Turismo na Terceira Idade

Turismo na terceira idade? Já se foi o tempo em que ser idoso era uma limitação para viajar. É perfeitamente possível viajar em qualquer idade, sem stress! Veja nossas dicas.
Gôndola, em Veneza, na Itália
Gondolas em Veneza
Turismo na Terceira Idade

Turismo na Terceira Idade

Termos como “Terceira Idade” e “Idoso” são valores relativos. Existem a idade cronológica e a idade biológica. Alguns aos quarenta anos já têm problemas de saúde de todo tipo, se cansam facilmente, estão envelhecidos. Com outros, o tempo é generoso. São os que, tranquilamente, fazem turismo na Terceira Idade. Aos 80 anos estão tomando um avião para Paris, indo assistir show de tango em Buenos Aires ou até partindo para experiências mais radicais, como praticar balonismo, que não exige muito esforço físico, embora seja uma aventura “adrenalínica”. Vi isso na Nova Zelândia, acreditem! O importante é você saber como se sente e quais são suas limitações.

A escolha de destinos: para onde ir?

Ao escolher seu destino, pense sempre em sua forma física, o que você consegue encarar numa boa. Encontrei pessoas que deviam ter bem mais de sessenta anos na Tailândia e no Nepal, viajando por conta própria. Temos um amigo que, aos 73 anos, foi de moto do Brasil até o Alasca… Foi e voltou com tranquilidade. Outros, na mesma faixa de idade, alugam um carro e percorrem países inteiros sem drama, sem se cansarem. Não digo fazer um rally no Saara, mas alugar um carro na Argentina, Chile, França, Itália, Canadá…

Se você está em boa forma física, pode curtir a maioria dos destinos do mundo. Devemos evitar apenas países muito atrasados, lugares isolados e desprovidos de recursos para o caso de uma emergência.

 Veja a reportagem da TV da Universidade de Passo Fundo sobre viajar na terceira idade

Europa

Nesse ponto a Europa é tudo de bom. Os países são muito diferentes entre si, cada um com sua cultura, língua, atrações e paisagens. Ao mesmo tempo tudo é perto, fácil.  Em poucas horas, transportes modernos, como trens de alta velocidade, nos levam de uma capital europeia para outra; muitas vezes nem é preciso tomar avião.

Na Europa, a população “idosa” é também mais numerosa, e muitos têm espírito esportivo. Uma vez estávamos no Vale do Loire, na França, quando vimos desembarcar no hotel um grupo de alemães, todos de cabeça branca, viajando de bicicleta. Claro que uma camionete os acompanhava para o caso de alguém se sentir cansado ou uma bicicleta quebrar. Mas tinham ido da Alemanha a Blois pedalando! Só paravam no caminho para dormir.

Claro que você não precisa sair de bicicleta pela Europa. Há uma enorme variedade de programas nem um pouco cansativos, como city tours e passeios de barco. Estes são os mais agradáveis. Há passeios assim em Paris, Londres, Kopenhagen, Amsterdã, Nápoles, Veneza, Sevilha, em todo lugar! Você conhece muita coisa comodamente instalado, sem se cansar.

E, mesmo se resolver visitar a pé uma cidade qualquer, pode sempre achar um café simpático ou um jardim onde parar e tomar fôlego. Alguns cafés, como o Les Deux Magots em Paris são atrações turísticas hoje em dia. Também é uma boa curtir e, ao mesmo tempo descansar, no Hyde Park de Londres ou no Jardin de Luxembourg, em Paris. Finalmente, mesmo que você não tenha religião alguma, pode entrar numa igreja para descansar. Elas costumam estar vazias, são tranquilas e, frequentemente nos brindam com algum tipo de música, como cantos gregorianos ou peças executadas em órgãos.

América do Sul

Pessoalmente, adoro viajar pelo Peru, mas sei que a altitude é um problema real. Embora seus efeitos atinjam todos, são mais nocivos em pessoas mais velhas. Por isso, recomendaria a Argentina e o sul do Chile, com uma infraestrutura turística de primeira linha e clima agradável (se você viajar na época certa). As paisagens são deslumbrantes. É perfeitamente possível percorrer a região dos lagos no Chile (Pucón) ou a Ruta de los Siete Lagos, perto de Bariloche.

Ficar apenas em centros urbanos também é muito tranquilo. Buenos Aires, Santiago, Montevidéu (no Uruguai) são boas pedidas.

As excursões organizadas

Quem não tem disposição ou não se sente seguro para viajar por conta própria pode pegar uma excursão. Há várias direcionadas especificamente à terceira idade.

Na realidade, alguns preferem excursões não tanto por causa da idade, mas por não falarem idiomas estrangeiros, ou por falta de companhia. Alguns curtem excursões, mas não é todo mundo que gosta de estar sempre acompanhado pelas mesmas pessoas, ter que obedecer  a uma programação e seguir um guia com uma fita colorida na ponta de um guarda-chuva.

Você detesta excursões? Organize sua viagem por conta própria e encare o turismo na terceira idade.  É mais simples do que parece. Você não imagina como tem avozinhos por aí correndo o mundo! Veja as dicas sobre organização de viagem por conta própria.

A época do ano

Se você entrou na terceira idade, provavelmente não será obrigado a viajar no período de férias escolares, porque, se em filhos, eles já devem estar crescidinhos. Pode, portanto, viajar na baixa temporada e desfrutar não apenas de preços mais baixos, como das temperaturas amenas da primavera e do outono.

Convém lembrar que não é só o frio excessivo que incomoda. Calor demais também é muito desagradável, desgastante, e torna qualquer caminhada ao sol mais cansativa. Muita gente tende a considerar a Europa como “fria”. No verão, não é! Pode ser até quente demais, dependendo da cidade.

Dê uma olhada nas dicas sobre a melhor época para sua viagem.

No avião

É claro que uma viagem de 12 horas dentro de um avião pode ser mais cansativa para as pessoas consideradas “idosas” (com direito a atendimento prioritário em filas de banco, por exemplo…  Mas na poltrona do avião todo mundo é igual).

Algumas têm insônia quando viajam de avião e chegam a seus destinos exaustos. Para viagens longas, converse com seu médico sobre a possibilidade de lhe prescrever um indutor de sono para usar apenas durante o voo.

Saúde

Pressão arterial

Pessoas mais velhas costumam ter maior tendência apresentar problemas de pressão. Devem, portanto, evitar viajar para lugares de grandes altitudes (como Peru, Bolívia, Nepal, por exemplo) sem autorização de seu médico. Quem tem problema de pressão deve levar consigo um medidor (na bagagem de mão). Veja dicas sobre problemas de pressão arterial em viagem.

Medicamentos de uso contínuo

Sempre tenha consigo em quantidade suficiente seus medicamentos de uso contínuo e outros que eventualmente você possa vir a precisar. Transporte-os em sua bagagem de mão, na cabine, com você. Em muitos lugares é quase impossível comprar qualquer medicamento sem receita local. Por isso mesmo, se colocá-los em sua mala de compartimento e ela extraviar, você estará em maus lençóis.

Seguro viagem

O seguro viagem é obrigatório para entrar nos países europeus que pertencem ao Tratado de Schengen (veja aqui quais são eles). Alguns cartões de crédito oferecem seguro viagem se você comprar sua passagem aérea com eles.

É interessante fazer um seguro viagem mesmo para viajar para países onde ele não é exigido, e para destinos no próprio Brasil, especialmente por causa da questão do atendimento médico em caso de necessidade. De um lado, existe o custo – em muitos lugares, como nos EUA, por exemplo, cuidados médico-hospitalares custam uma fortuna. De outro, existe o problema prático de obter o atendimento em si – conseguir rapidamente uma ambulância, por exemplo. Um bom seguro viagem resolve isso.

Mesmo se o seu plano de saúde ou seguro saúde tiver cobertura no lugar para onde você vai, pode valer a pena o seguro viagem, pois ele inclui diversos outros itens.

Veja mais informações sobre seguro viagem.

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