Musée de l’Armée

Musée de l'Armée, as principais coleções, desde a Idade do Bronze, à Segunda Guerra, as coleções de armaduras, armas brancas e armas de fogo.
Primeira guerra, ataque da infantaria
Primeira guerra, ataque da infantaria
Primeira guerra, ataque da infantaria

Musée de l’Armée (Museu do Exército)

O Musée de l”Armé está instalado no imenso conjunto formado pelo Hotel des Invalides, criado em 1670 por Luís XIV, destinado a abrigar veteranos de guerra. A imponente obra, em estilo clássico, encomendada ao arquiteto Libéral Bruant, reúne um enorme acervo de armas, como pontas de flechas da Idade do Bronze, espadas vikings do século IX, armaduras usadas pelos guerreiros medievais, e armamentos utilizados nos grandes conflitos do século XX.

Localização do Musée de l’Armée

O Hôtel des Invalides

O Hôtel des Invalides, classificado como monumento histórico nacional, que começou a ser ocupado a partir de 1674, abrigava no final do século XVII 4000 pensionistas. Muitos eram realmente inválidos, internados no hospital de l’Hotel, outros, em melhores condições físicas se ocupavam da Bastille, a famosa prisão tomada e destruída durante a Revolução Francesa, em 14 de julho de 1789. Os que tinham alguma condição de produzir eram empregados nos mais diferentes ateliers de trabalho, que funcionavam no Hôtel des Invalides.

Foi Napoleão Bonaparte I quem reorganizou  a instituição e transformou a antiga igreja de São Luís em panteão militar. Seus restos mortais ocupam um imponente túmulo sob a cúpula do velho templo. Hoje o Hôtel des Invalides é sede de diversas instituições, entre elas um hospital militar e a l’Institution Nationale des Invalides, uma residência de inválidos de guerra.

As coleções

As coleções do Musée de l’Armée são divididas por períodos

A Idade Média

A coleção referente ao período medieval reúne vários tipos de espadas, escudos, armaduras. É inacreditável que alguém pudesse se meter dentro de uma lataria daquelas, incômoda e pesadíssima! É por isso que os cavaleiros tinham escudeiros: para fazê-los entrar e sair das armaduras. Já no final da Idade Média, no século XV, as táticas militares sofreram grandes inovações com o aperfeiçoamento das armas de fogo, como canhões, e os arcabuzes, inventados por volta de 1440. As pesadas armaduras caíram aos poucos em desuso. Surgiram os capacetes militares. Entre as peças desse período pode-se apreciar a Armure aux lions, armadura leve, destinada às paradas militares, inspirada nas utilizadas pelos guerreiros da Grécia clássica, e que teria pertencido a Francisco (1494-1547).

O absolutismo 

Da época do Absolutismo, existem, dentre outras peças, um uniforme de gala do começo do século XVIII e um fuzil de infantaria de 1717. O destaque fica por conta do canhão de bronze dourado, todo trabalhado em relevo. Obra do cinzelador Laurent Ballard, o canhão foi um presente do parlamento da região de Franche Comté a Louís XIV, quando o território, antes sob domínio espanhol, foi incorporado à França. Outra peça interessante é uma armadura infantil que pertenceu a Luís XIII que, ainda adolescente, montou uma rica coleção de armas. Boa parte dessa coleção ainda existe e está exposta na seção de armaduras (Département des Armures et Armes Anciennes) e armas antigas exibidas no Musée de l”Armé.

Período bonapartista

Da época de Napoleão, há toda uma coleção de telas a óleo e esculturas, além de garruchas, sabres, fuzis, bandeiras, equipamentos e uniformes usados pelos soldados da Grande Armée. Uma das telas mais famosas, pintada em 1811 por Jean-Auguste-Dominique Ingres, retrata Napoleão, imperador da França entre maio de 1804 e abril de 1814. Bonaparte é representado sentado no trono imperial, todo imponente, sob um manto púrpura, forrado de pele de arminho, com uma coroa de louros cobrindo sua cabeça, tendo na mão um cetro, símbolo do poder imperial.

Também é interessante conhecer o cofre com pistolas que pertenceram a Napoleão, bem como sua coleção de suntuosas espadas, verdadeiras obras de arte, decoradas com metais preciosos, obra de Nicolas Noël-Boutet, diretor da manufatura instalada em de Versailles. Napoleão, as levou consigo para Santa Helena após sua queda e as legou por testamento ao seu filho.

A Primeira Guerra

A sala dedicada à Primeira Guerra tem a intenção de fazer o visitante compreender o conflito, os interesses nele envolvidos e as grandes transformações na estratégia militar provocada por novos tipos de armamentos, como tanques, metralhadoras, artilharia pesada de longo alcance, aviões e armas químicas. Entre as peças mais interessantes está uma maquete de uma trincheira utilizada entre o final e 1914 e março de 1918, na chamada ‘”guerra de posições”. As trincheiras, interligadas, estendiam-se por todo o front, com os adversários separados, às vezes, por algumas dezenas de metros uns dos outros, dentro de seus buracos escavados na terra, sofrendo com a lama, o frio, as doenças e a chuva.  Entre os objetos expostos encontra-se uma corneta que tocou o cessar fogo quando da capitulação alemã em novembro de 1918. Também merece atenção, o quadro “A Batalha de Verdun”, de Vallotton, obra abstrata, inovadora, que retrata a crueza da guerra. Outra curiosidade é o “táxi do Marne”, carro de praça, que, como muitos outros  em Paris, foi convocado para transportar, às pressas, soldados para o front, no rio Marne.

Segunda Guerra

 As mais importantes coleções referem-se à Segunda Guerra, o maior conflito do século XX, com armas, uniformes, maquetes, mapas, filmes, audiovisuais, documentos e amplo material fotográfico sobre toda a guerra e as diversas frentes de batalha no norte da África, no Oriente e na Europa. A ênfase, porém, é dada ao papel da Resistência e das forças francesas livres comandadas por De Gaulle. Quem compreende francês poderá ouvir o histórico discurso gravado pelo general e transmitido pela BBC  de Londres em 22 de junho de 1940, exortando os franceses a se unir na luta contra o nazismo. Ficou na história sua famosa frase: “La France a perdu une bataille ! Mais la France n’a pas perdu la guerre !“. Entre as peças exibidas, destacam-se a torre de metralhadora de uma fortaleza voadora (Boeing G B-17), um primeiro modelo de bombardeio B-16, que voou pela primeira vez em julho de 1935. Esse tipo de avião tinha várias torres de defesa no alto, na cauda, e embaixo, para se defender do ataque dos caças inimigos, mais rápidos e ágeis. Outra curiosidade é a torre rotativa do tanque alemão Panzerkampfwagen II, um veículo blindado de 10 toneladas desenvolvido a partir de 1934, equipado com canhões de 20mm. Também é interessante o espaço dedicado a De Gaulle e à Resistência Francesa. Capitão na Primeira Guerra, De Gaulle acabou ferido  e aprisionado pelos alemães em 1916. Na Segunda Guerra, quando a a França foi obrigada a se render às forças nazistas De Gaulle estabeleceu-se em Londres para organizar a resistência.

Outras atrações nos Invalides

Outros museus de Paris

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