A Bahia arqueológica
Para visitar as pinturas rupestres
Nos sítios arqueológicos abertos à visitação em território baiano há cavernas, lapas e cânions com pinturas rupestres. Muitos deles estão localizados na Chapada Diamantina. Para visitá-los é necessário percorrer trilhas e, em alguns casos, possuir um mínimo de condicionamento físico.
O fabuloso patrimônio de pinturas rupestres encontrado na Chapada Diamantina tem impressionado os cientistas. O clima seco ajudou muita na preservação desse incrível patrimônio. A dificuldade de acesso também facilitou sua preservação, impedindo que certos turistas, sem nenhuma consciência do valor desses sítios, escrevessem seus nomes junto das pinturas – “Walderson Cleitom e Mary Lindynalva estiveram aqui”. Com a data, é claro.
Mapa da Chapada Diamantina
Museu de Arqueologia e Etnologia de Salvador
O conhecimento sobre os achados arqueológicos na Bahia pode começar no Museu de Arqueologia e Etnologia de Salvador, com vasto material extraído de sítios existentes no estado, referentes a populações indígenas pré-coloniais. Se o assunto o interessa, não deixe de visitá-lo antes de conhecer as cavernas com as pinturas rupestres.
Visitas a partir do Morro do Chapéu
Gruta dos Brejões
Sobre a Gruta dos Brejões
A Gruta dos Brejões, com sete quilômetros de extensão, fica no vale do rio Jacaré, na Vereda do Romão Gramacho. A Gruta dos Brejões pode ser visitada partir de Morro do Chapéu. O local não possui infraestrutura. O melhor é se hospedar em Morro do Chapéu ou então trazer barraca e mantimentos e acampar por ali. As pinturas estão nas paredes da entrada da gruta, com 106 metros de altura, que, por si só, já é uma maravilha.
Iluminação natural
Como parte do teto desabou, os buracos permitem a entrada de alguma luz solar, o que facilita a visita, que atrai muitos visitantes, não apenas brasileiros, mas também de outros países, interessados no tema.
Fósseis de animais extintos
Antropólogos descobriram na Gruta dos Brejões fósseis de mamíferos extintos, preguiças gigantes e mamutes, ancestrais do elefante, que habitavam a Chapada Diamantina há milhares de anos.
Cultos religiosos
Dentro da Gruta dos Brejões são promovidos cultos religiosos pela população local.
Extra-terrestres
Devido a relatos de parições de OVNIS na região, Morro do Chapéu e Lençóis se transformaram numa espécie de Roswell, cidade do Novo México, nos Estados Unidos, onde alguns acreditam que um disco voador tenha caído e corpos de ETs tenham sido encontrados. Na entrada de Chapéus, existe uma réplica de um disco voador. É a sede do Centro de Pesquisas Ufológicas, do Circuito de Pesquisa Porto Cristal. O mesmo interesse ufológico existe em Lençóis. Por algum motivo parece que os extra-terrestres estão interessados na Chapada Diamantina…
Gruta da Boa Esperança
A Gruta da Boa Esperança possui também pinturas rupestres. Alguns acreditam que a Gruta da Boa Esperança tenha sido local de sacrifícios humanos realizados por seus primitivos habitantes. A caverna está a pouco mais de 50 quilômetros de Morro do Chapéu.
Lajeado do Bordado
No Lajeado do Bordado, a 44 quilômetros de Morro do Chapéu existem inscrições rupestres deixadas pelo povo que habitou a região há milhares de anos. O solo do Lajeado conserva pegadas de animais pré-históricos. O sítio é acessível por uma estradinha de terra, a partir do povoado de Icó. O lugar é propriedade particular.
Lençóis
Serra das Paridas
Perto de Lençóis, não deixe de visitar a Serra das Paridas, onde existe um enorme número de pinturas rupestres espalhadas por cerca de 18 sítios arqueológicos. Algumas lembram (vagamente…) extra-terrestres (que cara têm afinal um ET?). Outros representam figuras de animais já extintos ou ainda existentes na região ou seres humanos. Algumas pinturas rupestres têm formas geométricas e lembram (com alguma imaginação…), mulheres em trabalho de parto, a origem do nome Serra das Paridas.
A Serra das Paridas não foi descoberta por arqueólogos ou antropólogos, mas resultado do acaso, quando habitantes da região descobriram as pinturas em 2005. Cientistas concluíram que o colorido das pinturas vem de minerais, como o manganês e o óxido de ferro, este último responsável pelos tons avermelhados comuns nas gravuras. O acesso a partir de Lençóis, por uma estradinha de terra de 36 quilômetros é tranquilo e toma menos de uma hora.
Vale do Rio São Francisco
Juazeiro
Serra do Mulato – Na Serra do Mulato, a 50 quilômetros de Juazeiro, pela BA-210, existem cerca de 3 quilômetros de pinturas cuja origem ainda é objeto de pesquisa por parte de antropólogos. É possível ir de carro até um acampamento no pé da serra, depois a trilha tem que ser encarada a pé. O acesso não é dos mais fáceis, a subida pode ser penosa para os menos preparados, sobretudo o trecho de 2,5 Km, que conduz ao primeiro painel de pinturas rupestres.
Informações práticas
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