazendo com que a espessura das ilhas alcance mais de 5m. De qualquer modo, principalmente na borda da ilha, veja bem onde pisa, pois o “chão” ali não é dos mais firmes… E a água do lago é gelada!

E os uros?

A tribo original dos Uros, descendente dos antigos Tiwanakotas, desapareceu. Os moradores atuais das ilhas têm principalmente sangue aimará. Vivem da pesca, do artesanato e do turismo. Uma parte do que pescam é consumida, outra é vendida e o que resta é trocado por outros produtos no mercado de Puno. Para os visitantes, tudo é muito pitoresco, mas a vida desse povo não é fácil em razão do frio e da umidade que enfrentam constantemente, sem falar na falta de água encanada ou energia elétrica. Alguns moradores mais “abastados” estão conseguindo colocar energia solar em certas casas. Você encontrará durante a visita praticamente só mulheres e bebês; os homens estarão trabalhando em Puno ou pescando e as crianças e jovens estarão na escola.

Ilha Taquile -Tem aproximadamente 1 km de largura por 7 km de comprimento e fica a 45 km de Puno. A viagem costuma demorar 3h30. Há excursões tipo bate-e-volta e outras que oferecem pernoite, incluindo acomodação e alimentação. Compare os preços. O tour de um dia (8h) normalmente inclui uma paradinha em uma das ilhas dos Uros. Alguns passeios são muito rápidos e você acaba não vendo nada. Perderá também as horas do poente e do nascer do sol, os momentos mais belos da viagem.

Taquile

A ilha de Taquile possui ruínas incaicas e pré-incaicas de relativo interesse que podem ser visitadas, mas a ilha é atraente sobretudo pela oportunidade de conhecer uma verdadeira comunidade aimará num estado mais “puro” do que em Puno. Repare nas vestimentas de seus habitantes, diferentes daquelas que você viu em Puno. A inclinação de seus gorros indicam se são casados ou solteiros. No caso das mulheres, é o tipo de saia utilizada que indica seu estado civil. Essa ilha e a de Amantaní são seguras: você pode passear com tranquilidade e os habitantes são amistosos. Mas, é claro, respeite seus costumes.

Dicas

O melhor é dormir na ilha. Você pode também ir por conta própria. A passagem custa em torno de US$ 6 (ida simples) e os barcos saem pela manhã, a maioria entre 7h e 8h. Ou seja, você terá que acordar cedo e enfrentar o frio bravo da manhã no lago. Embora faça frio, o sol bate forte e é mais do que aconselhável levar protetor solar e chapéu. Não existem hotéis, mas a comunidade aimará se organizou para receber visitantes. As acomodações, em casas de moradores da ilha, são super baratas e simples. O café da manhã é bem básico. Se tiver um saco de dormir, é prudente levá-lo, bem como água mineral, uma lanterna (na ilha não há iluminação pública) e alguma coisa para comer: biscoitos, chocolate.

Na praça central da principal aldeia da ilha (El Pueblo) existem restaurantes – também muito simples. Não é um lugar onde você poderá pedir chateaubriand ao molho madeira: o menu resume-se a truta (ou outro peixe), arroz e batatas. Nessa praça existem algumas tiendas de artesanatos mas, embora a qualidade seja boa, os preços não são melhores do que os praticados em Puno.

Evite levar mochila pesada: algumas excursões desembarcam no Puerto Principal, de onde, para chegar à aldeia, você terá que subir 584 degraus, o que, a quase 4.000m sobre o nível do mar, é literalmente um programa mais adequado aos incas. O acesso pela outra ponta da ilha tem uma inclinação mais suave.

Ilha Amantaní

Os barcos partem pela manhã de Puno do mesmo ancoradouro e nos mesmos horários dos que vão para Taquile. A viagem demora em média 4h30, e custa uns US$ 6,50. As mesmas recomendações relativas a Taquile são válidas para Amantaní. Vale acrescentar que esta última tem menos infraestrutura do que a primeira, mas é ainda mais autêntica do que Taquile e recebe menos turistas. O esquema é o mesmo: você dormirá na casa de um habitante da ilha. Pergunte a qualquer morador; você será encaminhado a alguém que cuidará de alojá-lo. Amantaní tem ruínas pré-incaicas ainda mais interessantes que Taquile. Vale uma pena dar uma olhada nos templos de Pacha Tata e de Pachamama (a Mãe-Terra, mãe de todos os seres vivos) na parte mais elevada da ilha, que vale a pena só pela vista panorâmica que se tem do Titicaca.

Funciona em Amantaní uma cooperativa de artesãos que produz belíssimos tecidos. Diferentemente dos mercadores de Puno, os aimarás das ilhas não gostam de barganhas, sobretudo na cooperativa. Se você estiver na região em meados do mês de janeiro, não perca o festival que começa no dia 15, muito colorido e musical.

Silustani

A 35km de Puno. Contrate um taxista ou pegue uma excursão. A visita leva em torno de 1h30. Abre do nascer ao por do sol. No complexo arqueológico pré-incaico de Silustani ficam as chulpas, torres de pedra que serviam como túmulos para os nobres durante a civilização Tiwanaku. Os corpos mumificados eram encerrados nas torres que tinham uma entrada em sua base. Por estarem cercados de aparatos valiosos, os túmulos foram violados e saqueados, o que resultou na destruição da maioria das torres. Restaram algumas quase intactas e outras semi-destruídas.

Um campo de pouso para extra-terrestres

É possível (com alguma dificuldade) acessar as cavidades onde ficavam as múmias. Independentemente do interesse arqueológico do sítio, a península de Silustani oferece uma espetacular vista do lago, sobretudo no poente e no nascente. O platô próximo, completamente plano, é objeto de teorias “ufológicas”. Descubra se servia de aeroporto para naves espaciais e concorra a um disco voador zerinho! Na entrada, há um pequeno museu com utensílios encontrados no local, esqueletos e uma múmia. O vento que vem do Titicaca é gelado: vista roupas adequadas e, ao chegar ao sítio, suba devagar a encosta, evitando esforços. Pare de vez em quando e aprecie a vista. Ao lado do estacionamento vendem-se água e refrigerantes, mas não existe propriamente um lugar decente para comer. Leve um lanche.

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