Palais-Royal

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Palais Royal -ccby- Foto -Timothy-Brown

Palais Royal (Palácio Real)

A história do Palais Royal

O Palais Royal, antigo Palais Cardinal, foi construído para o cardeal Richelieu a partir de 1634. Pouco antes de sua morte, o cardeal doou o palácio para a família real. Luís XIV morou nele durante sua infância. Mais tarde, quando mudou-se para o Louvre (na época residência real, não um museu), instalou no palácio sua filha, Henriette d’Angleterre (e aproveitou para tornar a dama de companhia da moçoila, Louise de Valière, uma de suas amantes). O Palais Royal sempre foi conhecido como um local de encontros e reuniões libertinas, jogos e muita bagunça. Philippe II d’Orléans, que foi regente da França de 1715 a 1723, organizava no palácio os célebres “soupers du Palais Royal”, jantares um tanto, digamos, erotizados.

Mapa do Palais Royal

Um lugar onde a polícia não podia entrar

Bem mais tarde, seu bisneto, conhecido como Philippe Egalité (Felipe “Igualdade”), com o caixa vazio, construiu um conjunto de imóveis de aluguel, ocupando uma parte dos jardins do palácio: as galerias de Valois, de Beaujolais e de Montpensier, onde hoje há lojas e restaurantes. O Palais se tornou o lugar boêmio, liberal e alegre de Paris, frequentado por todo tipo de público: nobres liberais, burgueses, cortesãs e todos aqueles que buscavam diversão. Como Philippe Égalité, muito popular, proibira a entrada da polícia no local, ao atravessar seus portões cada um podia falar o que quisesse da monarquia.

O Palais Royal na Revolução Francesa

Durante a Revolução Francesa, o Palais Royal foi um centro de agitação política. Foi lá que Camille Desmoulins fez seu famoso discurso contra a monarquia em 13 de julho de 1789, véspera da tomada da Bastilha. Até 1801, as lojas construídas pelo príncipe foram usadas para jogatinas e bordéis. A festança só acabou quando o palácio foi ocupado pelo Tribunal, pela Bolsa e por outros órgãos públicos. Durante a Comuna de Paris, em 1871, o palácio, já restituído à família Orléans, foi incendiado.

O Palais Royal hoje

Restaurado quatro anos depois, ali se instalou o Conselho de Estado, que funciona até hoje no local. Embora não seja particularmente charmoso, o jardim do Palais Royal, aberto ao público, é uma ilha de tranquilidade no centro de Paris. Ele é muito procurado por parisienses que vão ler jornal, tomar sol ou simplesmente fazer uma pausa depois do almoço, já que a região tem muitos bancos e escritórios. As modernas colunas de mármore branco e preto do jardim são obra do artista Daniel Buren (1986). Muita gente acha que elas não têm nada a ver com a arquitetura do Palais Royal e as considera terrivelmente antiestéticas. Veja você mesmo.

As galerias do palácio

As galerias de Philippe Égalité também são ótimos lugares para passear; mesmo quem não quer comprar nada vai se divertir com as lojas bastante originais, onde se vendem, por exemplo, coleções inteiras de soldadinhos de chumbo e medalhas militares.

As galerias Vivienne e Colbert

(Rue des Petits-Champs, 4 75002, Metrô Bourse). Duas galerias próximas ao Palais Royal merecem uma visita: as Galeries Vivienne e a Colbert, elegantemente decoradas em estilo de época, com esculturas e pinturas. Nelas funcionam lojas elegantes de decoração e moda. A Vivienne, inaugurada em 1826, com piso em mosaico e escadas em ferro forjado, foi durante muito tempo um dos lugares preferidos dos parisienses. Depois, viveu no esquecimento até ser restaurada na década de 1980, quando voltou a ser um endereço chique. Decididamente, acertaram na restauração. Veja informações e dicas sobre o bairro de Palais Royal-Louvre.

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