Veneza

Turismo em Veneza: como ir, a melhor época para a sua viagem, as principais atrações, dicas de viagem, links, turismo, restaurantes, hotel.

Veneza, a incomparável

Cidades em diferentes pontos do mundo são intituladas “Veneza do Norte” (Amsterdã), “Veneza do Oriente” (Bangcoc) ou mesmo “Veneza brasileira” (Recife). Por mais que tenham seus canais e outros atrativos, não são Veneza. Nada existe que se compare à sereníssima e verdadeira Veneza. Por isso, nem fazem sentido perguntas como “Que cidade é mais bonita? Roma, Florença ou Veneza?”. Veneza é única, a começar pela sua situação geográfica e sua história. É uma poesia, com sol, chuva, calor, neve ou neblina; com o barulho das ruas repletas de turistas ou no silencioso deserto das ruelas e campi; cheia de vida ou com os fantasmas do seu passado; goste você dela ou não… Mas é difícil não gostar. Curta-a em pequenos goles, como se fosse uma taça do melhor vinho.

Mapa de Veneza

Como ir a Veneza

Avião 

Não há voos diretos do Brasil. Veneza é ligada às principais cidades italianas e europeias por diversos voos diários. O aeroporto Marco Polo fica perto da cidade de Mestre. Dele, pode-se chegar à Piazzale Roma, em Veneza, de ônibus, táxi, táxi aquático ou ainda de motoscafo, um barco de passageiros relativamente barato, mas muito lento. A opção mais econômica é o ônibus da empresa ATVO.

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Carro 

De Milão (270 km), pegue a A4; de Roma (500 km), a A1 até Bolonha (132 km) e em seguida a A13. Só compensa ir de carro quando o roteiro inclui outros lugares na mesma região. Carros não entram em Veneza. É preciso deixá-los em um estacionamento na entrada da cidade, onde termina a estrada (Piazzale Roma), ou em algum lugar próximo no continente (Mestre é a melhor opção; as outras são Tronchetto, Marghera, San Giuliano, Fusina, Tessera ou Cà Noghera). Nesse caso, você tomará um ônibus, trem ou barco até Veneza.

Trem

Há trens diretos para Veneza que partem de Milão (2h40 a 3h), Roma (4h30 a 5h30), Florença (aproximadamente 3h), Bolonha (2h) e outras cidades italianas. Veneza também é ligada aos grandes centros europeus por trens de alta velocidade. Para chegar à cidade você deve descer na estação Venezia–Santa Lucia. Para tanto, dependendo de onde estiver vindo, é necessário fazer uma baldeação na estação Venezia–Mestre, que fica no continente. Nada mais fácil: há trens entre ambas as estações dezenas de vezes por dia e a viagem dura em torno de dez minutos. Chegar a Veneza pela primeira vez de trem surpreende, pois assim que colocamos os pés para fora do moderno prédio da estação, já damos de cara com o Canal Grande. É como aterrissar em outro mundo.

Hotéis em Veneza

Veneza na alta estação está sempre lotada. Aliás, frequentemente, em qualquer época do ano, é difícil encontrar hotel sem reservar. Procure um estabelecimento próximo da estação ferroviária ou da Piazza Roma.

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Melhor época

Veneza pode ser visitada em qualquer época do ano. Mas de novembro a janeiro o vento frio incomoda e há risco de ocorrer a chamada aqua alta – inundação! Evite também agosto, quando o excesso de turistas incomoda não só aos venezianos, mas também aos demais visitantes! Veja mais informações sobre a melhor época para ir à Veneza.

Atrações turísticas

Vídeo sobre turismo em Veneza

Piazza San Marco

Para nós, do Manual do Turista, uma das mais belas e interessantes praças do mundo. Piazza San Marco

Ponte dos Suspiros

Fica junto da Piazza San Marco. Os condenados iam diretamente para a prisão atravessando a Ponte dos Suspiros, do século XVI, que liga o edifício do palácio ao da Nuova Prigioni (“Prisão Nova”), da qual é separado por um canalzinho. Ao contrário do que muitos imaginam, a ponte não tem esse nome por ser, originalmente, um lugar romântico. Hoje sem dúvida o é, depois de tantos filmes evocativos e de passeios de gôndola a dois por baixo dela. Porém, os suspiros que lhe deram nome não eram de amor, mas de pesar dos condenados, pois as prisões venezianas eram de segurança máxima, uma espécie de Alcatraz da época. Quase ninguém conseguia fugir. Um dos raros que alcançou a liberdade e rumou para Paris, onde continuou a ter sua boa vida, foi o escritor e aventureiro Casanova, no século XVIII. Um dos motivos da eficiente segurança das prisões venezianas era que o carcereiro que deixasse um prisioneiro escapar cumpriria a pena no lugar do fugitivo. (Imagine se isso fosse aplicado no Brasil!)

Canal Grande

Se Veneza tivesse uma avenida principal, essa seria o Canal Grande, que serpenteia pela cidade, dividindo-a em duas partes. O maior conselho que damos a quem estiver visitando Veneza pela primeira vez (ou pela décima!) é, logo ao chegar, entrar no primeiro vaporetto que passar e fazer um passeio por esse magnífico canal. De um lado e de outro, você verá alguns dos mais lindos palácios do mundo, construídos por ricos comerciantes e nobres na idade de ouro veneziana. Não existe nada igual em nenhum outro canto do planeta. Evite a hora do rush (quando os venezianos estão indo ou voltando do trabalho), instale-se na popa e viva essa aventura. Tenha sua câmera à mão e filmes ou cartões de memória de reserva, pois dá vontade de fotografar tudo.

Ca’ Pesaro

End. Santa Croce, 2070. Abre das 10h às 17h. Fecha às segundas-feiras. . O palácio barroco. planejado por Baldassarre Longhena, abriga o Museu de Arte Oriental e a Galeria Internacional de Arte Moderna de Veneza. Esta última, que acaba de passar por uma reforma que durou cinco anos e consumiu a bagatela de quatro milhões de euros, reúne, entre outras, obras de Klimt, Chagall, Kandinsky e Mirò, além de desenhos de Matisse e esculturas de Medardo Rosso. Já o Museu de Arte Oriental tem objetos, porcelanas, armas, esculturas e pinturas do Japão, China e Indonésia.

Ca’ d’Oro (Galleria Giorgio Franchetti)

End. Cannaregio, 3932.  O nome desse lindo palácio gótico veneziano significa “Casa de Ouro”. Originalmente, o edifício tinha mesmo detalhes em ouro na fachada. Sua construção, iniciada em 1421 por ordem do rico mercador Marino Contarini, levou quase 20 anos. Depois de atravessar um período de decadência e de reformas infelizes, a partir do século XVIII passou para as mãos do barão Giorgio Franchetti, amante das artes, que o doou ao Estado. O palácio, restaurado, abriga uma galeria com obras da coleção particular do barão: telas de Mantegna, Tiziano, Tintoretto e outras feras, além de peças e estátuas em bronze e mármore.

Ponte Rialto

Uma das inusitadas características de Veneza é que, embora sua via principal seja o Canal Grande e este divida a cidade em duas partes igualmente importantes, percorrendo um trajeto relativamente longo em razão das grandes curvas, só três pontes o atravessam. Uma delas fica quase em frente à estação ferroviária, onde começa o canal; outra, quase em San Marco, fica diante da Accademia. Isso explica a importância da Ponte Rialto, a única que liga as duas margens do Canal Grande no coração da cidade. É impressionante o número de pessoas que atravessam a Rialto todos os dias, sempre a pé, é claro. A atual Rialto é uma ponte parcialmente coberta, construída em pedra no fim do século XVI. Antes dela, outras pontes, de madeira, foram erguidas há séculos no mesmo local, centro nervoso do comércio veneziano. Com seu formato peculiar, quase como um V invertido, e arcadas que se encontram no vértice encimado por um telhadinho, a ponte é um dos maiores símbolos da cidade, aquele tipo de vista que todo mundo já conhece por fotos ou filmes. Porém todos se emocionam ao ver a ponte pessoalmente, sobretudo ao passar sob ela de vaporetto ao por do sol.

Ca’ Rezzonico (Museo del Settecento Veneziano)

End. Dorsoduro, 3136. <tel/> 041/2410100. Abre de abril a outubro das 10h às 18h e de novembro a março das 10h às 17h. Fecha às terças-feiras. 7 a. No lindo palácio iniciado no século XVII por Baldassarre Longhena (mas só completado mais de cem anos depois) funciona um museu inteiramente dedicado ao período setecentista, com arquitetura e decoração típicas. O salão de bailes é belíssimo e os tetos de vários cômodos possuem afrescos de inspiração neoclássica. O museu é repleto de objetos e móveis da época e nele não poderiam faltar pinturas de renomados artistas, dos quais os mais conhecidos pelo público brasileiro são Canaletto, Tiepolo e Tintoretto. Uma curiosa atração é uma antiga farmácia com objetos em cerâmica maiólica e frascos para medicamentos feitos em Murano.

Gallerie dell’Accademia

End.  Dorsoduro, 1023. <tel/> 041/5200345. Abre das 8h15h às 19h15 de terça-feira a domingo e até às 14h às segundas-feiras. 6,50 a. Quem gosta de arte não pode deixar de visitar este museu, um dos principais do país. As galerias da Accademia reúnem o melhor da arte veneziana dos séculos XIV ao XVIII, abrangendo desde obras realizadas na Idade Média até o período barroco. Nelas estão expostas pinturas de grandes mestres, como Giovanni, Gentile e Giacomo Bellini, Andrea Mantegna, Paolo Veronese (inclusive a monumental Festa na Casa de Levi), Giorgione (como a enigmática A tempestade, repleta de simbolismos), Tintoretto (dentre as quais uma de suas obras-primas, São Marcos libertando um escravo), Piero della Francesca, Carpaccio, Giorgio Vasari, Tiziano e Tiepolo. Mas o ponto mais alto da visita é, sem dúvida, o fabuloso Davi de Michelangelo! Site: Gallerie dell’Accademia

Museo Collezione Peggy Guggenheim (Palazzo Venier dei Leoni)

End. Dorsoduro, 704. Peggy Guggenheim nasceu em Nova York em 1898 em uma próspera família com apurado gosto pelas artes plásticas. Desde a juventude, interessou-se pelos movimentos que marcaram a primeira metade do século XX. Passou a frequentar, em Paris e Londres, os mais vanguardistas círculos de artistas da época, e a compor uma notável coleção de obras expressionistas, cubistas, abstracionistas e surrealistas.
Site: Museo Collezione Peggy Guggenheim

Igreja Santa Maria della Salute

End. Campo della Salute (Dorsoduro). O templo tem suas origens na promessa feita pelos venezianos de construir uma igreja dedicada à Virgem Maria se ela acabasse com a peste que assolava a cidade no século XVII. Quando a praga foi debelada, escolheram Baldassare Longhena para erguer essa bela igreja, que mistura elementos clássicos e barrocos, com duas cúpulas, uma delas bem grande, e duas torres. Toda branca e majestosa, Santa Maria della Salute teve sua silhueta incorporada ao cenário da cidade. No seu interior estão uma das obras mais famosas de Tintoretto, As Bodas de Caná, e pinturas do não menos famoso Tiziano. No dia 21 de novembro de cada ano, ocorre a Festa della Salute, quando uma ponte flutuante liga San Marco à igreja, do outro lado do Canal Grande.

Igreja Zanipolo

Igreja de São João e São Paulo) <end./> Campo Ss. Giovanni e Paolo ou Zanipolo. O esquisito nome dessa igreja é uma corruptela de “Giovanni e Paolo” em dialeto veneziano. Em estilo gótico, seu interior despojado possui obras de Giovanni Bellini, Tintoretto e, na Cappella del Rosario, telas de Veronese. Há também belas esculturas de Alessandro Vittoria e Pietro Lombardo.

Arsenale

 End. Campo Arsenale. O Arsenale, que desde o século XII já se dedicava à construção naval, foi, nos tempos áureos de Veneza, impulsionado pelo comércio marítimo e pelas cruzadas. Rodeado de muralhas, era onde trabalhavam centenas de artesãos e construtores navais de diversas especialidades. Foi um dos maiores e mais importantes estaleiros da História. Muitos séculos antes de Henry Ford pensar em linha de montagem, os venezianos já a utilizavam na construção de suas embarcações de guerra, e o faziam com uma qualidade invejável para a época.

Museo Storico Navale

End.  Castello, 2148. <tel/> 041/5200276. Abre de segunda a sexta-feira das 8h45 às 13h30 e aos sábados até as 13h. Fecha aos domingos e feriados. 1,55 a. Eis um programa diferente para aqueles que já se “intoxicaram” com pinturas e esculturas. Bem ao lado do Arsenale, o museu naval oferece uma boa coleção de réplicas de antigos navios mercantes e de guerra utilizados pelos venezianos, inclusive uma do Bucintoro, barco folheado a ouro que os dogi utilizavam no dia da Ascensão, na cerimônia das núpcias de Veneza com o mar.

Basilica dei Frari 

End.  Campo dei Frari (San Polo). O nome completo dessa igreja franciscana – a maior e uma das mais bonitas de Veneza – é Basilica Santa Maria Gloriosa dei Frari. O templo original, construído por frades seguidores de São Francisco a partir de 1250 sobre um terreno doado pelo doge da época, não existe mais. Em seu lugar foi erguido, no século XIV, o atual, em estilo gótico tardio, com elementos vêneto-bizantinos.

Scuola Grande di San Rocco

End. San Polo, 3052 (Campo San Rocco) O prédio desta scuola, do século XVI, possui um invejável tesouro que atrai muitos visitantes: paredes e tetos de suas faustosas salas foram pintados por Tintoretto. As obras, que representam cenas do Antigo e do Novo Testamentos, são das mais expressivas e dramáticas desse famoso pintor veneziano. Site: Scuola Grande di San Rocco

Ghetto e Museo Ebraico di Venezia (Cannaregio) Fecha aos sábados e durante os dias festivos hebraicos. O nome do antigo bairro judeu de Veneza, em Cannaregio, deu origem à palavra ghetto, ou gueto, cujo uso tornou-se corrente por muito tempo em diversos países europeus. Foi ali que os judeus venezianos foram obrigados a se isolar no início do século XVI. Além da grande importância histórica do Ghetto, ele é hoje um lugar agradável e interessante de passear.

Igreja San Sebastiano

End. Campo San Sebastiano (Dorsoduro). Esse é o endereço certo para quem adora as pinturas de Veronese, pois é como se fosse um museu especializado nas obras do artista. Elas estão em toda parte no seu interior: no teto, nas paredes, na nave, na sacristia… O próprio Veronese foi sepultado nessa igreja. Boa parte dos afrescos é dedicada à história de São Sebastião – para quem não sabe, um santo mártir, morto a flechadas no início da era cristã. Site: Museo Ebraico

Conheça também as ilhas da Laguna de Veneza, como Murano e Burano.

Dicas

Veneza é uma cidade composta por ilhas em uma laguna, ligada ao continente pela Ponte della Libertà, de apro­xi­madamente 5 km de comprimento, por onde trafegam veículos automotores e trens. A ponte começa na cidade de Mestre e termina em uma grande praça, no extremo oeste de Veneza: a Piazzale Roma, entrada da cidade e ponto de desembarque obrigatório para quem chega de carro, ônibus ou táxi. A estação ferroviária Venezia–Santa Lucia fica perto dali.

A partir da Piazzale Roma ou da estação, você só poderá chegar ao hotel a pé, de táxi aquático ou, dependendo da localização, fazendo um trecho de vaporetto (um ônibus–barco). Siga este conselho: na véspera da viagem, coloque em uma mala apenas aquilo que for realmente precisar durante sua estada na cidade. Leve só essa mala que, de preferência, deve ter rodinhas.

Passes turísticos

Veneza tem diferentes tipos de passes turísticos e de transporte: não deixe de consultar o site que estamos indicando para saber o mais indicado em seu caso.

Transportes em Veneza

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