A Maçonaria nos Estados Unidos

A história da maçonaria nos Estados Unidos, maçons famosos como Benjamin Franklin e George Washington.

Nota de um dolar

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A Maçonaria nos Estados Unidos: símbolos maçons na nota de um dólar?

A influência da Maçonaria nos Estados Unidos:  muito se comenta sobre a influência da Maçonaria na fundação e na história dos Estados Unidos. Questiona-se quantos maçons assinaram a Declaração da Independência e a Constituição, quantos foram Presidentes, se o Grande Selo (brasão) e a nota de um dólar contêm elementos maçônicos e se a cidade de Washington foi projetada segundo estes símbolos.
Os maçons, quando questionados sobre o assunto, podem tanto negar essa influência como, ao contrário, reconhecê-la. Já que teorias conspiracionistas tendem a atribuir à Maçonaria a intenção de impor uma “nova ordem mundial” e “manipular a opinião pública e o Estado”, agindo debaixo dos bastidores como os templários, os extraterrestres e outros “vilões”, vamos nos ater aos fatos comprovados.

O que é a Maçonaria

A Maçonaria é uma confraria aberta a homens de todas as religiões. Até recentemente, só aceitava homens como membros. Hoje há lojas abertas também às mulheres, mas de modo geral a organização ainda é uma espécie de clube do Bolinha.
A palavra maçon vem do francês e significa “pedreiro”. Como outras sociedades secretas, a Maçonaria desenvolveu-se nos séculos XVI e XVII e tornou-se um pólo de idéias novas na sociedade européia de então, fortemente conservadora, influenciada pela Igreja e pela monarquia absolutista. Algumas dessas idéias eram verdadeiras heresias políticas para a época, como a liberdade de pensamento, a liberdade de expressão religiosa e política e a aversão a qualquer forma de Absolutismo. Entende-se o porque da histórica birra da Igreja com os maçons: até hoje existem sites religiosos que chamam os maçons de “braço direito do Diabo”, “filhos de Lúcifer”… Só não dizem que maçons devoram criancinhas porque essa afirmação já foi usada antes contra os comunistas.

A Maçonaria e a Revolução Francesa e nos movimentos de independência no Berasil e nos Estados Unidos

É evidente a influência maçônica na Revolução Francesa e na independência de diversos países, inclusive Estados Unidos e Brasil. Os maçons também foram grandes incentivadores e participantes de movimentos abolicionistas. Nos Estados Unidos, montaram uma rede de fuga de escravos negros para o Canadá.
Sem dúvida, há maçons importantes na história dos EUA. Como se trata de uma sociedade em princípio secreta, há muita celeuma sobre quem pertenceu ou não à fraternidade. Estima-se que dos 56 signatários da Declaração da Independência dos EUA, no mínimo 8 eram maçons notórios, mas há quem afirme que esse número pode chegar a 24. Sobre a Constituição, especula-se que haveria 13 maçons entre os 39 signatários.

Benjamin Franklin e George Washington: maçons de carteirinha

Dentre os que comprovadamente pertenceram à ordem maçônica destacam-se Benjamin Franklin e George Washington.
Benjamin Franklin (1706-1790) foi um dos primeiros a propor a unificação das colônias, criando uma nação, e um dos fundadores dos Estados Unidos da América. Atuando como diplomata durante a Revolução Americana, ele garantiu a aliança com a França, fato fundamental para a viabilidade da independência. Foi o único dos fundadores que assinou quatro dos mais importantes documentos dos EUA: o Tratado de Paris, o Tratado de Aliança com a França, a Constituição e a Declaração da Independência, elaborada juntamente com Thomas Jefferson.

Benjamin Franklin: Grão Mestre da loja “Les Neuf Soeurs”

Em Paris Franklin publicou em 1730 o primeiro artigo sobre a Maçonaria na América. Quando era embaixador na França, exerceu de 1779 a 1781 o posto de Grão Mestre da loja “Les Neuf Soeurs”, em Paris, a mesma a que pertenceu Voltaire. Em 1787, de volta aos EUA, foi convidado pelo Congresso a participar do comitê de criação do Great Seal, emblema deveria refletir valores e ideais “americanos” para as gerações futuras. Vem daí a crença de que há símbolos maçônicos inseridos nesse brasão, usado também na nota de um dólar.

Os símbolos maçônicos na nota de um dólar

O selo -Tem na sua parte anterior uma águia e um escudo com 13 listas (referindo-se aos 13 estados originais), segurando em sua garra esquerda 13 flechas (simbolizando a guerra) e na direita um ramo de oliveira com 13 folhas e 13 frutos (simbolizando a paz). Sobre sua cabeça há um diadema composto por 13 estrelas de 5 pontas, que formam uma estrela de 6 pontas. Há ainda a frase “E pluribus unun” (“Entre muitos, um se destaca”). No verso, há uma pirâmide inacabada composta por 13 degraus e, sobre esta, um triângulo com um olho e os dizeres “Annuit coepts” (“Ele aprova nossos atos”) e “Novos Ordo Seclorum” (“Uma nova ordem dos tempos”).
A pirâmide, o olho e as frases seriam “provas” da influência maçônica?   Muitos maçons afirmam que esses elementos e dizeres não são símbolos de sua fraternidade. O olho é uma convenção artística para a onisciência, um símbolo comumente usado durante a Renascença, e seu uso foi sugerido pelo artista Pierre Eugène Du Simitière, e não por Benjamin Franklin, o único integrante confirmadamente maçon do grupo que criou a imagem. Juntamente com os dizeres, tem a intenção de demonstrar a vontade divina em favor dos EUA (mas afinal, Deus é americano ou brasileiro?).

O maçon George Washington

Outro maçon de indiscutível importância foi George Washington (1732-1799), Mestre da Loja Alexandria, no Estado da Virgínia. Como líder militar, levou o exército norte-americano à vitória contra a Grã-Bretanha durante a Revolução Americana em 1783. Muitos de seus generais também eram maçons. Em 1787, presidiu a Convenção da Filadélfia que criou a Constituição e tornou-se o primeiro Presidente dos EUA, governando o país de 1789 a 1797.

Cerimonial maçônico na pedra fundamental do Capitólio, em Washington

Muitos afirmam que a colocação da pedra fundamental do Capitólio teria seguido um cerimonial maçônico e, pasmem, que a própria planta da capital, posteriormente denominada Washington, formaria símbolos maçônicos como o esquadro e o compasso, além de um pentagrama invertido (símbolo considerado “satânico”) em torno da Casa Branca… Enfim, como no caso da nota de um dólar, não se sabe. Símbolos podem ser utilizados com os mais diferentes significados.

Fato inegável é que grandes personagens da história dos Estados Unidos da América foram mesmo maçons, e seus ideais certamente influenciaram a formação do país. Mas não vamos exagerar!

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