História: New York nos anos 1960

Turismo e cultura. A História da cidade de New York nos anos 1960, época da Guerra do Vietña e das lutas sociais, com a cidade sacudida por protestos

Kennedy

New York nos anos 1960

No mundo todo, e, é claro também em New York, a década de 1960 era um prenúncio de uma nova era nos comportamentos nas vestimentas e mesmo na música.

Uma era de mudanças

A primeira visita dos Beatles a New York, em 1964, sinalizou o começo de uma era de mudanças. Os rapazes do grupo musical inglês, que usavam um corte de cabelo considerado bastante comportado hoje em dia e vestiam terno e gravata, eram tidos como extravagantes e rebeldes. Sua apresentação no programa de TV Ed Sullivan Show, em Nova York, fez 74 milhões de pessoas – metade da população do país – grudar os olhos na telinha. Nunca os americanos haviam visto ou ouvido algo semelhante.

Todo mundo às ruas

Jovens, negros, pacifistas, homossexuais, mulheres, enfim, todo mundo escolheu a década de 1960 para por a boca no mundo e Nova York foi cenário de vários dos fatos que marcaram a década.

O assassinato de Malcolm X

Polêmico ativista dos direitos dos negros, convertido ao Islã, socialista e considerado um psicopata paranóide pelo FBI, Malcolm X foi assassinado em Nova York em 1965 enquanto proferia um discurso.

Os protestos contra a Guerra do Vietnã

Em 15 de abril de 1967, uma passeata de protesto contra a guerra do Vietnã levou 400.000 pessoas do Central Park à sede da ONU.

O musical Hair

Nesse mesmo ano, o musical Hair estreiou no Public Theater. A montagem original, com cenas de nudez e de consumo de drogas, pregava amor livre e cabelos compridos, para horror dos conservadores.

Os protestos estudantis

Aos 23 de abril de 1968, os estudantes universitários de Nova York seguiram o exemplo dos colegas da Universidade de Brasília e anteciparam-se ao famoso movimento de maio de seus colegas da Sorbonne, entrando em greve e promovendo protestos no campus. De um lado, havia sido descoberta a existência de colaboração da direção da universidade com o Departamento de Defesa, o que significava apoio à abominada Guerra do Vietnã. De outro, o projeto de criação de uma entrada separada no novo ginásio da instituição para quem vinha do Harlem foi interpretado como segregacionista.

O assassinato de Marthin Luther King

Para completar, Martin Luther King Jr. fora assassinado no dia 4 daquele mês e o sentimento de revolta contra o racismo estava exacerbado. No dia 27 de abril, Coretta Scott King, viúva de Martin Luther, discursou para uma multidão no Central Park, reforçando as idéias pacifistas de seu marido. Com esse clima no ar, estudantes brancos e negros ocuparam em massa os prédios da universidade, que foram por fim violentamente evacuados pela polícia no dia 30. O resultado: quase 1.000 estudantes presos e dezenas de feridos.

A resistência gay no Stonewall

Em 1969, quando a polícia invadiu truculentamente o bar gay Stonewall, em Greenwich Village, o público presente decidiu reagir. O conflito, que durou cinco dias, atraiu centenas de simpatizantes que reforçaram a resistência, dentre eles gays, lésbicas, travestis, estudantes universitários heterossexuais e ativistas de direitos humanos. Conhecido como o “levante de Stonewall”, o evento marcou o início do movimento de defesa dos direitos dos homossexuais, até então desordenado e incipiente.

A beira da guerra nuclear

Também não é possível esquecer a mal fadada tentativa de invasão de Cuba, por mercenários cubanos pagos pela CIA, que só serviu para fortalezar a imagem de Fidel Castro. Pior, em plena Guerra Fria, levou o mundo à beira da guerra nuclear. Ela só não ocorreu porque os navios soviéticos armados com mísseis, tiveram o bom senso de tomar o caminho de volta. Claro que os americanos não queriam saber de misseis nucleares apontados para New York, esquecendo-se, por outro lado que cercaram a União Soviética de armas atômicas em bases na Turquia e outros países aliados.

Dica de filme

A vida de Malcolm X foi tema de um filme de Spike Lee em 1992, com Denzel Washington no papel principal.

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