A Restauração e a Monarquia de Julho
A Restauração
Com a queda de Napoleão, as potências estrangeiras que ocuparam Paris restabeleceram a dinastia dos Bourbons. Luís XVIII, irmão do rei decapitado, foi escolhido para ocupar o trono. Em março de 1815, entretanto, Napoleão escapou da Ilha de Elba, onde estava confinado, e retomou o poder até junho do mesmo ano, quando foi mais uma vez vencido.
Luís XVIII ocupou o trono até setembro de 1824, quando morreu e foi sucedido por seu irmão Carlos X, último rei da dinastia dos Bourbons, um autoritário mal adaptado a um regime constitucional.
Apesar da instabilidade política, o desenvolvimento urbano não foi interrompido. Novas áreas foram saneadas e um sistema de iluminação a gás começou a ser instalado em Paris, primeiro na Place Vendôme, em 1825, e em seguida na rue de la Paix, em 1829.
A Monarquia de Julho
O descontentamento dos parisienses com o governo autoritário de Carlos X provocou a revolução de julho de 1830. Barricadas foram erguidas em todos os cantos e a insurreição triunfou. A fim de evitar a proclamação de uma República na qual radicais poderiam assumir o poder, a oposição moderada e monárquica agiu rapidamente e recuperou a revolta popular em seu proveito. Carlos X foi afastado e substituído pelo Duque d’Orléans, parente dos Bourbons, que assumiu o trono com o título de Luís Felipe I e foi apresentado ao povo como “um príncipe devotado à causa da Revolução”. Esse período ficou conhecido como a Monarquia de Julho.
O traçado medieval de Paris
Apesar de alguns avanços urbanísticos, Paris mantinha ainda nessa época seu traçado medieval. Suas ruas eram, na maior parte, estreitas, e algumas tinham pouco mais de um metro de largura. Os bairros pobres continuavam superpovoados e insalubres. Essa situação favoreceu a epidemia de cólera de 1832, que atingiu principalmente as classes populares. Paralelamente, esse labirinto de ruas estreitas facilitava a agitação revolucionária e o bloqueio das vias públicas por meio de barricadas, complicando o deslocamento das tropas que tentavam conter os rebeldes.
Rebelião permanente
Sob Luís Felipe I, Paris parecia viver num estado de rebelião permanente. As diferentes facções — bonapartistas, monarquistas conservadores, neojacobinos e republicanos — continuavam a promover manifestações e a participar de complôs. O rei era alvo de tantos atentados que um jornalista da época teria declarado: “O rei é o único animal cuja caça é permitida durante o ano todo”. Apesar de o governo tolerar algumas críticas, em 1831 o caricaturista Philipon foi condenado a seis meses de prisão e 2 mil francos de multa por ter publicado uma charge mostrando Luís Felipe I com cara de pêra. Mas o rei tinha mesmo cara de pêra!
A iluminação elétrica e outros progressos
Em 1843, uma novidade encantaria os parisienses: a iluminação elétrica da Place de la Concorde. No mesmo ano, foi inaugurada a estrada de ferro Paris-Rouen e, cinco anos depois, começou a circular o que seria o precursor do turismo ferroviário, com o sugestivo nome de Train du Plaisir (“Trem do Prazer”), ligando Paris a Dieppe, no Canal da Mancha.
Nesse período, apesar da permanente situação pré-revolucionária, o desenvolvimento urbano de Paris não cessou e novos progressos eram acrescentados à vida diária dos parisienses. Mais algumas décadas e Paris ganharia inclusive um sistema de transportes públicos, os primeiros ônibus puxados a cavalo.
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